Dezenove

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Eu estava no meu pequeno apartamento, preparando-me para mais uma noite de trabalho no La Lune

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Eu estava no meu pequeno apartamento, preparando-me para mais uma noite de trabalho no La Lune. Colocava a maquiagem no espelho, tentando esconder as olheiras que denunciavam minhas noites sem dormir.

A situação com meu pai no hospital não me dava paz, e minha mente estava constantemente dividida entre a preocupação com ele e a necessidade de ganhar dinheiro para pagar as contas.

A música suave tocava ao fundo, enquanto eu passava o gloss nos lábios. Aquele ritual de beleza, por mais que parecesse fútil, me dava uma sensação de controle em meio ao caos. Vesti o vestido preto que Natasha havia escolhido para mim naquela noite, ajustando os detalhes no espelho.

Eu precisava estar impecável, não só para os clientes, mas para mim mesma. O reflexo me devolvia uma imagem de determinação, mesmo que meus olhos mostrassem um cansaço profundo.

Estava prestes a pegar minha bolsa e sair quando ouvi batidas firmes na porta. Franzi o cenho, não estava esperando ninguém.

Abri a porta com cautela e me deparei com um homem alto, de terno escuro. Seu olhar era sério, quase impassível.

— Boa noite, senhorita West. — ele começou, a voz profunda e autoritária. — Don Wayne mandou me buscar. Ele deseja falar com você.

Meu coração deu um salto no peito. Christopher. Fazia dois meses desde que eu o havia visto pela última vez. A lembrança daquele encontro e das suas palavras ainda ecoavam na minha mente. Engoli em seco, tentando manter a compostura.

— E se eu não quiser ir? — desafiei, tentando esconder o tremor na minha voz.

O homem manteve-se impassível, como se já esperasse minha reação.

— É altamente recomendado que vá, senhorita. — ele insistiu. — Don Wayne está aguardando, e acredito que será de seu interesse ouvir o que ele tem a dizer.

Pensei por um momento. A curiosidade e a necessidade de resolver as coisas com Christopher pesavam na balança. Além disso, o homem à minha frente não parecia do tipo que aceitava um "não" como resposta.

Suspirei, resignada.

— Tudo bem. — cedi. — Mas saiba que estou fazendo isso por mim, não por ele.

O homem apenas assentiu e deu um passo para o lado, indicando que eu deveria segui-lo. Peguei minha bolsa e saí do apartamento, sentindo uma mistura de nervosismo e curiosidade.

O carro preto estava estacionado na frente do prédio, reluzindo sob a luz dos postes. Entrei no banco traseiro, e o homem de terno assumiu o volante.

Durante o trajeto, meu coração batia acelerado. O que Christopher queria comigo? E por que agora, depois de tanto tempo? As perguntas rodopiavam na minha mente, sem respostas.

Olhei pela janela, as luzes da cidade passando rapidamente, enquanto eu tentava preparar-me para o que estava por vir.

Finalmente, o carro parou em frente a um galpão discreto nos arredores da cidade. O homem abriu a porta para mim e indicou que eu entrasse.

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