Rosas vermelhas

178 8 3
                                    

Eu entrei no quarto devagar, haviam rosas vermelhas em cima da minha cama, era um buquê lindo enrolado no papel seda, entre as rosas havia um cartão, quando peguei senti o papel timbrado com sua marca, abri devagar junto com a Amanda.

"Tete,

Desejamos um feliz aniversário, que você tenha uma vida tranquila, feliz e cheia de sonhos do jeitinho que uma garota da sua idade merece. Lamentamos a partida prematura da fazenda mas tínhamos coisas a resolver, então estamos te enviando essas rosas, os ingressos para o próximo grande prêmio e boas vibrações para seu novo ciclo.

Com carinho,
Carlos e Rebecca Donaldson."

–Não foi ele que me enviou... –Olho pra Amanda.

–Caramba... ela tá querendo te cutucar ou é impressão minha? –Amanda pega o papel e relê a mensagem. –Do jeitinho que uma garota da sua idade merece, por que isso? Isso foi tão sei lá...

–Ela sabe...

–Que vocês ficaram?

–Ela sabe de tudo... Carlos e eu estivemos juntos na fazenda na primeira noite, foi inevitável... eu ia te contar mas queria resolver tudo entre a gente primeiro.

–Caramba... é, faz sentido, ela sabe mesmo. Ela te mandou isso aqui pra dizer que sabe de tudo, ela que assinou e usou o cartão timbrado dele pra deixar claro que apesar de ela saber, eles continuam juntos. Ok, vocês dois erraram afinal de contas ele namora e você também, mas eu fico tão irritada com esses joguinhos...

–E agora?

–Bom... agora ou você finge que nada aconteceu e segue sua vida, ou você age feito uma filha da puta e dá o troco nessa provocação barata. –Ela pega os convites presos no papel seda.

–Você acabou de dizer que eu e ele estávamos errados, ela só fez isso pra me alertar... Não seria ousadia demais aceitar esse convite? Fora que eu ainda nem te contei tudo, eu pedi pra ele se afastar, nós só ficamos a primeira noite e pronto, ele foi embora quase três dias depois, saíram de madrugada.

–Você vai me contar tudo direito. –Ela determina e eu concordo.

Nos sentamos outra vez na sala, agora observando as rosas, lendo e relendo aquele bilhete e tentando entender porque depois de tantos dias Rebecca veio com essa.

–Ela só está tentando te provocar, se vocês se quer conversaram não tem motivos pra ela te mandar isso... –Ela suspira e cata o envelope.

–Amanda, me deixa ver isso aqui. –Peço e ela me entrega.

–O que?

–Ele assinou o envelope... –Mostro.

–Como não tínhamos visto?!

–Não tenho ideia, eu tava fora do meu corpo quando abri isso, a carta tinha a letra dela e isso já era informação suficiente... Agora o fato de ele assinar diz muita coisa, não é?

–Ela pode ter exigido, pra mostrar que vocês não tem nada... –Ela supõe.

–Caramba.. eu não sei o que fazer.

–Posso ter perguntar algo e você me responde com toda sinceridade?

–Manda.

–Se isso fosse agora, os ingressos na sua mão e você tendo que decidir agora, o que faria?

–Eu iria pra tentar entender qual foi a dela... Se eu fui filha da puta com você porque não seria com a Rebecca Donaldson? O sobrenome dela não é o mesmo que o dele! Ela deveria ter posto "Carlos Sainz e Rebecca Donaldson"!

Palácio Blanco - Carlos SainzOnde histórias criam vida. Descubra agora