‧₊˚ 🦋✍️→ Han Jisung, um adolescente trans não assumido, passa por tantos problemas que parecem não ter solução, até conhecer um garoto doce obcecado por borboletas que vira sua vida de cabeça para baixo e, de quebra, ainda o faz sentir as borboleta...
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O restante do dia foi até que bem tranquilo. Os meninos não vieram falar comigo e Minho não saiu do meu lado em momento algum. Por mais que eu ame essa sensação de ser cuidado, não quero que ele se sinta na obrigação de me proteger ou algo do tipo.
Na saída, meu pai demorou um pouco 'pra me buscar, mas não faz mal, eu já sabia. Ele tem que buscar o Seo Jun no trabalho primeiro.
Estávamos sentados em um banco do lado de fora da escola esperando nossos pais. Minho estava com a cabeça deitada no meu colo. Ele 'tava preocupado comigo, perguntava se eu estava bem o tempo todo.
— Calma, Minho, 'tá tudo bem.
— Desculpa! Eu não consigo evitar. Seus machucados ainda doem?
— Não, estão cicatrizando. — faço carinho na sua cabeça. — Relaxa, eu me viro. E depois do que você fez, duvido muito que Yoongi e Beomgyu vão encher o meu saco de novo.
— 'Tá bom... 'Pera aí. Olha aquele carro! — ele senta e aponta para uma BMW preta.
— Ah, é meu pai. Tchau, Min Min. — me levanto e pego minha mochila.
— Seu pai tem um BMW?! — ele me olha surpreso.
— Bom, sim. Até amanhã!
— Até amanhã, Jisungie! — ele sorri sem mostrar os dentes e acena.
Não consigo conter o sorriso, não estou acostumado a ser chamado pelo meu nome social, principalmente desse jeito carinhoso que o Lee fala.
Entro no banco de trás do carro. Seo Jun estava na frente e meu pai no banco do motorista.
— Oi, filha.
— Oi, pai.
— Quem era aquele moleque com você? — Seo Jun olha 'pra trás e pergunta.
— Meu amigo. Por quê?
— Nunca vi ele antes... E vocês são bem próximos, 'né?
— Aff, ele é só um amigo.
— A Ju Kyung também era só a minha amiga... — reviro os olhos
— Vai se foder, cara.
— Olha a boca, Hay. — Christopher, meu pai, me repreende. — Sua mãe não vai gostar de ver você falando essas coisas.
Minha relação com meu appa é muito... Morna. Eu já não era muito próximo dele quando meus pais eram casados, então continuou a mesma merda depois do divórcio. Nós não brigamos como eu e Sana, mas também não somos unidos como Seo Jun e eu.
Meu pai trabalha muito, tanto que eu mal via ele dentro de casa, era mais nos fins de semana. Chris é um empresário rico, por isso da BMW. 'Pra ser sincero, preferia morar com ele do que com a minha mãe. E não é pelo dinheiro, é que ele não grita comigo.
