‧₊˚ ✍️→ Ser uma pessoa trans em um ambiente preconceituoso traz muitas dificuldades no dia a dia, principalmente para Han Jisung, um garoto trans não assumido que frequentemente sofre bullying na escola e em casa a situação é diferente, mas não cheg...
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— Que porra você fez com esse cabelo?!
Foi o que a minha mãe disse quando cheguei em casa.
— Eu não fiz nada, foi a cabeleireira que cortou. — digo sem paciência colocando a minha mochila em cima da cadeira do meu quarto.
— Olha o jeito que você fala comigo, mocinha! — ela me segue.
— Eu cortei o cabelo, mãe. E o que tem?
— Não se faça de sonsa! Você sabe muito bem que eu não permiti você cortar esse cabelo!
— Eu não preciso da sua permissão, o cabelo é meu.
— Você sempre volta rebelde depois que dorme no seu pai! Aposto que foi ele que te convenceu a fazer essa burrada!
— Fui eu que pedi 'pra ele me levar no cabeleireiro.
— Ele nem tinha que ter te levado! E essas roupas?! Você 'tá perecendo um garoto! — que bom, essa é intenção. — Você nunca vai arrumar um namorado desse jeito!
— E quem disse que eu quero arrumar namorado?
— O Jaehyun tem razão mesmo... Você é lésbica! — ah, não. Não acredito que ela meteu essa.
— Eu não sou lésbica! Não acredito que você vai dar ouvidos ao seu namoradinho de merda!
— Olha como você fala do Jaehyunie!
— "Jaehyunie"? Quando se trata dele você o defende com unhas e dentes, mas quando ele me ofende, se intromete na minha vida, me chateia, você fica foda-se 'pra mim!
— Pare de ser ingrata, Hayoon! — sempre que a minha mãe me chama de Hayoon, eu me sinto muito mal.
— Quer que eu minta então?!
— Escuta aqu-
— Não, Sana! Escuta você! Eu 'tô cansado de você me falar 'pra escutar sendo que eu te escuto a muito tempo!
— Você não era assim! Tenho certeza que é influência desse seu novo amiguinho!
— Ele não tem nada a ver com isso!
— Mas é claro que tem!
Eu estava ao ponto de enlouquecer. Qual é a dificuldade de me deixar em paz?! Parece que a diversão dela é me ver morrer por dentro aos poucos. Respiro fundo, tentando manter o controle.
— Mãe... Sai do meu quarto.
— Eu nã-
— Sai do meu quarto!
Sana sai do cômodo com raiva. Fecho a porta e me deito de bruços na cama com a cara no travesseiro. O que eu faço? Eu quero sair daqui, fugir 'pra qualquer lugar, sei lá.