Oii, xuxus! Antes de tudo quero dizer que estou trabalhando em um booktrailer para esse livro! Acredito que ficará bem legal...e espero do fundo do meu coração que vocês gostem!❤️
Mas agora sim, como vocês estão? Gostando da história? Espero que sim, pois todo tempo que tenho me dedico a ela...
Esse capitulo vai deixar vocês com mais perguntas hahaha! Prometo que o próximo será bem longo para compensar esse!
Um beijo! Tenham uma boa leitura!!
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Existia apenas uma palavra no mundo todo da qual me fazia estremecer quando era pronunciada, composta de uma consoante, e duas vogais; Pai.
A definição dessa palavra, não condizia a minha realidade. Assim que meu genitor falecera, fiz questão de ir em seu enterro, não porque o amava, mas porque eu queria ter a certeza de que se manteria bem longe de minha mãe.Passei exatos 13 anos de minha vida, estremecendo de medo toda vez que seu braço começava a levantar ou seu punho se fechava lentamente, pois no dia seguinte eu não saberia se minha mãe estaria viva, e consequentemente eu não saberia como fazer um bom plano de vingança contra o homem que ela dizia amar.
Mas felizmente, a vida deu um final a ele mais rápido do que eu imaginava. A parte mais infeliz depois de sua morte deve ter sido para minha mãe, olhar minha feição todos os dias e lembrar dele. Eu nunca tive nenhum sentimento por ele, desde afeto até ódio, nada realmente existiu, devido ao simples fato de que ele não merecia. Não era merecedor de nada, principalmente, da própria esposa.A escuridão que agora eu estava mergulhada me lembrou de como eu me sentia quando o via ou pensava em sua imagem. Nada.
[...]
Por fim, acordei. Estava deitada encarando o teto. A única iluminação vinha da lua que estava exatamente sob mim, o que facilitou minha visão nesse lugar. Todas as celas eram feitas de vidro, eu tive a sensação de que estava dentro de um pequeno cubo de gelo. Cada cela continha apenas uma cama, pequena, e nada confortável. Levantei-me devagar, assim que me sentei, senti meu estômago doer, era fome. Não sabia que horas eram e nem que dia.
Olhei para minha mão esquerda, estava com uma cicatriz que brilhava. Então, tudo passou como um flashback em minha mente; a coroa, Zion, o rei, a sala das poções, os guardas...
-Você está dormindo há exatos dois dias. -Uma voz masculina e calorosa respondeu. Olhos como fogo brilharam na escuridão, em minha direção. -Imagino que esteja com fome, pois o barulho que seu estômago fez...ensurdecedor.
Revirei os olhos.
-Verdades precisam ser ditas...não imaginei que ficaria brava, coloque a culpa no barulho que seu estômago fez, não em mim. -O homem repetiu em tom tedioso.
-Há quanto tempo me observa?-Perguntei.
-Te observo desde que chegou á cela. -Ele disse como se fosse óbvio, mas era. A fome me atrapalhava a fazer perguntas.
-Quer saber por quanto tempo te ouvi?
Franzi o cenho.
-Durante algumas horas, até seus poderes renovarem. -Ele respondeu. -Sim, Agatha. Eu conseguia ouvi-la, todos os seus pensamentos, desde que chegou no palácio. Ainda é uma de minhas habilidades, porém, agora que está com seus devidos poderes, ninguém consegue saber o que pensa. Todos os seres poderosos, Agatha, têm escudos, e você se encaixa como um deles, assim como eu.
Senti uma onda de poderes dentro de mim, pensei em testá-los, porém ouvi um barulho, alguém vinha ao nosso encontro. Me deitei no chão novamente e voltei a fingir estar desmaiada.
Para minha sorte, não vieram atrás de mim e sim do homem dos olhos laranjas.-Olá, Henrique, como passou a madrugada? -Uma voz doce e feminina disse. Um baixo "click", foi tudo o que ouvi em seguida, aquele som me era familiar, e então me recordei de quando o rei abriu a sala das poções, assim que colocou sua digital, esse foi o som que havia feito.
Henrique...esse era o nome dele.
-Ainda é madrugada. -Ele respondeu.
-Nunca é cedo demais para experimentos novos. -Ela respondeu.
-Deve ser por esse motivo que os outros não aguentaram...sem tempo para descansarem...
-Eram fracos...apenas. -E então, a porta da cela se fechou.
Minha mente estava confusa.
Abri os olhos e observei Henrique. Ele olhou para mim. Seu olhar era como quem queria dizer; "Não fuja, não se mexa, obedeça. Me espere".
Foi justamente o que fiz, esperei. Guardas passaram, deixaram uma tentativa de um café da manhã em minha cela, e mesmo assim, Henrique ainda não havia retornado. Uma onda de medo instalou-se sobre mim, eu seria a próxima. Eu tinha tantas perguntas...mas nenhuma delas parecia ter respostas.
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De fogo e Ruínas (Uma vida em troca de outra)
General Fiction+16 anos(contém gatilhos como: Violência, assassinato e problemas parentais) "Somos divididos por reinos. Nosso trabalho é afugentar o inimigo. Mas eu fiz outra escolha; eu mesma me tornei o inimigo." Agatha Moretti, após o injusto assassinato de...