Capitulo 14

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Oii, xuxus! Demorei mas consegui publicar esse capitulo...provavelmente até o final dessa semana devo publicar outro, já que dividi esse capitulo em duas partes...para deixar um suspense.
Boa leitura e um beijinho da miss!!
Deixei uma música para vocês ouvirem e entrarem no clima do palácio.
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Beatrice apertava o espartilho e eu me sentia cada vez mais sem ar. O vestido do qual Evangeline havia feito de graça, ou melhor, seus beija-flores mágicos ficara perfeito. Um vestido vermelho, sem alças, com muitas saias e camadas, contendo detalhes em preto e dourado. Beatrice havia colocado uma peruca loira em minha cabeça, e feito um simples penteado. Para completar, uma tiara de escamas prateadas de cobras, diretamente do ateliê.

- Você está... - Beatrice começou, seus olhos brilhando de apreciação.

- Magnífica. - Era a voz de Henrique. Me virei para observá-lo. Estava encostado na porta, me olhando com um meio sorriso, enquanto descia o olhar por meu vestido. - Zion quer saber se estão prontas, e se já podemos partir.

- Sim, acho que sim. - Digo e olho para Beatrice que afirma.

Antes de partirmos, pegamos nossas máscaras para a noite de disfarces.

[...]

- Não se esqueçam! Estamos aqui para tentarmos achar Helena. - Falo assim que percebo que Zion está prestes a aceitar uma bebida. Sua máscara era azul marinho com detalhes em dourado, que escondia boa parte de seu rosto.

- Vamos nos dividir pelo salão, você e Henrique, eu e Zion. - Beatrice diz, antes de todos concordarmos.

Henrique me estende o braço, franzo a testa.

- Estamos em um baile, e por essa noite você é uma dama. - Ele fala, enquanto estica o pescoço para enxergar melhor através da multidão.

- Está falando que nunca sou uma dama? - O encaro imediatamente, demonstrando o quanto sua frase me atingiu, de forma irônica.

- Não sei se uma dama teria as atitudes que você normalmente tem, Agatha. - Ele ri. Entrelaço meu braço ao seu.

O palácio estava cheio, muitas pessoas dançavam. Enquanto adentrava no salão, mulheres passavam e cochichavam com lequea de plumas na mão. A rainha estava sentada em seu trono, observando o baile e as pessoas, despejando o seu ar de soberania a cada pessoa que passava.

Henrique ainda não havia me dito como sua irmã era fisicamente, mas ele ficaria observando qualquer possibilidade de encontrá-la, enquanto eu vigiava qualquer inimigo que poderia estar nos procurando. Meus olhos percorreram todo o salão a procura de qualquer traço conhecido. Então, eles acharam. Um dos músicos.

- Prepare-se para trocar de par. -Uma valsa começou, e quando me dei por conta Henrique estava dançando comigo. Sua mão esquerda em minha cintura, enquanto a minha estava em seu ombro, nossas mãos direitas entrelaçadas, o que facilitava com que Henrique me guiasse de um lado para o outro.

- Eu acho que... - Antes que eu pudesse concluir comecei a dançar com um homem desconhecido, seu maxilar estava acirrado enquanto observava o seu antigo par com Henrique.

Então trocamos até chegarmos perto do trono da rainha, perto do local dos músicos, tento achá-lo de novo, mas não consigo. São tantos giros, que mal consigo acompanhar a dança e as pessoas.

- Procurando por algo ou por alguém? - Dessa vez um novo homem me pergunta. Alto, de pele negra, e um sorriso marcante.

- Não exatamente... - Continuo a percorrer os olhos pelo salão, mas então me desconcentro, assim que localizo Zion e Beatrice sem querer, e estão se beijando. Sinto uma pontada no estômago, mas logo paro de olhar.

- Parece que quer dançar apenas com um homem essa noite. - O meu par diz, assim que tem noção da situação. Mas logo trocamos, e fico de frente para os musicistas. Percebo que um deles está se retirando, e é exatamente ele.

- Preciso me retirar. - Falo rapidamente, para outro desconhecido que dança comigo.

Saio correndo, segurando o vestido para não tropeçar, mas antes que posso continuar, sinto uma mão segurando meu braço. Henrique.

- O que está fazendo? Achou Helena? - Ele pergunta ofegante depois de correr para me alcançar.

- Fale baixo! - Sussurro e levo a mão até sua boca. - Te explico depois.

Percebo que o homem estava indo até o segundo andar, vejo-o dobrar um dos corredores e parar para respirar um pouco. Me escondo atrás de uma das pilastras junto com Henrique. Então, ele tirou a máscara. Era realmente ele.

"Entregue-a"

"Ela?"

"Você sabe quem!"

Ele era o homem de um dos meus sonhos, o homem das cartas que outrora me empurrara na escuridão de meus pesadelos.

De fogo e Ruínas (Uma vida em troca de outra)Onde histórias criam vida. Descubra agora