"Não é só sobre vangloriar teu corpo e alma. Eu adoro como tu dás vida à vida. Tu és a minha crença. Tu és a minha única religião.
Tanto tempo perdido, talvez ganho. Talvez tivéssemos de crescer, se bem que eu acho que a única que cresceu foste tu...
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Começar o dia já com esse tipo de situação não é das minhas coisas favoritas, principalmente num território completamente diferente e alheio ao meu mas, é algo que acompanha-me mesmo antes de me entender como gente.
Meus pais ensinaram-me a filtrar comentários, olhares e pessoas ruins, e a responder sempre com educação porque reagir com histeria é o que sempre esperam de nós.
Já chorei tanto e hoje não mais, não com frequência, mas não tem como não me sentir chateada toda a vez que acontece. Sempre afecta.
- Vamos esperar mais um pouco. - A senhora Hans afirma.
Estamos agora todos diante da mesa recheada para o pequeno-almoço com a excepção de Klaus que parece levar mais tempo do que o normal, deixando-me um pouco nervosa.
- Não, já deu. Estou esfomeado! - Heinrich diz começando a se servir.
- Eu também. - O senhor Conrad fez o mesmo.
- Ele depois chega. Vamos servir-nos. Não podemos deixar a gravidinha esperando. - Sua mãe diz, relaxando a face.
Assim começámos a comer quando ouvimos um estrondo que quase me faz entalar o garfo goela abaixo de susto.
- O que foi isso? - Pergunto pousando o garfo.
O ruído foi seguido por gritaria, distante o suficiente para não perceber o teor da mesma.
Olho para Mia, que dá de ombros.
A questão foi esquecida em segundos e todo mundo continuou comendo, me fazendo estranhar.
Expiro o ar erguendo minha chávena de chá à boca.
- Bom dia senhores. - Percebo que a voz atrás de mim é da moça da roupa de cama.
Reviro os olhos discretamente, tomando o chá.
- Senhorita Nala. - A outra que ficou me seguindo já aparece no meu campo de visão.
Mantenho a calma e pouso a chávena enquanto todos me olham com curiosidade.
- Sim?
Klaus aparece, se sentando ao lado de mim e começa a se servir. Dou um olhar a ele e logo desvio para as moças com as caras inchadas e vermelhas.
- Quero pedir perdão pela minha deselegância mais cedo. Julguei-a e agi mal e...estou arrependida. - A que ficou me seguindo fala.
Suspiro e antes que respondesse a outra abre a boca.
- Queria pedir-
- Já não quer? - Digo com deboche, no mesmo tom que ela falou comigo antes e me cortando.
- Quero. Quero pedir desculpa por ter sido imprudente e...- Vejo ela desviar o olhar para Klaus e depois para os outros -...ter insinuado que a senhorita fosse uma meretriz-