E se eu estivesse em Harry Potter

Um bom negócio.

Pov Karol

—Existem mais pessoas da sua família, ou são só vocês três?—Comecei perguntando para a mulher que caminhava ao meu lado enquanto andávamos pelo jardim de braços dados. De alguma forma, eu parecia mais solta e confiante perto dela.
Ela soltou um suspiro antes de responder minha pergunta.

—Bem, depois que nossos pais se mudaram, não soubemos mais nada sobre eles durante alguns anos. — Ela dizia com um pouco de ressentimento. —E depois fomos avisados da morte deles. Então, a menos que eles tenham tido mais um filho que não saibamos. Somos os últimos.

—Você não me parece o tipo de mulher que desiste de viver como bem quiser com sua riqueza, para viver ao lado do irmão em uma casa velha como esta.— Tento falar de uma maneira mais formal, e no mesmo tom que ela falava.

—Eu amo meu irmão, e gosto de viver ao lado dele. Mas, apesar do que pensa, nós não moramos aqui. Não, esse lugar é um lugar para nós dois passarmos um tempo. Duvido muito que algum dia um de nós já chamou esse lugar de lar.— Ela parou se soltando de mim e parando de frente comigo, me impedindo de continuar.
—Você está diferente.— Eu ergui a sombrancelha.

—Diferente como?— Ela encarava meus olhos com curiosidade, e dentro deles consegui ver um pouco daquela malícia que ela carregava quando estava em Hogwarts com seu irmão.

—Você está falando de maneira culta e está muito centrada. Acho que tem andado muito com a Mary, senhorita Dumbledore. — Um sorriso travesso estava em seus lábios.
—Por acaso, minha presença te deixa nervosa? É por isso que está se mantendo tão focada? E está falando desta maneira para agradar-me?

A voz dela tinha novamente aquele tom sedutor e calculista.

—Eu poderia dizer o mesmo. Até então estava agindo como uma garota inocente e tranquila. Tanto que me deu uma rosa.— Se ela gosta de jogos, então vamos jogar.

Me aproximei encarando-a mais profundamente, e com um riso de lado.

—Mas, se a senhorita gosta do meu lado mais travesso, devo dizer que estou honrada em mostrá-lo, M'Lady.— Disse segurando sua mão, e mantendo a minha atrás das minhas costas, ficando em uma posição de nobre. E a cereja do bolo, pisco para ela em tom de flerte.

Ela sorria lisonjeada. E riu de uma maneira mais gentil e singela. Camilla era difícil de prever. Seu modo de falar e agir variava em uma bipolaridade bem recorrente.

Eu sorria meio boba para ela agora. Mas não perdi minha atenção quando vi alguém observando da janela.

—Vamos entrar, meu irmão já deve ter terminado. — Ela me deu a mão, e gentilmente eu segurei. Mary estaria surtando agora. Eu imaginava que ao me pegarem eles me matariam na hora ou qualquer coisa do tipo
Mas, não. Algo que me fazia ficar ainda mais preocupado e intrigado.

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Durante o almoço, não disse quase nada. O irmão dela falava distraidamente com a irmã. Os dois tentavam me fazer falar mais e ser mais ativa, fazendo perguntas. E eu respondia algo curto, ou apenas um balanço de cabeça.

Eu senti um pouco de irritação vindo do Rosier.
Mas, ele não demonstrou.

Após o almoço, Camilla disse que precisava voltar para casa e pegar algo. Eu imaginei que fosse apenas uma desculpa para me deixar a sós com o homem à minha frente.

Na mesma hora fiquei desconfortável.
Para mim, ser deixada sozinha com um homem, principalmente um que eu não conheço, era o mesmo que me deixar em uma floresta cheia de lobos.