E se eu estivesse em Harry Potter

"Rosier, é sinônimo de poder"

Pov Mary

Eu e Snape colocamos Karol na cama. Ela tinha desmaiado, mas antes, eu consegui ouvir a mente dela. Era como se algo tivesse a invadido.

—O que houve? Foi a dor de cabeça?- Snape me perguntou. Eu olhava discretamente pela janela lá fora. Estava frio. Eu me virei, e enquanto Snape cobria Karol com um dos meus cobertores eu pensava em algum feitiço que eu poderia fazer para que retirasse qualquer indício da existência dela nesse castelo. E tinha que ser rápido. Logo eles estariam aqui.

—Eles vão entrar no castelo hoje a noite. Daqui a pouco, eu presumo.-  Snape endireitou a postura prestando mais atenção.
—Quem? Seus parentes?- Snape perguntou. Eu senti um arrepio. Eu não queria lembrar o passado. Não queria pensar naquela época.
Poderia ser perigoso, caso eu tenha alguma lembrança que desperte minha raiva, ou muita tristeza....

—Você vai responder alguma de minhas perguntas?- Seu tom era baixo, mas firme e sem paciência.
—São os meus irmãos. O que você precisa saber, é que eles não podem encontrar a Karol. Se souberem que ela tem parte do meu núcleo dentro dela. Isso vai ser ruim.- Snape se calou e olhou para a garota adormecida, que era quase uma cópia minha. As diferenças era que seus olhos não eram verdes e sim tão escuros que poderiam ser pretos. E seu cabelo era curto e liso, enquanto o meu era maior e ondulado. Sua pele era meramente mais escura. É claro que essa não era a única diferença na aparência. Na verdade, poucos eram os traços parecidos. Porém, éramos a "mesma" pessoa, em realidades diferentes.

Karol me lembrava uma antiga amiga minha. Ela tinha o mesmo jeito estranho de agir. O rosto sério, e com uma resposta afiada na ponta língua. Alguém de poucos amigos, porém nenhum inimigo, e que sabe proteger os seus. Por mais que as vezes possa não ganhar em uma briga, ainda assim, "vale a tentativa".
Eu não me perdoaria se acontecesse algo a ela como aconteceu anos atrás.

Cheguei perto de onde ela estava deitada e segurei sua mão por alguns segundos e soltei.

—Vamos. Temos que avisar Dumbledore e ficar bem preparados.- Eu abri a porta e Snape parou ao meu lado antes de sairmos.
—Mas, e a sua preferida? Não é melhor que um fique, e a proteja de perto?- Snape segurou a porta e eu neguei saindo do quarto, e ele logo depois. Fiquei de frente para a porta e lancei um feitiço de proteção, tanto nela quanto no quarto. Depois, eu tranquei a porta e a escondi. Se alguém passasse pelo corredor, não a veria.

Quando chegamos a diretoria, Dumbledore já estava de pé, nem precisamos avisá-lo.

—Senhorita Rosier, Snape, boa noite. Ou, bom dia, depende do ponto de vista.- O mais velho sorriu apontando para a janela, pois já era mais de meia noite.
—Eles viram hoje. Logo estarão aqui.- Dumbledore me olhava sério. Ele olhou para Snape, pronto para dispensa-lo.
—Não. Vamos precisar dele.- Dumbledore concordo. Snape se aproximou e eu já sabia que ele iri perguntar.

—Nós vamos ataca-los? O que iremos fazer?  E o mais importante, por que você os teme tanto? Pensei que ninguém podia contra você. Mas, os dois falam deles como se fossem pior que o próprio lorde das trevas!
—Bom, é quase isso.- Dumbledore começou.
Eu soltei um suspiro.
—Não foi sempre assim. Mas, os dois se tornaram obcecados por poder. Quando meus pais morreram eles deixaram a mansão...- Dei uma pausa e olhei para a estante de livros da sala. —E os livros de feitiços das famílias Rosier.

—Das Famílias Rosier? Existe mais de uma família? Como assim?- Snape questionou.
—Da para ver que nunca procurou um livro da história das famílias puro-sangue mais poderosas.- Eu disse olhando para o moreno, que me encarava sério.
—Nunca me interessei. Não passam de contos de supremacistas que não adicionam nada na minha vida.- Eu ri da fala de Snape. Ele não esta tão errado. Quase todas as famílias puro-sangue são supremacistas.
—Pelo que estou vendo. Agora, isso é algo a adicionar a sua vida. Porque, os meus irmãos são dois bruxos, muito poderosos. Sorte de vocês eles não ligarem para o lorde das trevas. Eles gostam de fazer tudo sem nenhum chefe para mandar neles.- Cruzei meus braços mas depois usei uma das mãos para criar um pouco de fogo na minha mão.