E se eu estivesse em Harry Potter

Os anjos existem?

Pov Mary

Para que? Como? Essas duas perguntas rodavam em minha mente. Eles não poderiam ter aparecido em pior hora.

—Senhorita Rosier...- Dumbledore começou. Mas antes que continuasse levantei uma das mãos para que parasse. Tirei minhas mãos da mesa, onde eu estava me apoiando, e me virei para a estante.

—A brincadeira acabou. Saiam. Não há mais nada de interessante para vocês aqui.- Eu digo para as crianças ali escondidas. E consigo ouvir um deles falando "discordo". Os três saem de seu esconderijo e nos encaram.
—Acho melhor irem agora, não é?- O velho disse olhando para eles, principalmente para Harry, por trás dos pequenos óculos.
Eu os encarava séria. Eu não me importava que ouvissem sobre Karol ir embora, ou o feitiço que a levaria de volta. Mas, isso. Concerteza não era uma história que eu queria que espalhasse.

Após o trio sair da sala do diretor. Ouvi Dumbledore falando baixo com sigo mesmo como era engraçado que eles tenham conseguido entrar sem ele notar imediatamente. Eu me sentei soltando um suspiro pesado e coloquei uma das mãos em minha cabeça.

—Deseja um pouco d'água?- Ele ofereceu.
—Não, obrigada.- Olhei para a janela que dava vista para a floresta negra.
O clima ficou mais pesado. O mais velho parecia bem mais sério que o normal. Ele se sentou ao meu lado.

—Sabe o porquê...- Eu o cortei.
— De estarem aqui? Não.- Joguei um feitiço para que não nos ouvissem na sala.
—Mas, garanto que a vinda deles não trará boa coisa. Não estão aqui para matar saudades, isso é óbvio.- Minha voz já demonstrava a amargura. Meus irmãos estavam aqui. Depois de tanto tempo.
Depois de pensar um pouco e tentar saber o motivo de estarem aqui. Retirei minha mão da testa e endireitei minha postura.

—Karol.- Disse baixo. Mas o homem ao meu lado ouviu.
—Acha que tem algo a ver com ela?- Dumbledore perguntou.
—Acho que voltaram para pegar o que acham que os pertence. Por isso, que não podemos deixar que saibam quem ela é. Ou melhor, o que, ela é.- Dumbledore concordou.

—Muito bem. Você tem que descansar. Nós poderemos fazer isso no fim da semana.- Eu me levantei rápido.
—Não temos tempo. Tem que ser o quanto antes. Ela não pode estar aqui quando chegarem. Vamos fazer amanhã.- caminhei até o meio da sala.

—Amanhã de manhã os alunos embarcarão no trem para ir para casa. Acha que os amigos dela sentiram falta?- Dumbledore questionou.
—Não importa. Ela é sobrinha do diretor. É esperado que ela possa ficar o quanto quiser.- Sem dar espaço para que ele continuasse, fui até meu livro e o peguei. Segurei ele forte e olhei para Dumbledore.
—Agora, me leve até um lugar onde eu possa guardar este livro. Um lugar realmente seguro. Ele ficará lá até amanhã. Não sabemos o que meus irmãos planejam, temos que garantir que isto não irá cair nas mãos deles.- Ele balançou a cabeça concordando. Eu olhei pela janela e orei para que os deuses me dessem força e paciência para lidar com eles.

Pov Karol

Assim que abri a porta do quarto da Mary, entrei e coloquei Hades na cama, em cima do travesseiro. Snape entrou logo depois e fechou a porta.

—Hades, você está melhor?- Perguntei para a ave, um pouco preocupada.

—Sim, eu estou. Obrigado, milady.- Ele agitou um pouco as penas e estufou o peito para parecer mais confiante.

—Hades, quem são os "Rosiers"? Fazem parte da família da Mary?- Perguntei enquanto Snape foi até a janela e ficou olhando para fora.

—Eu...eu não tenho permissão para falar sobre isso, criança. Mas, eu posso dizer que, sim.- Ele pulou com suas pequenas patas no meu colo e eu acariciei sua cabeça com um dedo.