Visita

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Sinceramente, esse quarto é um tédio. Era madrugada e eu não conseguia dormir, é como se tivesse um peso muito grande que me sufocasse. Mas, também, como dormir se tem duas pessoas que podem te matar a qualquer hora?
Mas, não estava mais tão preocupado com isso. Sou mais valiosa viva para ele.

Pura conversa fiada. Ele não pode tirar meu núcleo, é preciso ser dado a ele, se não ele nem perguntaria e eu talvez já estivesse morta.

Mary, ela vem me buscar? Camilla tinha dito que ela não chegaria nem perto, que desistiria.
Porque? São eles, ou a casa? E o mais importante, o que ela não me contou?

Muitas perguntas passavam em minha mente. E não era como em Hogwarts que eu poderia dar uma escapada a noite, agora. Eu estou trancada. Não só à chave, mas com magia. E eu tentei usar magia, mas não funcionou. E para piorar, estou com uma dor de cabeça dos infernos por culpa do uso mais cedo. Mary tinha dito que não era para eu usar sem a supervisão dela...

Peguei o papel que eu tinha guardado e comecei a ler. Primeiro a poção, que não tem um padrão parecido com nenhuma poção que eu conheço de Harry Potter.

Que droga, eu deveria estar tendo problemas com o cara de cobra. Não dois irmãos psicopatas e gostosos!

A Mary daria uma coça no Valdemar.

Eu sorri de lado com o pensamento.

-Verdade...-Falei, minha voz praticamente fazendo eco no quarto silêncioso.

O que pede na poção são coisas que eu não me lembro de ver nos livros ou filmes.
O primeiro ingrediente é lágrima de estrela. Eu nem sabia que estrela chorava.
Aparentemente, podem ser recolhidas durante a lua cheia, em um dia específico do inverno em cima de uma colina com uma árvore. Basicamente, nesse dia, uma "gota" de estrela cai em uma folha da árvore. Eu tenho que ser rápida o suficiente para pegar.

O segundo ingrediente, é raiz de carvalho ancião. Deve ser colhido da árvore de carvalho mais velha da floresta. Como eu vou descobrir qual é, isso eu não sei.

O terceiro ingrediente, eu consigo coletando o primeiro. Orvalho da manhã. A folha em que a lágrima de estrela cai, se torna dourada, mas somente com um elfo por perto, por algum motivo.

Maravilha. Não tenho ideia de como eu vou conseguir tudo isso.

Ah, eu dou um jeito.

Penso pegando o outro papel, que fala sobre a marca negra. Nada demais, apenas falando sobre o que é, o que significa, como fazer e como aliviar a dor dela...

Como aliviar a dor dela??!

Reli o papel, aparentemente há um modo de fazer a marca na pele de alguém sem dor. Além de também ter como aliviar a dor dela quando começa a queimar. Já que ela funciona de um jeito que quando o camarada do mal chama seus bichinhos de estimação, ela começa a queimar os braços deles avisando isso.

Interessante...

****

Dumbledore pediu que Snape me acompanhasse. Não importa o quanto eu dissesse que não era necessário. Infelizmente ele é bem insistente.

Nós caminhamos lado a lado para fora dos terrenos de Hogwarts em silêncio. E então aparatamos para minha casa. Snape fingia não ligar. Mas mesmo de maneira mínima, eu conseguia notar sua curiosidade. Eu moro em uma das mansões Rosier. Poucas pessoas já pisaram aqui, então eu não julgo.

O lugar é bem escuro. Sempre parece que está de noite. Meus genitores gostavam assim, e o fogo das velas refletiam nos objetos de prata.

E se eu estivesse em Harry PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora