Bibdibobdboo

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Pov Mary

Eu estava esperando do lado de fora da enfermaria a autorização da Pomfrey para entrar. Eu fiquei sabendo que ela estava fazendo mais alguns exames na garota e vim ver se estava tudo bem. Pomfrey abriu a porta e disse que eu podia entrar. Assim que entrei, ela olhou para mim com o típico sorriso de lado.

-Aposto que você sentiu minha falta.-Ela disse. Ela estava sentada na cama enquanto Pomfrey ia até a mesinha ao lado dela, guardar alguns remédios.

-Nem por um minuto- Respondi me aproximando de sua cama segurando minha varinha.

-Eu sei que sim. Ficou me enviando mensagens mentalmente durante as aulas.- Karol retruca.

-Eu não estava pensando em você, e sim no que houve com você. Você sentir dores de cabeça e de repente desmaiar pode ser um sinal de algo que eu não estou planejando. O que é perigoso.

"Você está só enrolando para não admitir que me ama" Ela pensou, e eu ouvi. Nossas mentes ligadas o tempo todo era algo que eu odiava.

-Senhora Pomfrey, ela será liberada hoje?-Pergunto ignorando menina na cama.

-Ela poderá sair hoje sim. Já que hoje não tem aula, não será necessário um bilhete para dispensá-la das aulas.-Madame Pomfrey me responde. Era bom que ela pudesse sair hoje.

-Bem, então eu sugiro que levante, Dumbledore. Você tem que ir pegar sua varinha hoje.-Assim que eu disse um brilho surgiu no olhar da moça, ela deu um sorriso.

-Tudo bem.- Karol se levantou rápido, por um instante pensei que fosse cair, mas lembrei que ela sempre foi meio desequilibrada.

Enquanto ela se arrumava eu observava, minha mente estava um pouco longe. Ainda pensando no que poderia ter feito ela ficar assim.

-Alô, você tá bem?-Karol encarava a mais alta de perto.

-Não vamos perder tempo.-Agarrei seu pulso e saímos da sala, ela correu um pouco para me alcançar. Depois percebi que a garota era bem baixa comparada a mim, achei graça.

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Pov Karol

A Mary sempre andava muito rápido, seus passos apressados faziam eco no corredor vazio. Mas não estava vazio por muito tempo. De longe ouvi alguns alunos que conversavam animados.

Surgiram dois alunos da Corvinal, eles andavam juntos e falavam alto. Passaram dando oi para mim e para Mary, que forçou um sorriso não muito convincente para mim. Quando eles passaram, eu ri, e ela olhou para mim de um jeito questionador.

-Nós temos que melhorar esse sorriso aí, não é Mary.- Digo com tom brincalhão.

-Ora, por sua culpa, sou obrigada a fingir que gosto dessas crianças e que sou um amor de pessoa- Ela diz com raiva, sem olhar para mim .

-Mas você, é, um amor de pessoa. Só não gosta de demonstrar isso.- Respondi com um pequeno sorriso. Mas, ela continuou evitando olhar para mim. -Esta enganada senhorita.- ela disse mantendo sua postura reta, olhos no caminho a sua frente e sempre com os seus passos alinhados.

Era algo que a diferenciava de mim, já que, minha postura não era tão rígida, meu olhar não se mantinha em um lugar só e na maioria das vezes eu estava olhando para cima ou vendo as linhas do chão. De vez em quando os quadros nas paredes, que ou sorriam para mim, e eu fazia o mesmo, ou eram esnobes e ficavam, como: "Está olhando o que?!"
Meu andar não era em linha reta, pois eu sempre tive um certo desequilíbrio desde pequena.

Havia tantas coisas que nos faziam diferentes, mas eu sabia que éramos iguais. Foi por isso que a mágica escolheu ela quando trocamos de corpo. Não é?

E se eu estivesse em Harry PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora