010. o capitão

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Marina pov;
alerta: sexo explícito, palavreado de baixo calão.

Quando o Beto me beijava, sentia que uma força lançava tudo de ruim para bem longe de mim; estar com ele me consolava, era reconfortante.

Mesmo com aquelas roupas pesadas e o semblante estressado, eu sabia que o homem tranquilo e sensível que me deu o meu melhor fim de semana ainda estava .

Ainda assim, o jeito de me tocar era diferente. Ele pareceu descarregar toda a tensão do dia naquele momento; fiz o mesmo.
As mãos que puxaram meus cabelos com delicadeza nas primeiras vezes, agora pareciam quase arrancá-los de mim. Eu senti desconforto e ao perceber, ele soltou os dedos dali.

A língua permanecia desesperada. Passeava por todos os cantos da minha boca como se buscasse por algo perdido; ele mordiscava o meu lábio com certa pressão e aquilo me causou um prazer estranho.

As mãos que desciam e subiam pelas minhas costas agora sustentavam a minha bunda, levantando o meu corpo. Minhas pernas se entrelaçaram nos seus quadris e ele me carregou até o meu escritório; bateu a porta atrás de nós, travando-a.

Não parou me beijar, até me colocar sentada sobre a mesa que cortava o ambiente fechado. Ele me olhou e abriu as minhas pernas, em silêncio. Levou uma das mãos até o meio delas e me esfregou, sobre o tecido da saia longa.
O puxei para perto e o beijei outra vez.

Durante o beijo, ele usou a outra mão para tirar a minha roupa. Outra vez eu estava entregue aos comandos e caprichos dele.

Ele se afastou de mim e observou todo o meu corpo. Eu já estava enlouquecendo. Me esfreguei um pouco enquanto ele me olhava e isso fez seus olhos escurecerem.

Se aproximou novamente e se ajoelhou diante de mim. Sem usar as mãos, aproximou o rosto do meu corpo e começou a me chupar. Eu gemi abafado e tentei relaxar, segurando-me nas laterais da mesa.

A língua rígida explorava cada pedaço meu e ele parecia não se cansar daquilo; levou dois dedos até a entrada que havia molhado com a própria saliva e os afundou em mim, continuamente. Meus gemidos foram se tornando mais altos e a minha respiração mais ofegante.

Ele continuava lambendo o meu clítoris enquanto me penetrava com as mãos e me olhava nos olhos, com desejo. Me senti numa alucinação; ninguém nunca havia me tocado daquela forma, com tanta precisão.

O rádio dele tocou e aos poucos, ele parou. Chupou os dedos que me penetraram e se levantou; me deu as costas e atendeu ao chamado. Eu também me levantei, vestindo a roupa frustada.

— Vem me dar um beijo. Preciso ir. - ele me chamou com um sinal, enquanto ajeitava a farda e posicionava a boina na cabeça novamente.

Eu me aproximei e o abracei.

— Se cuida. Por mim. - encostei a cabeça no colete enrijecido que protegia o seu peito. Foi como outro choque de realidade.

Ele passou os dedos pelas minhas costas e cheirou o meu cabelo.

— Vou cuidar de você. Eu volto. - me deu um beijo na cabeça e segurou meu rosto, me beijando a boca pela última vez antes de retornar.

maria  batalhão | CAPITÃO NASCIMENTOOnde histórias criam vida. Descubra agora