07. Confiança Frágil

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Meu corpo inteiro doía como se cada músculo tivesse sido torcido e espremido sem piedade. Acordei de um sono agitado, sentindo o peso esmagador da exaustão me envolver. Meu coração pulsava de forma descontrolada, cada batida ecoando como um tambor na minha cabeça. Abri os olhos lentamente, piscando contra a luz suave que iluminava o ambiente desconhecido.

Eu não estava em casa. Constatei isso com um ímpeto de pânico, tentando me levantar, mas meu corpo pesava como chumbo. Respirei fundo, desesperada para controlar o medo crescente que ameaçava me engolfar. Olhei em volta, buscando qualquer coisa que pudesse me dar uma pista de onde eu estava. O quarto era decorado de forma minimalista, mas elegante. Linhas retas, cores escuras e uma organização quase intimidante. Definitivamente, eu não estava no meu pequeno e confortável apartamento.

Foi então que percebi a presença dele. Romeo estava lá, encostado contra a parede oposta, observando-me com um olhar intenso e calculado. Seus olhos azul-acinzentados estavam fixos em mim, e eu senti um arrepio percorrer minha espinha. Ele se destacou na penumbra do quarto, o rosto anguloso meio escondido pelas sombras, mas seu corpo emanava uma energia que eu não podia ignorar. Mesmo com todo o medo e a confusão, havia algo nele que me puxava, quase me obrigava a confiar.

"Você acordou," sua voz era profunda, com um toque de algo que não consegui identificar - preocupação? Alívio? Talvez uma mistura dos dois.

"Você... onde...?" Minha voz saiu trêmula, cada palavra um esforço monumental. Eu queria exigir respostas, gritar até que alguém me explicasse o que estava acontecendo, mas tudo o que consegui foi essa exclamação frágil.

"Você está segura agora," ele respondeu simplesmente, como se isso bastasse para acalmar todos os monstros que rugiam na minha mente. Mas não bastava. Não depois do que quase aconteceu.

A lembrança me atingiu como um soco no estômago, e eu levei a mão ao peito tentando puxar o ar para os pulmões. Senti as lágrimas arderem em meus olhos, mas me forcei a engoli-las. Eu não choraria na frente dele. Não mostraria essa fraqueza.

"Por que estou aqui?" sussurrei, encarando-o. Minhas mãos tremeram, mas consegui manter meu olhar firme.

"Você desmaiou," ele deu de ombros, como se fosse a coisa mais natural do mundo. "Eu fiz o que tinha que ser feito."

A resposta não me satisfazia. Pelo contrário, apenas aumentava minha angústia. "Você não podia me levar para casa?"

Romeo se afastou da parede, seus passos lentos e deliberados ecoando no quarto silencioso. Cada movimento seu era carregado de uma tensão que eu não conseguia compreender inteiramente. "Confie em mim, Anika. Aqui você está mais segura."

Eu queria acreditar nele. Realmente queria. Mas ao mesmo tempo, um medo irracional e intenso apertava meu coração. Me segurei no lençol, tentando ancorar minha mente à realidade e não me perder no turbilhão de emoções que ameaçava me sufocar.

Nos Braços Da Fera | DarkRomance Interracial - [+18]Onde histórias criam vida. Descubra agora