– Você também, vizinha – Acho que falei mais alto do que pretendia. Ainda deu tempo de
ouvir a sua gargalhada enquanto eu tentava andar pelo curto caminho até o meu carro.
Não tínhamos garagem ou qualquer estacionamento por perto, por isso eu estacionava em
frente à nossa casa mesmo. A rua era larga e bem tranquila, percebi que muitas pessoas faziam o mesmo. Desconfiava que o carro da vizinha era o Siena preto que vivia estacionado atrás do meu, exceto quando ela não estava em casa. Ainda não sabia dizer com certeza, também não iria perguntar.
A minha quarta-feira foi composta por pensamentos eróticos que envolviam Vizinha e eu. Em todos os flashes que circulavam pela minha cabeça, havia os nossos corpos nus e a cama batendo contra a parede na velocidade seis da dança do "créu". A minha loucura imaginosa só era impedida, de vez em quando, pela razão, que me alertava do perigo que significava manter uma relação baseada no sexo sem compromisso com a vizinha cafajeste.
Mesmo me considerando uma adulta madura e consciente, sei perfeitamente que transar com ela vai me afetar de um modo irreparável. Por exemplo, tenho certeza de que não ficaria feliz em ouvi-la com outra mulher. Sei lá, iria me sentir trocada, afinal, eu estaria bem ali ao lado... Enfim. É diferente do que ser apenas uma vizinha. Passar a ser uma foda que mora ao lado era uma péssima ideia.
Passei a maior parte do tempo excitada, louca para que a vizinha caísse do céu e fosse parar bem em cima da minha mesa. Para ser sincera, cheguei a imaginá-la empurrando toda a papelada no chão e me jogando ali em cima. Era louco e igualmente excitante. O sexo dela devia ser mesmo incrível, aquela mulher aos berros não me deixava pensar no contrário. Eu estava, oficialmente, louca por uma boa foda com a safada do 105.
A comprovação de que era loucura querer alguma coisa com ela além de uma amizade que permitia troca de elogios sobre traseiros (e competição de frases de duplo sentido) veio naquela madrugada. Havia me permitido dormir um pouco mais tarde por causa de um filme que passava na TV aberta. Escutei quando a porta da vizinha abriu e fechou, sinalizando que ela tinha chegado do trabalho. Após trinta minutos de puro silêncio, os quais passei deitada na minha cama, sentindo-me a rainha do meu mundo, ouvi gemidos atrás de mim.
Coloquei meus ouvidos em alerta imediatamente. Achei que estava começando a ouvir coisas, visto que nada consegui escutar durante alguns minutos. Aí a vizinha fez questão de me tirar todas as dúvidas.
– Adoro te foder bem gostoso...Sua voz saiu como um sussurro, mas mesmo assim consegui ouvir. Levantei-me da cama e, de novo, encostei o meu ouvido na parede. Ela não parecia estar com a mesma mulher. Aquela não gritava, só gemia baixo vez ou outra. Percebi que a cama chacoalhava de leve, totalmente diferente da selvageria anterior.
Foi difícil, mas tomei a séria decisão de não ficar prestando atenção nos ruídos provocados pela vizinha. Voltei a me deitar na cama, e até aumentei um pouco mais o volume da TV. Procurei me concentrar no filme, mas não consegui. Uma parte de mim ficou atenta aos gemidos que a mulher soltava, sempre constantes e discretos. Foi impossível não me excitar. Podia ouvir a respiração ofegante da vizinha, deixando a situação da minha calcinha ainda mais desfavorável. Piorou quando a parede começou a provocar um barulhão. No início foi bem de leve, quase imperceptível, mas a coisa deve ter esquentado na casa ao lado. Calvin parece ser do tipo que começa devagar, mas se rende ao ritmo acelerado da entrega. Devia estar uma delícia, pois os gemidos da mulher aumentaram drasticamente. Comprovei que, sim, não era a mesma da segunda-feira.
– Eu realmente preciso de alguém – murmurei para o nada. Não sei se a vizinha escutou, acho que não. Ele estava muito ocupado, diferentemente de mim, que só me ocupei em ouvir a ocupação dela.
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A safada Mora ao Lado
RomanceDEIXO CLARO QUE A SAM É INTERSEXUAL A analista de sistemas Mon Phetpailin finalmente compra um imóvel e realiza o sonho de morar sozinha. Assim que ela se muda para a casa de número 104, descobre que sua nova vizinha, que ela apelida de Calvin, é um...