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Freia Pullman

Semana Depois:

A insistência do Duque de Hohenberg estava deixando-me irritada, ele estava atrapalhando todos os meus planos de conseguir me encontrar com o meu aliado, parecia que ele estava em todos os locais onde eu frequentava e isso me frustrava. Mamãe percebeu que o Duque estava realmente interessado e fez com que eu continuasse levando Valery nos meus passeios, onde eu me mantinha calada e observando todos os seus movimentos.

— Senhorita Freia. – Chamou ele e eu voltei-me para si. — Seu voto de silêncio é um pouco desagradável, parece que está sendo forçada a aceitar os meus convites.

— Certamente não estou aqui por vontade própria. – Afirmei sorrindo. — Pelo menos alguém está divertindo-se, sua presença é agradável desde que minha irmã esteja feliz.

Ele deu uma risada levantando-se e apontou para o caminho aberto, respirei fundo sabendo que seria deselegante o recusar e apenas concordei. Caminhamos entre os jardins, meu nariz estava coçando de uma maneira irritante e a minha pele se tornando levemente avermelhada.

— O baile dessa noite foi cancelado. – Comentou ele e eu concordei. — As ameaças dos rebeldes fez com que o imperador tivesse que aumentar a vigilância, ele está desconfiando de todos.

— Uma pena! – Exclamei. — Esse seria um dos bailes da temporada, vossa majestade tinha se empenhado em criar uma noite agradável para todas as debutantes. Poderia encontrar alguém que realmente lhe interessasse, vossa graça.

— Eu já encontrei. – Afirmou ele segurando a minha mão e apertando-a. — Você é a única pessoa que me interessa, senhorita Freia, sinto-me imensamente infeliz em não ter os meus sentimentos correspondidos.

— Se sabe que eles não serão correspondidos, por que continua me perseguindo? – Questionei-o. — Todas as garotas da temporadas estão querendo a sua atenção, certamente conseguirá uma boa esposa se parar de me perseguir.

— Como eu disse já encontrei a garota que faz com que o meu coração palpite e isso não acontece desde a morte da minha esposa. – Afirmou ele sua mão deslizou pelo meu rosto e eu apertei o meu vestido com força. — Por que você não consegue aceitar os meus sentimentos?

Queria gritar na sua cara os meus motivos, porém eu apenas sorri dando dois passos para trás e ajeitando a minha postura.

— Estou velha para um casamento, vossa graça. – Respondi. — Deveria encontrar uma garota que possa lhe dar filhos e ser uma boa duquesa de Hohenberg, as pessoas não iriam o respeitar se você se casasse comigo. Acho que devemos retornar, está ficando tarde e é imoral duas senhoritas permanecessem na sua companhia.

Apertei o meu passo, não querendo continuar com aquela conversa e seguindo na direção da saída do labirinto, meu coração estava palpitando e as minhas mãos suando. Senti suas mãos segurarem o meu braço e puxarem na sua direção, arregalei os meus olhos quando meu corpo foi pressionada contra a parede e meus olhos se arregalaram vendo seu rosto tão próximo ao meu.

— Não fuja por conta dos seus medos. – Pediu ele. — Não me importo com o seu passado, tudo que eu quero é que aceite os meus sentimentos e deixe com que eu lhe faça feliz.

— Você não sabe de nada. – Rosnei empurrando-o e sentindo a avassaladora lembrança do passado retornaram a minha mente. — Eu não entendo o motivo de estar tentando se aproximar de mim, vossa graça. Porém, eu não irei permitir que nada aconteça entre nós, eu não quero e não irei me envolver com outro homem em toda a minha vida.

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