Quinto do Universo - Herdeiros do Fogo
Era certo de que não existia espaço para romances perante as situações turbulentas e conflituosas que perturbavam as máfias com poderes inimagináveis sobre as cidades.
Todavia, era esmagadora a vontade qu...
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A noite estava escura e a chuva caía pesada, suas gotas grossas tamborilando contra as folhas das árvores. O som da floresta era um misto de água e passos apressados, com o farfalhar das folhas sendo interrompido pelo barulho das botas de Mark ao baterem contra o solo encharcado. Ele corria, o coração martelando no peito, a respiração ofegante.
Seus olhos vasculhavam a escuridão em busca de uma saída, mas tudo ao seu redor parecia igual: troncos altos e galhos entrelaçados. A chuva dificultava a visão, tornando tudo indistinto e borrado. O medo corroía cada pensamento, e ele só conseguia pensar em continuar correndo, afastando-se do perigo que o perseguia.
De repente, Mark tropeçou em uma raiz e quase caiu, mas conseguiu se equilibrar a tempo. Foi então que ele viu, entre as árvores à frente, uma luz fraca. A esperança floresceu em seu peito. Com renovada determinação, ele correu em direção à luz, seus pés escorregando na lama.
Ao se aproximar, a silhueta de um veículo começou a tomar forma. Era uma caminhonete preta, o vidro escuro e o farol aceso. Mark não perdeu tempo.
Aegon II, ao volante, mantinha os olhos fixos na estrada, os músculos do maxilar tensos. Ao seu lado, Aemond segurava o celular, tentando rastrear sinais dos ômegas. Atrás, Daeron e Aegon III observavam a floresta densa que se desenrolava dos dois lados da estrada.
— Eles não podem ter ido muito longe,— murmurou Daeron, mais para si mesmo do que para os outros.
De repente, Aegon inclinou-se para frente, os olhos arregalados.
— Lá! À direita!
Dante pisou no freio, e a caminhonete derrapou levemente antes de parar. À beira da estrada, iluminado pelos faróis, um ômega atravessava correndo a floresta. A chuva fazia com que ele escorregasse, mas ele continuava, determinado a escapar de algo ou alguém.
Antes que o veículo parasse completamente, os quatro alfas já estavam fora, correndo em direção ao ômega. A chuva chicoteava seus rostos, e o chão enlameado tornava cada passo uma luta. Mas a visão do ômega à frente, movendo-se desesperadamente, dava-lhes forças.
— Espere!— gritou Aegon II, sua voz quase perdida no barulho da chuva.
O ômega parou, os olhos arregalados de medo. Por um momento, o tempo pareceu parar. Os alfas, ofegantes, aproximaram-se devagar, tentando não assustá-lo mais.
Então Daeron o reconheceu.
— Mark!?— Ele dá um passo à frente — Venha aqui, não tenha medo!
O ômega hesitou, olhando para trás, para a escuridão da floresta, e depois de volta para os alfas. Finalmente, ele deu um passo hesitante na direção deles, e depois outro, até que estava ao alcance de Daeron, que estendeu a mão.
— O que está acontecendo? O que está fazendo no meio da floresta? — Daeron pergunta, encarando o ômega.
O ômega se escondia atrás de Daeron, o corpo todo tremendo de medo. Suas roupas estavam encharcadas, coladas à pele, e ele soluçava baixinho, tentando controlar o choro.