A casa estava em completo silêncio, já havia escurecido e nada do Ariel voltar, o único barulho que se ouvia era os passos da Cindy andando de cômodo em cômodo para limpar os mesmos.
Eu tô a um tempão tentando descobrir que merda o Ariel foi fazer, fico me perguntando se ele ainda tá com raiva e foi pra uma boate pegar qualquer puta que aparecesse na frente dele, ou se ele só precisou sair a negócios.
Subi para o quarto no objetivo de tomar um banho frio e esquecer de qualquer pensamento remetente ao Ariel.
Entrou debaixo do chuveiro e a água gelada cai sobre o meu corpo fazendo minha pele arrepiar.
Apor terminar o banho enrolei uma toalha no meu corpo e sai do banheiro dando de cara com o Ariel sentado na beirada da cama olhando para um ponto no chão.
--- Onde você tava?--- perguntei chamando sua atenção.
--- Em um lugar.--- a resposta dele me fez revirar os olhos.--- A gente vai sair se arruma.
Dito isso ele saiu do meu quarto e foi para o dele, provavelmente se arrumar para esse tal lugar onde vamos.
Sinceramente, eu gosto muito desse homem mas as vezes ele me frusta demais e a vontade que eu tenho e de enfiar uma faca no pescoço dele.
Fui até o closet procurar algo para vestir e resolvi ousar um pouco no visual hoje, eu vou fazer aquele traficante cair sobre os meus pés e esquecer a raiva que obtém.
Peguei um corpete branco, uma saia da mesma cor que ia ate um pouco menos da metade da minha coxa e uma manga branca também apenas para dar um "charme" a mais.
A roupa:
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Coloquei os devidos acessórios, arrumei meu cabelo e calcei um tênis plataforma branco.
Peguei minha bolsa e sai do quarto vendo o Ariel parado no corredor com as costas encostada na parede.
Ele usava uma calça jeans preta com alguns rasgos espalhados pela sua perna e uma camisa preta com as mangas puxadas até a metade do braço dele e os três primeiros botões abertos deixando diversas tatuagens a vista.
Assim que ele me viu começou a andar na minha direção pegando na minha cintura.
--- Você tá linda.--- falou com aquela voz grossa.
--- Você é bipolar?--- perguntei e ele me olhou confuso.--- Minutos atrás você tava com raiva, e agora tá me elogiando.
Ele apenas deu de ombros e pegou na minha mão me puxando para fora de casa, entramos no seu carro de luxo e ele deu partida no mesmo.
Já havia passado meia hora que eu estava nesse carro sem nem saber para onde estava indo, só sabia que havíamos saído da cidade, até que de longe observei algumas luzes no meio das árvores acima do gramado.
Ariel estacionou o carro perto da estrada que tinha próximo ao local e desceu do carro dando a volta no mesmo abrindo a porta pra mim descer.
Olhei melhor na direção daquelas luzes, elas formavam um caminho de rosas até uma ponte que dava caminho até uma cabana.
Andamos pelo caminho de rosas sob a ponte até chegar em frente a cabana, o Ariel abriu a porta dando espaço para que eu entrasse.
Já dentro pude observar melhor, tinha uma cama de casal no centro e em cima dela tinha um coração formado de pétala de rosas, mais no canto havia uma mesa com vinho e diversas coisas.
--- Você me disse que eu iria precisar colocar um anel no seu dedo pra você ser minha.--- começou a falar ficando de frente pra mim.--- Eu realmente nunca imaginei que faria isso pra alguém, até porque eu nunca fui do tipo de me apegar. Eu dei mancada com você, te tratei mal e mesmo assim você continuou comigo e confesso que isso mexeu com a minha cabeça porque normalmente as pessoas decidem apenas sair da minha vida. Mas você ficou e com o tempo eu comecei a ter desejo por você, e esse desejo se tornaram sentimentos, eu não queria aceitar que estava gostando de você porque na minha cabeça isso era uma coisa ruim. Mas não, eu comecei a interpretar isso de outra forma e comecei a querer você perto de mim a cada segundo e comecei a sentir ciúmes também.
Ele deu uma breve pausa pegando uma caixinha branca com detalhes dourados de dentro do bolso e voltou a dizer;
--- Eu não sei ao certo se tá muito cedo pra dizer isso mas eu acho que me apaixonei por você.--- sorriu de uma forma parecendo estar lembrando de algo--- A garotinha que eu encontrei por acaso, a menininha chata que veio morar comigo por conta de uma dívida e que agora é a pessoa que eu amo. Eu não quero te perder por nada e nem por ninguém então nesse momento queria te perguntar, você aceita namorar comigo?
Meu olhos já estavam cheio de lágrimas, mas não eram lágrimas de tristeza e sim de uma felicidade imensa que eu estava sentindo.
Eu não espera isso, achei que ele ia ficar com raiva de mim por um bom tempo, mas não, ele só tava preparando isso.
--- É claro que eu aceito.--- falei sorrindo.
Ele pegou minha mão direita e colocou o anel e eu fiz o mesmo com ele.
O anel deles:
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