EPISÓDIO 11

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Verônica entra no quarto e observa uma cena curiosa. Daniel está pulando na cama e exala felicidade.

- Que festa hein?! - Ela debocha. - Qual o motivo da comemoração?
- E você? Que cara é essa?
- Tive a sensação de está sendo observada lá fora. Olhei ao redor e não tinha ninguém.
- Que estranho... Pedirei ao Isaque para reforçar a segurança.

Ao ouvir esse nome, Verônica sente um leve arrepio em sua espinha. Daniel não percebe o incômodo de sua futura esposa, se senta na cama e não contém o riso.

- Você ainda não me disse o motivo de tanta alegria? - Ela pergunta enquanto se senta junto a ele.
- O Saulo está vindo. Essa é a oportunidade perfeita para eu falar pra ele, que sua mamãe está namorando com outro.
- Ah, é isso? - A mulher se levanta e vai até o banheiro. - E como você sabe que Ana está namorando? - Grita ela.
- Tenho meus informantes. - Ele fala se gabando. - E logo com o Diogo... Ela não tinha esse direito.
- E o que tem esse homem? - Verônica enxuga o rosto com uma toalha.
- Éramos amigos na adolescência. Ele foi responsável por tirar de mim alguém que eu amava. - Daniel aperta o travesseiro. - E... Fiz o mesmo com ele.
- Alguém que você amava?
- Não vem ao caso agora. - Ele se levanta. - Falarei ao Saulo sobre isso... Certeza que ele vai odiar o Diogo e fazer desse relacionamento um inferno.

-

Diogo chega em seu apartamento e se senta no sofá. Sua dor de cabeça aumenta e ele decide tomar um remédio. Sua mente logo é tomada por uma lembrança.

- SOCORRO! - Grita uma criança presa as ferragens de um carro. - ME AJUDA!
- Não tem o que fazer, Daniel. - Diogo, com a cabeça ensanguentada, puxa o amigo.
- NÃO! TENHO QUE SALVAR ELE! - Grita Daniel desesperado.

O carro explode e peças voam por todos os lugares. Os dois amigos caem ao chão com o impacto da explosão.

- POR QUE VOCÊ NÃO ME DEIXOU SALVAR ELE? - Grita Daniel que começa chorar. - POR QUE?
- Não dava tempo, você ia está ali naquele fogo também.
- A CULPA É SUA!
- NÃO TIVE CULPA! FOI VOCÊ QUEM COMEÇOU A FAZER AQUILO NA PISTA! EU SÓ TE SALVEI!

Os pensamentos de Diogo se vão e ele começa a chorar.

-

- Vovó! - Saulo corre para abraçar a avó.
- Vovó? - Giovanna olha para o menino que para em sua frente.
- Nonna!
- Agora sim, me abrace. - A mulher abre os braços e o menino retribue.
- Onde está a sua mãe? - Pergunta ela.
- Ela já foi. E a senhora, como está?
- Hum... Muito educado o meu neto. - Ela aperta a bochecha do menino. - Estou ótima! Ainda bem que você veio. Não queria ficar sozinha naquele circo.
- Também não queria ir, nonna. Mas fazer o quê?
- Eu sei o que fazer. Iremos chegar lá durante a festa. Não quero ver seu pai se casando com uma qualquer.
- Nem eu.
- Eu preciso te preparar, Saulo.
- Me preparar pra quê? - Pergunta ele intrigado.

Giovanna se senta no sofá e chama o neto. Saulo se senta ao lado de sua avó e a observa.

- Você vai ser o herdeiro da vinícola. Vinícola essa que vem de geração em geração. E não vai ser o filho de uma amante que irá tirá-la de você.
- E como a senhora vai me preparar, nonna?
- Meu ragazzo, vou te tornar um cavalheiro, homem de negócios e mais... Te ensinarei a não baixar a cabeça pra ninguém.
- Mas nonna... - Saulo se levanta. - Eu não sou assim.
- Mas será! - Giovanna pega a mão do neto. - Seu primeiro teste será amanhã. Hoje, irei te ensinar algumas coisas.

Ela se levanta e puxa o menino.

- Você será um Conti de verdade.

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