Capítulo 13 - Confrontado o Valentão

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[Lila]

Quando finalmente consegui formar palavras com a minha boca, Scott já estava roncando. Fiquei paralisada na porta, apenas olhando para ele. Era tudo o que conseguia fazer.

Ouvir suas palavras fez meu coração doer. Ela me odiava porque eu era uma loba Volana. Eu sei que o meu tipo não é aceito por alguns, já que eles nos consideram perigosos e ameaçadores. Mas eu nunca tentei representar uma ameaça para ninguém. Eu defendo o que acredito e ajudo aqueles que precisam. Estou longe de ser perigosa, mas sei que nem todos no nosso mundo veem dessa forma.

"O que ele acabou de dizer?" Enzo perguntou. Por um momento, esqueci que ele estava perto de mim.

Vi a completa confusão em seu rosto.

Não queria ficar mais tempo no quarto de Scott, então saí. Quando chegamos aos corredores vazios, me virei para ele, tentando manter as lágrimas longe dos meus olhos.

"Por favor, não conte nada disso ao meu pai", consegui dizer enquanto o encarava.

"O que ele quis dizer com você ser uma Volana? Isso é verdade?" Seu tom parecia frio.

"Eu nunca quis machucar ninguém." sussurrei. "Se Sarah me odeia por causa do que eu sou..." minha voz foi se apagando.

"Porque você é uma Volana..." ele disse "Volana" como se fosse um gosto ruim em sua língua. A crueldade de seu tom me fez estremecer. Era tudo o que eu precisava saber.

"Não sou diferente do que era, um momento antes de você saber." disse a ele, encontrando seus olhos escuros. "Ainda sou eu e se essa é a razão pela qual Sarah me odeia, então preciso falar com ela e esclarecer as coisas."

Enzo parecia estar sem palavras, mas isso durou apenas brevemente. Logo ele suspirou, balançando a cabeça com desgosto estampado em seu rosto.

"Você espera que eu esconda algo assim do seu pai?" Ele perguntou. "Ele me cortaria a cabeça se descobrisse que eu sabia quem envenenou sua filha e não contei nada."

"Não quero que haja problemas. Envolver meu pai, só faria com que ela me desprezasse ainda mais. Vim para esta escola porque queria fazer a diferença neste mundo. Queria espalhar um pouco de bondade por toda parte. Quero que Sarah saiba, que eu não sou uma ameaça para ela. Não desejo mal e não desejo punição a ela. Estou esperando começar do zero."

"Seu pai iria..."

"Por favor." relutei, tocando seu bíceps. Ele travou, enquanto olhava para minha mão. "Devo acreditar que ainda há bondade nela. Puni-la, não trará a bondade à tona. Só fará com que ela nos ressinta."

Vi sua mandíbula se contrair, enquanto olhava minuciosamente pelo meu rosto. Ainda assim, ele não disse nada. Enzo puxou o braço para longe da minha mão e começou a andar pelo corredor.

Ele me odiava agora também?

Afastei o pensamento da minha mente e fui encontrar Sarah. Geralmente, ela fica na sala de estudantes do outro lado do campus.

Sarah e suas amigas ocupavam o sofá e a poltrona. Enquanto elas gargalhavam olhando para seus telefones, respirei fundo e me aproximei.

"Podemos conversar por um minuto?" Perguntei.

Ela franziu a testa enquanto me olhava. Suas amigas se entreolharam com olhares estranhos antes de rir. Eu as ignorei e fixei minha atenção em Sarah.

"Por favor", acrescentei.

Ela me olhou cuidadosamente por um momento. Seu rosto permaneceu sem expressão. Finalmente, ela se levantou do sofá e foi comigo para uma área mais privada. Ela cruzou os braços sobre o peito.

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