Capítulo 39 - Hospital Bound

4.3K 363 3
                                    


Ponto de vista de Lila

Dei um passo para longe da porta. Não fiquei surpreendida com o que acabara de ouvir. Mas acho que fiquei um pouco desapontada.

Tenho a certeza de que Enzo provavelmente estava pensando a mesma coisa, que eu não pertencia a esta escola. Que eu só causava dor e destruição onde quer que fosse.

Machuquei minha parceira de combate, a minha querida amiga.

Não a culparia por nunca me perdoar.

Eu podia ouvir os murmúrios os que continuavam na arena, mas não fiquei por perto para ouvir o resto.

...

Ponto de vista de Enzo

— Como pode dizer isso quando você sabe quem é a minha mãe, Connie? —  Perguntei incrédulo.

Seu rosto caiu ligeiramente.

— Sua mãe é diferente... ela é…

— Lila é a melhor de sua turma. — Eu disse, interrompendo as suas palavras — Ela é incrivelmente inteligente e ótima no que faz. Não acho que ela tenha tentado machucar alguém. Assim como a minha mãe nunca machucaria ninguém. 

— Por que você está protegendo ela, Enzo? —  Connie perguntou, olhando para cima, para mim com olhos grandes e preocupados  — Por tantos anos que te conheço, você nunca defendeu ninguém assim. Nem mesmo contou para a polícia sobre ela.

— Você sabe quem é o pai dela? Ele provavelmente iria querer a minha cabeça se algo acontecesse com aquela garota. 

Essa não era a razão pela qual eu estava protegendo ela, mas Connie não precisava saber disso.

— Você viu o que aconteceu hoje? Imagine se isso acontece de novo? Com outra pessoa? Da próxima vez, poderá ser fatal.

— Olha, Connie. Eu entendo as suas preocupações, mas esta ainda é a minha turma e eu irei proteger os meus alunos, assim como protejo a minha matilha.

— Isso é muito nobre da sua parte. —  Disse Connie — Só estou preocupada com o meu velho amigo, é só isso. 

Eu conhecia a Connie desde que éramos crianças. Ela era praticamente minha irmã. Treinamos juntos e lutamos juntos em muitas ocasiões. Ela estava lá para cuidar da minha mãe durante muitas de suas doenças.

— Como está a mamãe? —  Ela perguntou, baixando o tom. Ela pensava na minha mãe como nossa mãe por todo o tempo que nos conhecia.
— Ela está se recuperando bem. —  Respondi — Deve estar pronta para voltar para casa em alguns dias. 

— Para o território dos renegados? Ela ainda não vai se mudar para a casa da matilha? 

Balancei a cabeça negativamente. A minha mãe era incrivelmente teimosa, mas eu entendia por que ela não queria sair de lá.

— Ela quer estar lá para proteger o seu povo. — Expliquei  — Seria preciso muito para fazê-la desistir.

— Estava pensando em visitá-la depois do trabalho hoje. Quer me acompanhar? —  Connie perguntou, levantando as sobrancelhas ao encontrar meus olhos.

Eu queria levar o retrato para a minha mãe esta tarde, então concordei em acompanhar Connie ao hospital.

                                  §

— Connie! —  Minha mãe disse assim que entramos no quarto do hospital.
Connie se abaixou na cama, segurando as mãos da minha mãe.

— Ouvi o que aconteceu. Sinto muito. — Connie disse triste, lágrimas se acumulando em seus olhos — Queria ter protegido você.

Meu Companheiro Alfa Onde histórias criam vida. Descubra agora