Capítulo 15 - Visitando a Alcatéia Calypso

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[Lila]

“Me lembra novamente, porque você tem que ir à alcateia Calypso essa noite?” Rachel perguntou, observando-me fazer a mala da cama dela.

“Porque o Professor Enzo é o meu transporte para a minha alcateia.” eu digo a ela. “Por ordens do meu pai… é claro.” eu acrescento.

“Então, por que ir à alcateia dele?”

“Eu acho que há um problema lá que ele precisa resolver.” eu explico. “O jantar que a minha mãe vai fazer, só será amanhã. Então, vamos à alcateia Calypso essa noite, para que ele possa resolver o que está acontecendo por lá. Partimos para o Elysium amanhã.”

Antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa, houve uma batida na nossa porta. Fui atender e vi Enzo em pé diante de mim, segurando a sua própria mala.
“Está pronta?” Ele perguntou, mantendo o rosto inexpressivo.

“Quase.” eu respondo, dando a deixa para ele entrar no meu dormitório, enquanto termino de fazer a mala. Rachel levantou-se rapidamente, ajustando a sua roupa e fazendo uma rápida reverência de respeito a Enzo.

“Olá, Professor.” ela disse rapidamente.

Ele não respondeu. Olhou-a brevemente, antes de fixar os olhos de volta em mim.

“Apresse-se.” ele murmurou, virando-se e saindo pela porta.

O sorriso de Rachel desapareceu, assim que Enzo virou as costas. Ela voltou a sentar-se na cama e olhou para mim.

“Não sei como consegue estar perto dele por tanto tempo.” ela murmurou. “Ele é sem coração.”

Não podia dizer a Rachel que Enzo era o meu companheiro. Não podia dizer a ninguém. Em vez disso, forcei um sorriso no rosto e fechei a minha mala.

[...]

A Alcateia Calypso ficava há apenas trinta minutos de Higala. A maior parte da viagem de carro foi silenciosa, com talvez um comentário ocasional de Enzo sobre o tempo ou o trânsito. Mas nenhuma conversa de valor.

A casa da alcateia era grande, mas não tão grande como a da Alcateia Nova. Logo que Enzo estacionou o carro, alguns homens nos receberam do lado de fora, curvando-se a ele, quando saímos do carro.

“Podem tirar a nossa bagagem do porta-malas?” Enzo pediu a um dos homens. “Podem levar a minha para o meu quarto e a dela para o quarto de hóspedes.”

“Sim, Alfa.” os homens disseram, apressando-se para o porta-malas do carro.

Outro homem com uma juba de cabelo vermelho fogo saiu. Ele parecia preocupado ao se aproximar de Enzo.

“Houve outro arrombamento esta manhã.” ele disse, parando a pouca distância de nós. “Na joalharia. O dono diz que roubaram um  dos seus colares de safira mais valiosos.”

“Já viram as imagens das câmeras?”

“Sim, e eu também. Mas os rostos deles são difíceis de ver.”

“Vou lá agora e dar uma olhada por mim mesmo.” Enzo disse e olhou brevemente para mim. “Pode apenas acomodá-la? Não a deixe sair.”

Franzi a testa, olhando para ele.

“Sabe que consigo te ouvir, certo?” perguntei. Não gostava que falassem de mim, enquanto estava ali, e certamente não gostava de ser ordenada a ficar num lugar com o qual não estava familiarizada.

“Apenas fique aqui.” ele murmurou, estreitando os olhos para mim. “Não demoro.”

“Está bem.” respondi.

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