Os Dentes

O land rover virou para a direita, jogando folhas para todos os lados. Acelerando e desacelerando de novo. Para frente e devagar, o carro passou ao lado dos arbustos e virou para eles quando o caminho não estava mais bloqueado.

Os sons dos parassaurolofos e coritossauros ainda podiam ser ouvidos abafadamente e, quando o carro chegou a frente do rio, os sons pararam.

O rio tinha correntes fortes e rápidas. Passando e quebrando águas nas pedras. Um pequeno relevo começou a se estreitar depois dele e continuou subindo. O land rover partiu pelo rio e subiu o relevo.

Foi subindo ao mesmo tempo que passava por árvores até chegar num espaço totalmente aberto. Tenave descobriu que estavam numa colina que, ao lado esquerdo do carro, um barranco alto. O land rover parava ao lado do barranco, sendo possível ver o solo 8 metros abaixo.

- O que tem lá embaixo? - perguntou Tenave.
- Está lá - disse Doni, apontando para as árvores pouco depois do barranco.

Das árvores, um grande corpo com uma cabeça chata e arredondada e dois pequenos chifres crescentes acima dos olhos. Braços tão pequenos com uma articulação circular virados para trás e esteodermos do pescoço até a ponta de uma cauda pouco achatada.

- O carnotauro - Tenave observava o terreno lá embaixo.
- Ele é um pouco tímido - disse Bruno. - só vai para fora das árvores uma vez por dia. Mas quando sai, geralmente fica correndo pelo gramado, que é seu habitat - Bruno deslizou a mão pelo queixo. - Embora, por algum motivo, ele prefira se esconder alí nas árvores.
- Interessante - disse o professor. - ele também está doente?
- Não, felizmente - respondeu Doni.

O carnotauro virava e levantava a cabeça para os lados pausadamente. Então olhou para cima diretamente para o carro e se virou para a floresta, retornando á mata numa caminhada rápida.

- Nós o assustamos? - Vinícius se virou para Doni.
- Não, não - Doni disse. - ele nunca se assustou com o carro antes. Provavelmente decidiu ser hora de voltar.
- Bem - disse Bruno. - de volta ao caminho.

O land rover tremelicou e acelerou. Ainda no terreno elevado da colina, as árvores pesavam no horizonte e o oceano era visto depois para o lado do barranco, depois das árvores. Tenave se voltou para Doni.

- Nesta área, o que tem?
- São nossos grandes e pequenos carnívoros - disse Doni. - e lá vem mais um.

O land rover passou por uma rocha pontuda. Essa rocha demarcava uma barreira de pedras dividindo o espaço barranco abaixo e indo até a praia pouco visível. Depois dessa rocha havia uma área abaixo pouco mais aberta e com árvores bem mais para trás.

- Os velociraptores  passam nessa colina a noite - disse Bruno. - agora não é possível vê-los.
- Velociraptores, é? - Tenave virou para janela, fitando o solo abaixo. - é o que tem lá?
- Não. Lá está algo bem maior. Veja!

Doni apontou para uma portinhola azul na parede de pedras. Uma porta de metal com uma pequena grade na parte de cima. Ao lado da porta, uma lampada  emitia uma luz verde bem fraca, como a de um botão.

As portas se abriram e dois animais saíram de dentro. Duas vacas, uma malhada preta e branca e a outra marrom. Elas saíram curiosas, mas saíram caminhando para mais afastado, pastando a grama.

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