Grandes Garras

Tenave puxou um dos pés para trás, se alongando, e depois o outro. Vinícius estava escorado a porta, tentando enxergar algo na neblina.

- Pronto? - perguntou Vinícius, se virando para o professor.
- Vamos.

Saíram em disparada. Vinícius balançava os braços enquanto corria ao lado do outro, de um modo desajeitado. Tenave estava cansado, ele sabia disso. Tentou ao máximo controlar a respiração e o fôlego.

O aluno virou a cabeça por trás dos ombros, procurando algo que não viram. E, além da vidraça quebrada, viu os pteranodontes pondo as cabeças para fora e os observando, em seguida, correndo e alçando voo.

O primeiro longo pilar de rocha foi passado. Os pterossauros agora adentravam a nevoa acima. Identificaram a porta metálica, se tornando cada vez mais evidente

A segunda rocha estava próxima, e, quando conseguiram chegar mais perto, os 3 pteranodontes sairam do topo em um rasante celestial, como Tenave descreveu a cena naquele momento.

Encolhendo as asas e esticando os pescoços, tornando-se mais aerodinâmico. Se aproximaram rápido do solo, passando pelos dois que tentavam manter a concentração na corrida.

Um deles passou bem ao lado de Tenave, quase o fazendo caír. Os outros dois passaram por Vinícius, mas sem êxito. Logo ultrapassaram a terceira rocha.

Mais perto. Já estavam chegando na porta quando o tupandactilo retornou a cola de seus corpos, sobrevoando os dois infelizes. Um rasante e Tenave caiu á 8 metros da porta, atingido pela asa do animal. Vinícius parou a corrida e, vendo o professor cair e o pterossauro voar para cima, retornou para ajudar o outro.

Pôs um braço por baixo do ombro do professor e o levantou lentamente.

- Você está bem? - perguntou Vinícius, cambaleante. - pode andar?
- Só torci o tornozelo - Tenave podia segurar, em partes, a dor no rosto. - vamos.

Vinícius balançava a maçaneta da porta, tentando abri-la. Sem sucesso algum e, do pior jeito, descobriu que ela estava trancada. Pôs Tenave ao lado.

- Merda - disse Vinícius, a expressão exausta no rosto.

Deu um passo para trás da maçaneta, observando o que se abria para fora, então, chutou perto da fechadura uma vez. Sem sucesso. Outra vez, e sem sucesso.

- Que está fazendo?
- Tentando abrir - Vinícius se afastou, arfando. - a porta é de ferro, mas a fechadura é uma comum.
- Bom, então está fazendo errado, tem que chutar a maçaneta. Me segure.

Tenave ficou a frente de Vinícius. Com o pé machucado, não podia se apoiar no chão, então, Vinícius o segurou pelos ombros. Perto da porta, o professor chutou. O pé atingindo a maçaneta. O barulho da quebra no metal estalando aos ouvidos e a porta escancarada.

Tenave mancou para fora, e Vinícius logo após. Deram para um estacionamento, mesmo não havendo nenhum veículo. O piso era pavimentado e faixado. Do lado da porta havia um andaime pequeno.

Vinícius bateu a porta e arrastou o andaime para a frente da saída, trancando os animais para fora de novo. Se afastou da porta, indo até Tenave. O professor estava sentado numa barra de concreto para veículos no outro lado do estacionamento.

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⏰ Última atualização: Nov 18 ⏰

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