Seco

Bruno passara a noite inteira examinando vários documentos que nunca foram lhe revelados. Sentado exaustivamente, apoiando o queixo com o braço e foleando as páginas de um fichário com o outro. Estava lendo folhas de contratos e transações da empresa em relação aos animais.

Páginas que diziam diversos valores postos em cada animal da ilha. Para cada dinossauro, uma lista de nomes dos funcionários que cuidavam do laboratório e da clonagem dos animaism tendo ao lado um valor em real desde R$5.000 até R$19.600 para cada taxa de sucesso relacionada a incubação dos ovos. Pensou ser uma listagem do salário mensal dos cientistas.

Fechou o fichário e o jogou do outro lado da mesa, passando para o próximo documento. Este tinha a pasta com um rótulo em vermelho escrito "possíveis prójetos futuros".

Abrindo a capa, revelou-se a primeira página: a imagem em CGI de um domo oval, feito de vidro azulado, com uma base de concreto branco. Estava escrito no canto superior esquerdo "ceno-tundra", e, abaixo, uma lista de nomes de animais. Esses eram:

tigre-dente-de-sabre;
mamute-lanoso;
rinoceronte-lanoso;
ave dodo;
paraceraterium;
griptodonte.

"Uma era do gelo?", Ele pensou, deu um riso passageiro de lado enquanto examinava os nomes familiares dos animais. Claramente, havia um planejamento de clonar animais do cenozoico e diponibiliza-los, mas nunca foi mencionado para Bruno. Foleou outra página, mostrando uma mapa da ilha marcado com linhas vermelhas dividindo todo o terreno em partes. Essa tinha escrito "Barreiras" no lugar superior direito. Entretanto, um carimbo vermelho marcado e escrito "CANCELADO" dentro de um falho retângulo. Bruno achara essa parte específica ainda mais estranha.

- Você está aí a noite toda? - perguntou Doni, sentado na cadeira atrás de Bruno.
- Preciso passar o tempo...

Doni se levantou da cadeira e, com passos pesados, foi até a janela da sala e bateu no vidro, chamando a atenção dos soldados que estavam de guarda.

- Ei! - ele gritou, ainda batendo na janela. - vocês aí! Estou morrendo de fome! Minha última refeição foi anteontem de manhã! Your stupids! I am "rengry"! Ou seja lá como se fala.
- Bem, pelo menos temos água.
- Agh! Não podemos nem ter uma refeição decente.

Doni foi ao outro lado da sala, perto da porta do corredor, havia uma maquina de salguados, que a maioria dos funcionários insistiriu em pôr na sala de arquivos do laboratório.

O empresário retirou uma chave presa com uma fita detrás das pratileiras, adentrou a fechadura da maquina com a chave e a abriu. Pegou 3 pacotes de lays dos lanches e jogou 2 para os outros. Retornou calmamente ao seu lugar. Ele abriu o pacote e resgatava cada pedaço dos chips e os entregava a boca, indo se sentar novamente.

- Quando... - falou e parou para mastigar. - e se... eles voltarem... com algum plano... vou dar um chute na bunda desses aí na porta.

O soldado de maior estatura se aproximou da janela e começou a bater, chamando a atenção dos reféns e gritando: "No talk! No talk!". Bruno se virou para o segurança e depois virou os olhos para Doni. Ambos confusos, mas foram alertados por Agatha.

- Disse para pararmos de conversar - ela se levantou.
- Ele não manda em nós. E não pode nos machucar.
- A menos que nos amarre e nos amordaçasse - disse Bruno, voltando a leitura.

O guarda ainda batia na janela quando bateu os olhos no veterinário. Encheu-se de curiosidade. Rapidamentee calmamente, ele foi até a porta e a destrancou, entrando na sala com o fuzil para frente. Parou atrás de Bruno e lhe apontou a arma, o mandando por as mãos estiradas para a mesa. Agatha teve que traduzir a ordem para que não ocorrece nenhum dano.

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