Duskwoood - A máscara da verdade

O passado dela

Após Alexia e Jake montarem na moto, ela acelerou em direção a um novo esconderijo.

Ela percebeu que Jake estava quase perdendo a consciência devido à bala em seu ombro.

O pensamento de levá-lo a um hospital atravessou a mente, mas ela teve medo de ser reconhecida e presa.

Dirigindo através de caminhos sinuosos, desvios e becos sob a forte chuva, ela finalmente encontrou uma cabana abandonada no meio da floresta.

A cabana era velha e aparentemente abandonada há anos, mas as telhas ainda estavam intactas e as paredes com frestas mostravam sinais de resistência às intempéries.

Eles entraram na cabana e encontraram uma cama com um colchão gasto, com as molas aparentes.

Alexia pegou seu cobertor militar e o colocou na cama, preparando-a para Jake. Ela o carregou, mesmo ele desmaiado, e o deitou cuidadosamente na cama.

Percebendo que ele estava febril devido à bala, Alexia abriu sua mochila e pegou o kit de primeiros socorros.

Como militar treinada, ela sabia o que fazer para remover a bala com os poucos recursos que tinha.

Ela usaria uma lâmina esterilizada e um ferro de armaquês como alicate improvisada. Isso a ajudaria a extrair a bala sem causar mais danos ao tecido.

Ela colocou a lâmina na chama de um isqueiro para esterilizá-la e preparou-se para a retirada da bala.

— Jake, você vai ter que morder isso quando a dor vier. - Disse Alexia, entregando a ele uma tira de couro para que ele mordesse.

Ela também retirou sua blusa, espremendo-a para sair a água para poder trabalhar melhor.

Com o suor correndo pela sua testa, Alexia começou a trabalhar meticulosamente na remoção da bala. Jake gritava e gemia de dor, mas ela não parava, totalmente concentrada em seu trabalho.

Com determinação em seu rosto, Alexia começou a trabalhar meticulosamente na remoção da bala, enquanto Jake gritava de dor, mordendo a tira de couro com força.

Ela usou a lâmina esterilizada para cortar o tecido danificado e com cuidado inseriu o ferro de armação improvisado nas profundezas da ferida. Jake retesou-se, seu corpo coberto de suor, mas ela não parou.

Finalmente, com um movimento preciso e rápido, ela extraiu a bala do ombro de Jake e costurou-o.

Uma sensação de alívio tomou conta de seu corpo, mesmo com a forte chuva que agora estrondava e fazia estremecer as paredes da cabana.

Alexia, agora preocupada com a saúde de Jake, deu-lhe um medicamento e a última garrafa de água para ajudá-lo a descansar.

Em poucos minutos, o remédio fez efeito, e Jake adormeceu.

Com a chuva fortalecendo e a noite caindo, o frio se instalou no local.

Alexia, consciente de que Jake precisava estar quente para se recuperar, removeu sua calça, seu tênis, deixando-o apenas de cueca e cobriu sua parte inferior com seu próprio moletom.

Ela então quebrou a estante velha de madeira para fazer uma fogueira.

Exausta, Alexia sentou-se ao lado da fogueira, encostando sua cabeça na parede da cabana. Ela lutou para ficar acordada, preocupada em ser encontrada.

Após algumas horas, Jake gemeu, e ela rapidamente foi até ele. O rapaz virou cuidadosamente, mostrando suas costas.

Alexia, preocupada, viu as marcas do incêndio que cobriam parte de suas costas. Os dedos de Alexia seguiram o trajeto zigue-zague da cicatriz, indo do ombro ferido até a metade das costas. Não era muito longa, mas a visão não era atraente.