13. Que Sirva De Exemplo

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Lee Minho


- O galo já cantou e eu também... No chuveiro! - Ri da minha própria piada. - Acordem! - Bati na pota do quarto de Jisung. - Não estou falando apenas com os meus filhos! - Corri pelo corredor e parei em frente a porta do quarto dos outros três. Bati com tanta força que a porta tremeu. - Acordem! Pestes!


- Cala a boca, porra! - Jungkook gritou de dentro do quarto e eu desci as escadas.


Entrei na pequena cozinha e achei um vaso de flores velho no balcão, ao lado da janela. Assobiei enquanto o enchia com água e finalizei com três cubos de gelo, que era o que tinha geladeira.


- Temos atividades importantes e um vizinho já passou aqui para nos oferecer um café da manhã, então... - Entrei no quarto e vi Sophia agarrada ao edredom, deixando os outros dois descobertos. Jimin estava com as pernas entrelaçadas com as de Jungkook e os dois pareciam tentar se esquentar. - Olha como vocês estão lindos... - Sorri maldoso. - Vocês vão levantar?


- Eu ouvi o maldito galo cantar e sei que ainda é muito cedo. Estamos fora da sede e eu estou mais do que disposto a aproveitar minha folga. - Jungkook murmurou sonolento, ainda com os olhos fechados.


- Uhum. - Sophia murmurou e se agarrou mais ao edredom.


- Eu não acordo cedo. - Jimin murmurou e eu comecei a rir. - Não estou acostumado. Papai nunca me acorda antes das oito.


- Mas eu não sou o seu pai. - Sorri maldoso e me aproximei da cama. - Vocês vão levantar? Essa é a última vez que pergunto. - Meus dedos coçaram para despejar o vaso com água, mas eu esperei pacientemente pela resposta.


- Você não vai fazer o que eu acho que vai...- Jungkook disse em um tom ameaçador.


- Eu vou. - Levantei o vaso na altura do meu ombro e direcionei de uma forma que caísse um pouco em cada um dos três.


- Tire tudo que for seu da cama, Jimin. - Jungkook murmurou e tampou o rosto com o travesseiro. Sophia colocou as duas mãos no rosto e eu sorri satisfeito.


Meus filhos me conhecem tão bem.


- Hum? - Jimin abriu os olhos parecendo confuso e eu aproveitei o momento para jogar a água. Dei dois tapinhas no travesseiro que cobria o rosto de Jungkook e me virei para sair do quarto.


- Vamos economizar água! - Gritei e voltei a bater na porta de Jisung. - Você também quer tomar banho na cama? Eu não vou me importar!


Quase caí para trás quando Jisung abriu a porta com uma carranca no rosto. Me demorei um pouco analisando seu rosto amassado e sonolento e senti meu coração acelerar.


- Eu não tenho que te obedecer. Pense muito bem antes de me ameaçar da próxima vez, vou acordar você com um chute nas bolas. - Fechou a porta no meu rosto assim que eu puxei o ar para responder.


- Tudo bem, você pode voltar a dormir. Vou dizer para os meus agentes voltarem com as suas malas. Eu que não vou pegar elas para você. - Jisung voltou a abrir a porta e eu sorri vitorioso.


- Ótimo! - Passou por mim e caminhou até as escadas.


- Ótimo! - O segui para o primeiro andar.


- Ó. Ti. Mo. - Disse pausadamente.


- Bom dia, mo-papai. - Jimin sorriu sem graça e caminhou até Jisung.


- Bom dia, meu filho. - Jisung o enlaçou em seus braços e sorriu amoroso.


- Bom dia, pestes! - Sorri para meus filhos, que reviraram os olhos como se já esperassem por aquilo.


- Bom dia, velho! - Jungkook resmungou e desviou quando eu fiz menção de abraçá-lo.


- Bom dia, papai! - Sophia resmungou e me abraçou, apoiando todo o peso em cima de mim e fechou os olhos.


- Não durma em pé, vou deixar você cair no chão. - Ameacei e ela se afastou do meu corpo. - Um vizinho passou aqui mais cedo e nos ofereceu um café da manhã. Ele estará aqui a qualquer momento e eu quero que sejam gentis com ele. O sobrenome da nossa família é Jeon Lee, já não existe mais nenhum Han Park aqui. Jisung vai se sentar ao meu lado na mesa e vocês três vão conversar de forma leve. O que significa que, palavrões, insultos, nojeiras, tapas e provocações, não serão tolerados. - Me virei para Jisung. - Colabora, tá bom?


- Jeon Lee, eu sou um ator. Fiz teatro no colégio e posso garantir que sou muito bom. - Empinou o nariz e eu aproximei nossos rostos. Jisung arregalou os olhos e estendeu as mãos para frente. - O que está fazendo?


- Somos um casal. Você tem que me tratar bem e não surtar toda vez que eu me aproximar de você. Estou testando suas habilidades de atuação e... - Sorri falso. - Você é péssimo. Teremos que pensar em uma maneira de tornar o nosso casamento convincente. Não quero que especulem. - Passei minhas mãos pelo rosto. A preocupação estava me atingindo em cheio.


- Se aproxime de novo. - Arqueei uma das sobrancelhas em desconfiança.


- O que é? Vai tentar me bater?


- Você disse que sou um péssimo ator, mas a verdade é que eu só não estava preparado. Passei anos da minha vida fingindo felicidade em meu casamento com Adam, então sou mais que qualificado para fingir que gosto de um policial amador. - Abri e fechei a boca várias vezes, incrédulo por suas palavras. Jisung percebeu meu espanto e sorriu desafiador. - Vamos lá, agente treinado! Se aproxime do seu esposo!


Estreitei os olhos e me aproximei de seu rosto mais uma vez. Jisung colocou as mãos nas minhas bochechas e deixou um selinho em meus lábios.


Me afastei em abrupto e tossi para disfarçar meu constrangimento. - Você provou seu ponto.


- Não foi a única coisa que provei, amor. - Sorriu grande e andou em direção as escadas. - Vou me arrumar para receber os vizinhos. Jungkook, meu filho amado, pode me ajudar com as malas?


Me virei para os outros três, que pareciam chocados e até mesmo assustados.


- Posso... Pai? - Jungkook fez uma careta. - O que acabou de acontecer aqui? - Arregalou os olhos quando Jisung sorriu e subiu as escadas. - Vocês...


- Que sirva de exemplo. Peguem as malas e se arrumem. - Murmurei e praticamente corri para fora da sala.


...

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Different Sides | Versão JiKook | EnemiesToLoversOnde histórias criam vida. Descubra agora