Liam é só um garoto gentil, que foi contra as ideias e vontades de seu pai, decidido a guiar sua vida como bem quisesse.
A sua rebeldia lhe levou a Boston, e estava indo tudo bem com sua vida e sua faculdade dos sonhos. Bem, até se atolar em dívidas...
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À medida que a luz do sol ia perdendo lugar, a iluminação dos postes faziam seu trabalho, começando aos poucos caracterizar a chegada do anoitecer. Mesmo assim, era possível ver as poucas nuvens do céu que ainda recebiam o carinho do astro reluzente. Contudo, tais detalhes sequer poderiam ser notados pelos dois homens que conversam na parte da área externa da casa dos Leblanc.
Sebastian cedeu a gravidade batendo com suas costas no sofá como se tivesse levado um golpe forte, o estofado abrigou o impacto perfeitamente, no entanto, sua mente ainda se recuperava, já que era difícil acreditar nas idiotices que saiam da boca sorridente de Noah. Era um movimento exagerado, mas, ilustra perfeitamente o quão exausto ele estava de ter que aturar as malandragens do playba.
⎯⎯ Acha que é muito pesado? ⎯⎯ Noah perdia a certeza de que tinha tido uma boa ideia a cada segundo que passava olhando para a mão de Sebastian repousada em seu rosto que em seguida passou a apertar a fronte do nariz, custando a acreditar no que acabara de ouvir.
⎯⎯Não acredito que você passou duas semanas pensando nisso. ⎯⎯ Sebastian se ajeitou e encarou Noah, mas o olhar do outro parecia não entender a reação do amigo.
A ideia é assustar Liam mandado um grupo de alunos “pau-mandados” encrencarem com ele só para aparecer e “salvar o dia”. Essa era a ideia mais idiota que Noah já teve, e olha que ele normalmente elabora bem seus planos de conquista.
⎯⎯ Eu andei pensando em como o habitual não funciona com ele, ⎯⎯ Noah se ergueu e deu a volta nos dois sofás e parou, dessa vez encarava a noite chegar ⎯⎯ talvez eu deva sair do óbvio… É praticamente uma regra que pessoas, quando se sentem gratas, elas ficam mais receptivas e também tem em mente que devem retribuir o ato. Sendo assim, ele com certeza se sentirá grato caso eu o salve.
⎯⎯ Você sabe que arquitetar isso tira todo o mérito da coisa né? ⎯⎯ Mesmo questionando, não tinha certeza de que o outro tinha consciência o suficiente para agir visando mérito. O que ficou claro na próxima frase dita por Noah:
⎯⎯ Eu não preciso de méritos, ⎯⎯ desistiu do céu e voltou a encarar o semblante do outro, ainda incrédulo ⎯⎯ só de uma brecha. ⎯⎯ uma pequena meia-lua aparece no canto de sua boca quando sua bochecha se repuxa. O seu sorriso ladino por si só revela suas intenções. ⎯⎯ Se eu conseguir isso, o resto vai fluir. ⎯⎯ A certeza ingênua em sua voz era um pouco preocupante. Pois, sendo quem é, tem meios de fazer com que sua vontade prevaleça. Mesmo se for uma vontade perversa. ⎯⎯ Você e os outros vão me ajudar, já que precisa parecer natural.
⎯⎯ Se vai fazer isso, não conte comigo. Cê já tá passando dos limites. ⎯⎯ Sebastian logo tirou seu corpo fora. Seguia descrente com a habilidade do outro em dizer tanta merda sem sentido. Não, pior, dá para ver que ele encontra sentido em ferir outra pessoa ⎯⎯ Como você consegue sorrir diante da ideia de por alguém que gosta em perigo?
