★|Capítulo 11

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Boa leitura ❤️

Noah se arrastou para longe de Sebastian, evitando ser encurralado novamente.
"o que esse imbecil pensa estar fazendo?"

O loiro tentava parar o sangue que escorria de sua boca com a mão, enquanto, vasculhava o local com os olhos a procura de seu celular, aproveitando o momento de fôlego que Sebastian lhe deu, enquanto lutava contra si mesmo, passando nervosamente a mão na lateral do pescoço e andando de um lado para o outro.

⎯⎯ Que merda de direito você acha que tem para exigir explicações?
⎯⎯ Noah dava passos para trás atravessando a antessala, com o intuito de se aproximar do balcão de mármore, na área de bar onde localizou seu aparelho. ⎯⎯ Não faço ideia do que está falando. Mas não pode me acusar sem provas ⎯⎯ Ele não é muito bom em disfarçar suas intenções, era nítido seu esforço enquanto se recusava a dar as costas para Sebastian um segundo sequer enquanto enrolava o Versalhes para que conseguisse chamar os seguranças através de seu celular. O breve momento que pegou o smartphone, clicando algumas vezes na tela, foi o suficiente para que tivesse novamente a atenção do Italiano sobre si, algo que ele só se deu conta pela ausência de respostas a suas provocações.

Um rosto pode carregar a sombra da morte? Era uma pergunta que Noah, nunca tinha se feito e no presente momento em que seus olhos esbugalhados encaram a feição alheia, essa pergunta que nem nunca havia feito, ganha uma resposta bem ali, na sua frente.

Contudo, não é como se Noah fosse o homem com mais noção no mundo, pois ainda que esteja realmente surpreso com o jeito que Sebastian está agindo, ainda se sente injustiçado. Sua testa com um grotesco franzir deixa isso tão aparente que é impossivel que o Versalhes não perceba.

A distância que Noah tomou para ter alguma vantagem, foi eliminada pelo Versalhes em dois segundos, suas mãos machucadas tentaram agarrar o loiro novamente, que dessa vez reagiu, erguendo o punho fechado pronto para acertar o rosto de Sebastian, porém, habilmente, o italiano desviou-se para o lado, agarrou o braço de Noah e girou, trazendo para si a direção do braço do outro e dobrando de modo que no processo, pudesse também, virar o corpo do playba, assim o imobilizando.
⎯⎯ Seu mimadinho de merda, eu já devia ter previsto isso, ⎯⎯ Sebastian forçou o corpo de Noah para frente, fazendo com que o peitoral do loiro se encostasse no mármore ⎯⎯ é claro que você ia agir como se nada tivesse acontecido. ⎯⎯ forçou mais um pouco o corpo do outro arrancando grunhidos baixos de dor.

⎯⎯ Largue ele! ⎯⎯ Um homem entrou gritando enquanto um segundo se posicionou mirando uma arma para Sebastian.

Sebastian encarou o homem franzino que segurava uma arma de calibre baixo, em sua mente um pensamento lhe ocorreu: "Eita, fiz merda." Isso acabou indo longe demais e não tinha certeza de como ajeitar aquela bagunça... seus olhos que mais pareciam scanners encaravam ambos os seguranças, um por vez, sem deixar seus pensamentos transparente em sua face.

Certo tempo atrás, uma pessoa disse para Sebastian que o seu maior problema era brincar com coisas que estão prestes a explodir. E pior, gostar disso.

E aqui está um exemplo quase perfeito dessa observação.

⎯⎯ Olhe, seus salvadores chegaram ⎯⎯ Sebastian apertou mais um pouco e Noah reagiu tentando se soltar, e no processo mais gemidos baixos de dor escaparam em meio aos seus esforços inúteis de se livrar das garras do Italiano⎯⎯ Se eu largar o futuro patrão de vocês, que garantia eu tenho de que não vão atirar? ⎯⎯ Perguntou aos seguranças ao passo que levou sua mão esquerda até a nuca de Noah, e a agarrou.

⎯⎯ Eu mandei largar! ⎯⎯ o outro que estava na parte baixa dos degraus subiu correndo. Ele reagiu automaticamente ao sorriso que Sebastian esboçou ao fim da pergunta.

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