Venha se iludir um pouquinho!
Histórias diversas de vários personagens fictícios. ❤️
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A chuva caía torrencialmente, transformando a noite em uma cortina densa e enevoada. (S/N) estava sentada no banco traseiro do carro, olhando fixamente pela janela, enquanto os pingos batiam no vidro, criando padrões hipnóticos. Seus pais, sentados na frente, estavam visivelmente preocupados. O pai de (S/N) mantinha os olhos na estrada, a atenção dividida entre dirigir e observar os retrovisores. A mãe, por outro lado, olhava para trás de vez em quando, tentando medir o estado emocional da filha.
"Querida, eu sei que você e Tommy brigaram, mas tudo vai ficar bem," disse a mãe de (S/N), tentando confortá-la.
"Estou bem, mãe. Não importa mais," respondeu (S/N), sua voz carregada de frustração e tristeza.
A mãe suspirou, enquanto o pai manteve o foco na estrada. O silêncio no carro era pesado, interrompido apenas pelo som da chuva e o barulho dos limpadores de para-brisa.
De repente, um vulto apareceu na estrada. O pai de (S/N) arregalou os olhos e, instintivamente, virou o volante com força. Um cervo estava atravessando a pista. O carro derrapou na estrada molhada, os pneus perdendo aderência. Um impacto surdo ecoou quando o carro bateu no cervo, fazendo-o capotar várias vezes.
O mundo virou de cabeça para baixo. (S/N) sentiu seu corpo sendo lançado contra o cinto de segurança, a gravidade invertida. Os gritos de seus pais misturavam-se ao som do metal se retorcendo e vidros se estilhaçando. Em poucos segundos, que pareceram uma eternidade, o carro voou da ponte, mergulhando em direção ao rio abaixo.
O impacto com a água foi brutal, o carro afundando rapidamente enquanto a correnteza os arrastava. (S/N) lutava para se orientar, a água fria invadindo o carro e seus pulmões implorando por ar. Tudo parecia um pesadelo sem fim.
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Enquanto o carro afundava, (S/N) tentava desesperadamente soltar o cinto de segurança, mas seus dedos tremiam de medo e frio. A água subia rapidamente, e ela podia ouvir os gritos abafados de seus pais tentando abrir as portas.
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(S/N) abriu os olhos lentamente e percebeu que não estava mais no carro, mas sim em um quarto de hospital. Porém, não parecia ser um hospital comum; o quarto tinha duas camas e aparelhos bastante tecnológicos. Um homem desconhecido estava dormindo em uma das poltronas. Assustada, (S/N) olhava tudo ao redor até ouvir uma voz feminina.
"Fico feliz em ver que você acordou e seus sinais vitais estão estabilizados, mas você precisa repousar."
(S/N) deu um grito, alarmada, fazendo o homem acordar sobressaltado. Ele olhou ao redor, abriu um sorriso ao vê-la acordada e correu até a cama, abraçando-a. Porém, (S/N) não retribuiu o abraço e se afastou.
"Estava tão preocupado com você, querida!" — disse ele, sem perceber o distanciamento dela.
(S/N) se sentou na cama, confusa.
"Quem é você?" — perguntou ela.
O homem desfez o sorriso, riu nervosamente e disse:
"Não tem graça, (S/N). Sou eu, Nate."
"O que aconteceu?" — ela insistiu, olhando ao redor.
A voz feminina interrompeu.
"Por favor, acalme-se. Sua frequência cardíaca e respiratória estão elevadas."
"Estou ficando louca, estou ouvindo vozes!" — exclamou (S/N), procurando a origem da voz.
"Você não está louca, essa voz é a Gideon" — explicou Nate.
"Quem é Gideon?" — perguntou (S/N), mais confusa ainda.
"Gideon é uma consciência artificial interativa programada para operar os sistemas críticos da Waverider."
(S/N) olhou para Nate sem entender e, num movimento repentino, levantou-se da cama, arrancando os fios conectados ao seu corpo. Nate se aproximou para impedi-la, mas ela ergueu as mãos e, para sua surpresa, jatos de água saíram delas, derrubando Nate no chão.
Desesperada, (S/N) saiu do quarto e começou a explorar a nave que parecia saída de um filme de Star Trek. Ela chegou à sala de comando, ainda assustada, quando Nate apareceu novamente.
"Fique longe de mim!" — gritou (S/N), levantando as mãos novamente, pronta para se defender.
Sara Lance entrou na sala, e (S/N) se acalmou ao ver a amiga. Ela correu até Sara e a abraçou.
"O que está acontecendo, Sara? Onde estão meus pais?" — perguntou (S/N) entre lágrimas.
Sara respirou fundo, parecendo confusa.
"Eles faleceram em 2014, (S/N)."
"Não, não! Nós capotamos o carro, eles estão vivos!" — insistiu (S/N).
"Estamos em 2024 agora. Você sofreu um acidente" — explicou Sara, tentando ser paciente.
"Como assim?" — (S/N) estava atônita.
"Os bombeiros só conseguiram salvar você. Eles não resistiram ao acidente" — continuou Sara.
(S/N) começou a chorar, e Nate tentou se aproximar, mas ela se afastou novamente.
"E o Tommy? Onde ele está?" — perguntou (S/N), a voz embargada.
Sara suspirou, trocando um olhar com Nate.
"Depois conversamos sobre isso com calma, (S/N)."
"Não! Quero saber agora!" — insistiu (S/N).
Nate abaixou a cabeça enquanto Sara suspirava novamente.
"Tommy e você não estavam mais juntos. Ele morreu também, salvando minha irmã Laurel. Acabou sendo morto."
(S/N) balançou a cabeça, incrédula, sem saber o que estava acontecendo.
"Quero entender tudo!" — exigiu (S/N).
"Quatro dias atrás, você estava em uma missão com a equipe e levou uma pancada forte na cabeça, que te deixou em coma. Você é uma Lenda do Amanhã agora, (S/N)" — explicou Sara. "Essa é a Waverider, e estes são os integrantes da equipe."
Ela apontou para Nate, que ainda estava ali, visivelmente emocionado.
"Sinto muito, mas eu não me lembro de você" — disse (S/N) para Nate, com lágrimas nos olhos.
"Gideon explicou que você só se lembra até 2014 e nada além, mas pode ser temporário ou não" — completou Sara, tentando reconfortá-la.
"Vai ficar tudo bem, você vai se lembrar" — prometeu Sara, se aproximando da amiga.
"Você e eu... somos amigos?" — perguntou (S/N), olhando para Nate.
"Na verdade, vocês são noivos, (S/N)" — respondeu Sara suavemente.
(S/N) observou Nate, que tinha os olhos lacrimejando.
"Desculpa, está tudo tão confuso..." — disse (S/N), saindo do local, andando sem rumo pela nave.
Nate tentou ir atrás dela, mas Sara o impediu.
"Ela precisa de tempo para raciocinar tudo isso. Tenha paciência" — pediu Sara, olhando para Nate com empatia.
