Echoes of the Past: Hiroki's Fury [Capítulo 1]

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Em uma manhã de quarta-feira, Kanako, uma adolescente de 15 anos, acordou em sua cama às 7:15. Ela se levantou, espreguiçou-se e bocejou, antes de pegar o celular. Viu oito mensagens de Kokujin, um rapaz de 17 anos, que a fizeram franzir o cenho. Ele queria encontrá-la em um motel e ainda a advertiu para não deixar seu irmão mais novo, Hiroki, descobrir. Kanako sentiu uma raiva crescente ao ler as mensagens. Com determinação, apagou todas, bloqueou o contato dele e excluiu seu número. "Nunca mais vou permitir que Hiroki sofra nas mãos desse verme", disse para si mesma.

Pronta para começar o dia, Kanako foi ao banheiro. Ela rerita delicadamente cada parte de sua roupa, desde a sa camiseta transparente até a sala calcinha de renda roxa, com um semblante entristecido ela adentra no chuveiro, enquanto a água morna do chuveiro caía sobre ela, sentiu uma profunda tristeza e culpa. "Como pude me envolver com alguém que faz da vida do meu irmão um inferno?" pensou, lágrimas rolando por seu rosto. "Eu falhei como irmã... Mas nunca mais, nunca mais vou permitir que Hiroki sofra novamente," prometeu, com o coração apertado e uma nova determinação.

Após seu banho matinal, Kanako saiu do banheiro e vestiu seu uniforme escolar. Na cozinha, encontrou seu irmãozinho Hiroki já sentado à mesa, saboreando seu café da manhã. Com um sorriso carinhoso, ela se aproximou e afagou gentilmente o cabelo de Hiroki.

"Bom dia, meu querido! Como foi sua noite?", perguntou Kanoko, observando o leve rubor no rosto de Hiroki.

"Eu dormi muito bem, irmã. E você?", respondeu Hiroki com um sorriso tímido.

Kanoko apertou suavemente as bochechas de Hiroki, fazendo-o rir, antes de se sentar ao lado dele.

"Eu também dormi muito bem. Mas me conta, o que você planeja para hoje?", perguntou Kanako, animada para ouvir os planos do irmão.

Hiroki, com entusiasmo evidente, respondeu entre mordidas do seu pão:

"Meu dia vai ser ótimo! Depois da escola, vou encontrar a Nao e vamos tomar sorvete juntos."

Ao ouvir o nome da namorada de Hiroki, o semblante de Kanako escureceu por um momento. Ela cerrou suavemente o punho, antes de suspirar profundamente e responder com gentileza:

"Irmãozinho, você se importaria de cancelar com ela hoje? Acho que poderíamos fazer algo muito mais divertido juntos. Além disso, temos passado tão pouco tempo assim."

Hiroki, inicialmente surpreso pela proposta, sentiu o coração aquecer ao pensar em passar mais tempo com sua irmã mais velha. Com um sorriso tímido, ele acenou positivamente:

"Claro, irmã. Vou cancelar com a Nao."

Kanako sorriu com ternura, sentindo-se feliz pela resposta de Hiroki. Ela sabia o quanto era importante fortalecer os laços familiares, especialmente com seu irmãozinho tão querido. Enquanto terminavam o café da manhã juntos, conversaram animadamente sobre o que poderiam fazer para aproveitar o dia ao máximo.

Horas depois, Kanako estava na sua última aula do dia na escola, esperando ansiosamente para encontrar seu irmãozinho. Durante a aula, memórias perturbadoras de Kokujin invadiram sua mente, fazendo-a temer pelo bem-estar de Hiroki caso eles se encontrassem. Kanako lutava para conter as lágrimas, sua preocupação evidente em cada pensamento.

Assim que a aula acabou, Kanako correu para casa, ligando desesperadamente para Hiroki. Ele estava em casa, são e salvo, mas estava tão concentrado jogando videogame que não ouviu o telefone no modo silencioso. Isso deixou Kanako ainda mais aflita, aumentando seu passo rapidamente. Minutos depois, ao virar uma esquina, esbarrou com Nao, a namorada de Hiroki.

"Ei, Kanako, por que o inútil do seu irmão não apareceu para nosso encontro na sorveteria? Fiquei lá esperando ele como uma idiota", reclamou Nao ao vê-la.

Kanako, tomada por uma fúria contida ao ouvir as palavras desdenhosas sobre seu irmãozinho, ergueu o punho e desferiu um soco no rosto de Nao, fazendo-a cair no chão. Ela se aproximou rapidamente, segurando a gola da blusa de Nao com firmeza.

"Escute aqui sua vadiazinha... Hiroki é um anjo, e estou cansada de vê-lo sofrer cansada de vê-lo chorar. Ele não merece escórias como nós em sua vida. Mas enquanto eu estiver por perto, dessa vez vou protegê-lo. Portanto, Nao, a partir de agora, mantenha-se afastada dele. Entendeu?", disse Kanako com voz determinada e ameaçadora.

As palavras de Kanako deixaram Nao apavorada e trêmula. Kanako se levantou, deixando Nao no chão, e seguiu rapidamente para casa, onde encontrou seu irmãozinho. Abraçando-o com alívio, Kanako estava decidida mais do que nunca a ser a guarda protetora de Hiroki, afastando qualquer ameaça de seu caminho.

Hiroki, sem compreender o motivo do abraço repentino de Kanako, apenas o retribuiu com um olhar confuso. Kanoko beijava o rosto do irmão várias vezes, lágrimas prestes a escaparem dos olhos. Quando Hiroki perguntou, perplexo, "Irmã, o que houve? Parece que não nos vemos há anos..."

Kanoko riu nervosamente enquanto acariciava o cabelo dele. "Desculpe, fofinho. Às vezes, você é tão adorável que eu simplesmente não consigo me controlar, hehe."

Hiroki então propôs jogarem videogame juntos, oferecendo-lhe um controle. Kanako sorriu carinhosamente e aceitou, prometendo trocar de roupa antes. No entanto, ao chegar perto de seu quarto, ela ouviu a voz de sua mãe, Kaede, conversando ao telefone.

"Olá... Sim, sou a Kaede Mori. Recentemente, entrei em contato porque queria saber se o orfanato de vocês aceita crianças para adoção. Eu tenho um menino e não tenho mais condições de cuidar dele por causa da minha renda mensal, então quero deixá-lo no orfanato, onde será bem cuidado."

O coração de Kanako disparou ao ouvir essas palavras cruéis de sua própria mãe. Ela sentiu um misto de incredulidade e repulsa, incapaz de aceitar o que acabara de ouvir. Com os olhos arregalados de choque, ela invadiu o quarto e arrancou o celular das mãos de Kaede, desligando-o abruptamente. "O que você está fazendo?", ela exclamou, sua voz tremendo de raiva e tristeza. "Você está realmente planejando dar seu próprio filho para adoção? Como você pode ser tão cruel?"

Kaede, olhando-a com indiferença calculada, tentou justificar-se com um sorriso cínico. "Minha querida filha, pense em quanto mais tempo teremos com o Kokujin sem o fardo desse inútil do seu irmão em casa. Ele será mais feliz no orfanato, onde será bem cuidado."

A dor e a raiva inundaram Kanako, que não conseguia acreditar na falta de compaixão de sua própria mãe. Com um misto de tristeza e determinação, ela deu um tapa no rosto de Kaede, sentindo um misto de repulsa e desgosto. "você enlouqueceu por causa daquele lixo do Kokujin, se quer tanto ele pra você então fique com ele. Eu vou embora e levo Hiroki comigo."

Kaede deu de ombros, indiferente à dor que infligia à sua filha. Sentando-se em uma cadeira, ela ponderou egoisticamente sobre os benefícios de se livrar do filho. Enquanto isso, Kanako, com os olhos marejados de lágrimas e o coração partido, foi para seu quarto e começou a fazer as malas. Ela pegou uma mala e, com mãos trêmulas, colocou algumas roupas suas e de Hiroki. Pegou também uma boa quantia de dinheiro que havia guardado para emergências.

Com uma voz firme, tentando esconder a dor que a consumia, Kanoko se aproximou de Hiroki. "Hiroki, que tal irmos passar um tempo na casa da vovó?", ela perguntou, lutando para manter a compostura.

Os olhos de Hiroki se iluminaram. "Sério, maninha? Já faz tanto tempo desde que vi a vovó. Estou com saudades dela."

Kanoko sorriu, tentando transmitir segurança para seu irmãozinho. "Sim, só eu e você. Mamãe vai ficar em casa."

Hiroki ficou um pouco triste pela ausência da mãe, mas ainda estava animado com a ideia de ver a vovó. Kanako ajudou-o a fazer suas malas, colocando cuidadosamente roupas, documentos e seus brinquedos favoritos. Em seguida, chamou um táxi. Enquanto Hiroki saía pela porta, radiante de expectativa, Kanako olhou uma última vez para Kaede com um misto de tristeza e desprezo.

Ambos entraram no táxi. Hiroki estava animado, e Kanoko o abraçou com um coração pesado, sua mente tumultuada por pensamentos dolorosos. "Não se preocupe, Hiroki", ela pensou consigo mesma, tentando se convencer de suas próprias palavras. "Está tudo bem. Você está seguro agora."

Continua.

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