Echoes of the Past: Hiroki's Fury [Capítulo 22]

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Horas após o ocorrido, Hiroki estava sentado à beira de um prédio, os pés balançando no vazio, enquanto escondia o rosto nas mãos trêmulas. As lágrimas escorriam livremente por seus dedos, caindo no abismo abaixo. "Por que eu me sinto assim?... Por que eu me sinto assim por alguém que me fez tanto mal?..." Sua voz era um sussurro quebrado, um eco de dor no silêncio da noite.

Ele se sentia perdido, sem norte ou razão, uma alma à deriva. Apesar de ser um sociopata assassino, Hiroki ainda era apenas um garoto, um garoto que sofreu no mundo, um garoto que foi traído por tudo e todos. Levantando o olhar para o céu, ele falou: "Papai... Eu sei que você está aí em cima... Eu fiz certo?... Eu matei minha própria mãe... Eu... Eu só queria ser uma pessoa amada..."

Chorando, ele ouviu uma voz suave e reconfortante. Levantou-se, e ao se virar, seus olhos se arregalaram ao ver a imagem de seu pai, com um olhar gentil e amoroso. "Já faz tanto tempo, garoto..." disse o pai, com um sorriso caloroso. Movido por um impulso, Hiroki correu e abraçou seu pai, lágrimas transbordando sem controle. O pai, vendo isso, o abraçou e murmurou: "Tudo bem, garoto... Chore..."

Hiroki, agora soluçando alto, agarrou-se às pernas de seu pai e gritou em desespero: "Por que, pai? Por que você morreu? Por que nos abandonou? Se você não tivesse morrido, nada disso teria acontecido. A mamãe estaria com você, eu, Kanako, a mamãe e você estaríamos juntos como uma família grande e feliz. Você teria me ensinado a lutar, eu teria me defendido daquele desgraçado do Kokujin. Ele não faria nada comigo ou com as pessoas importantes para mim... Por que, papai? Por que?"

O pai de Hiroki, com um sorriso gentil, acariciou suavemente o cabelo do filho, trazendo de volta memórias da infância de Hiroki, quando ele buscava conforto no carinho de seu pai. Aos poucos, o desespero de Hiroki começou a se acalmar, mas as lágrimas continuavam a cair. Com uma voz trêmula, ele perguntou de novo: "Por que?..."

Com uma voz calma e serena, o pai respondeu: "Eu sinto muito por ter te deixado, garoto, mas... eu precisava ir. Já era minha hora." Ele abraçou seu filho, apertando-o com ternura. "Lamento por ter te abandonado... Hiroki, você é uma boa criança. Você sempre se pergunta o que fez de errado, mas já parou para pensar que você não fez nada de errado?"

O pai segurou os ombros de Hiroki, olhando-o com um sorriso caloroso. "As pessoas erraram com você... Você é um anjo, garoto, pois sempre deu o seu melhor para ajudar os outros. Você nunca foi o errado, sempre foi um ser humano incrível. Meu filho... Eu estou aqui para te dizer algo, e o que tenho a dizer é simplesmente que... eu tenho muito orgulho de você. Das coisas que superou, de tudo que você aprendeu, você... é incrível, garoto."

Hiroki, ainda fungando e chorando, perguntou: "Isso está mesmo acontecendo? Papai, você está mesmo aqui? Minha mente já não é sã como antes... estou louco?"

O pai sorriu suavemente e disse: "Você não está louco, eu estou realmente aqui." Com um gesto delicado, o pai colocou a mão no peito de Hiroki, atravessando-o sem causar dor, tocando seu coração. "Eu vou tirar todos esses sentimentos que você não merece, toda dor, toda culpa irá sumir. Vai desaparecer desse seu coraçãozinho ferido e ele ficará novo novamente."

Hiroki sentiu uma onda de calor e paz invadir seu ser, enquanto a mão de seu pai parecia limpar cada cicatriz de sua alma. As lágrimas continuavam a cair, mas agora, havia uma nova sensação de alívio, um vislumbre de esperança. E, por um breve momento, ele se permitiu acreditar que, talvez, pudesse haver redenção e um futuro além da escuridão que o envolvia.

Hiroki, ainda sentindo a presença calorosa de seu pai, olhou para ele com olhos marejados, mas cheios de uma nova esperança. "Papai... você se lembra de como tudo era perfeito quando eu era criança? Como tudo parecia tão puro e simples?"

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