Menina Veneno

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Vem aí revelações

Vem aí revelações

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MINATOZAKI SANA

Deus está em todas as coisas mesmo.

Tive certeza disso quando olhei meu reflexo estupidamente lindo ao terminar de passar um batom vermelho, sentindo uma auto estima extremante deliciosa para a ocasião. No corpo decidi misturar a elegância com frescor, não deixando o simples vestido batido demais sem o bar de botas longas e uma jaqueta curta. Mas, mesmo que ainda estivesse deslumbrante  meu rosto carregava sinais de uma noite longa de pensamentos, esses que giravam entorno de uma pessoa: Kim Dahyun.

Ontem, antes de trocar o melhor beijo da minha vida com a desgraçada que desregula todo meu coração, Moonbyul me fez uma visita, alegando dessa vez ter motivos plausíveis  para ficar e que meu interesse no assunto seria certeiro. Então enquanto eu fazia os exames para verificar o estado de podridão do meu pé ela acompanhou-me, começando dizer o motivo pelo qual está tão próxima do meu pai, e consequentemente das propostas incabíveis que aquele homem a fizera. Contudo não fiquei surpresa com os relatos, ele é impiedoso demais para se importar com algo além da sua sagrada empresa, todavia um pequeno detalhe que Moonbyul observou foi capaz de retirar meu sono. Segundo ela, em seu escritório, existia uma maleta, preta, grande, na qual o couro desgastado estava gravado  as letras K.D,  a maleta era guardada em um cofre, ele parecia protege-la pois se tratava de um assunto extremamente delicado. E ao ser questionado, sua feição ficou tão profunda que Moonbyul não conseguiu permanecer na sala.

Sim.. mas??

O problema começou quando Moonbyul virou para mim com o rosto muito preocupado, e contou seu ponto de vista. " Sana, o que tem dentro daquela maleta, são coisas sobre Kim Dahyun. Minha prima."

Eu desacreditei, óbvio, mas quando cheguei no final do dia e passei olhar Kim Dahyun jogando bola uma avassaladora vontade de gritar apertou minha garganta. Tudo aquilo fazia sentido. Como meu pai pode odiar alguém que ele nunca conheceu. Para odiar você precisa conhecer, isso significa que, de alguma maneira ele a conhece muito bem.

Mas por quê?

Com isso e mais alguns sentimentos sufocantes  após nosso beijo e discussão, minha noite não foi nem de longe a melhor. Pensei em tantas coisas que justificavam a existência dessa maleta, foram mil hipóteses perturbadoras que por fim precisei para um bem mental apenas aceitar o fato de estar criando uma paranóia delirante.

— Você pensa que vai sair? — A voz grossa do meu pai invadiu o quarto, virei para ele no susto, vendo seu corpo onipotente encostado na batente da porta. — Assim?

— As vezes parece que vou sair para pegar mulher casada e matar o marido! — Voltei encarar meu reflexo, torcendo internamente para que ele não adentrasse e começasse uma discussão.

— Ao que parece você vai rodar bolsinha na esquina vestida dessa maneira. — Fiquei com súbita vontade de subir um pouco mais a barra do vestido, na realidade seria adequado rodar uma bolsa na cabeça dele. — Você não vai sair, já marquei compromisso o dia todo para você. Em nome dos Minatozaki.

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