Churros de morango - Parte 1

925 103 263
                                    





Eu fiz merda.

Depois de enfrentar um questionário persuasivo de perguntas feito por Chaeyoung e Tzuyu, precisei expor as descobertas recentes, ocultando o feito que Minatozaki Sana estava envolvida. Ao decorrer das aulas, não avistei ela e seu grupo, o que gerou-me certa frustração. Recordava de suas amigas, e nenhuma delas parecia convincente  suficiente para ser a garota.

Seria de muita má índole ficar confiscando as montanhas vultosas das meninas, então contentei-me em acreditar na víbora japonesa, e esperaria ansiosamente sua resposta. Mas devo confessar, meus olhos julgavam qualquer menina que passa-se, e comecei à reparar que mesmo não conhecendo seus olhos, nenhuma conseguia ser tão esplêndida quanto ela. Não estou dizendo por ter visto seu corpo de maneira vulgar, mas sim, pelos mínimos detalhes das curvas que faziam questão de estarem em meus pensamentos.

— Comprei uma meia do Bob esponja e outra do Seu Siriguejo. — Tzuyu exclamou, sua fala chegou atordoada em meus ouvidos,  sequer prestei atenção.

— Seu siririca? Tzuyu?!— Questionei abismada.

SIRIGUEJO DAHYUN! — Tzuyu rebateu vermelha. Chaeyoung ria igual hiena.

— Lombriga branca presta atenção. — Son deu um leve tapa em minha nuca. Rebati sua violência extrema empurrando o braço tatuado que tentava importunar meu nariz o tocando com o indicador.

— Ei feias. Sorvete hoje é por minha conta. — Tzuyu murmurou, normalmente eu não ouviria ela, porque revidava Chaeyoung ferozmente, mas com todo esse carinho é impossível ignorar. — Precisamos esquecer mulheres que nos fazem sofrer.

Ela respirou fundo enquanto continua comer seu pedaço de bolo de laranja. Tzuyu parecia tensa, e mesmo que eu reparasse sua esquiva descarada de nossos olhos e pudesse questionar sobre tal atitude, Son tomou à frente.

— Quais são essas mulheres que não estou sabendo. — Chaeyoung exclamou, pela entonação, um tanto confusa. — Outra vez você disse que ia pagar o pastel e quando chegamos à feira esqueceu a carteira.

— Dahyun tem. E eu não esqueci a carteira. — Tzuyu confessou, se eu não estivesse tão presa as expressões de Chaeyoung bateria nela sem recuar. Naquela dia gastei mais de dez dólares em UM pastel. — Vocês sabem quem vai na feira? O pai da Sana está ajudando as arrecadações do bairro, pelo visto todos os Minatozaki estarão lá.

— A não. Não foi isso que pedi. — Sana não poderia estar lá. Primeiro, é um evento beneficente para melhorias do bairro. Segundo, só tem pobre. Nenhuma viva alma daquele local tem cpf limpo no Serasa. Inclusive minha vó. Tozaki e pobres no mesmo universo são como água e óleo, jamais se misturam.

Ela diverte-se maltratando oprimidos mentalmente instáveis. Olha só para nossa relação, me trata como bosta.

Meu casal Dahyun e Sana comendo maçã do amor depois prometendo juras de amor. Lindas. — Tzuyu respondeu risonha, juntando os lábios   como se estivesse beijando o ar.

No mínimo, Tozaki tentaria fazer-me engolir a maçã inteira planejando um assassinato silencioso. E eu como não aceito suas afrontas, provaria engolir a mesma mostrando que sou capaz de sobreviver.

— Credo! — Meu estômago revirou em ânsia. Não estou brincando. — Nunca beijaria ela.

Chaeyoung começou estralar os lábios, junto com Tzuyu que imitava a japonesa  estufando o busto na pose passiva tóxica que somente Sana era capaz de executar. E como se bastasse tamanho desrespeito, estar contorcendo-se no meio do refeitório rendeu olhares julgadores e reforçou nosso estereótipo não tão estereótipo. Esquisitas.

Hey Nerd - SaidaOnde histórias criam vida. Descubra agora