- Acho desnecessário isso
- Oque? Você comer?! Toma vergonha Cell
- Ué, não é tão necessário assim -- O guarda direciona um soquinho na cabeça do felino
- Toma rumo!... Desculpa Cell -- O cacheado meio travado fala pro loiro
- Tudo bem, acho que você tava andando muito com o Vegetta
- Acho que vi muito ele te bater e dar bronca que peguei pra mim
Ambos dão algumas risadas e chegam no refeitório, assim o felino pelo inusitado que pareça, pega a fila já que estava pequena. Ao chegar na mesa o seu amigo o pergunta sobre, e o loiro responde que só estava cansado e não era para se acostumar.
Enquanto comia e conversava, o mesmo sentia o olhar de Guaxinim em si de vez em quando, acompanhado do guarda, o felino foi para sua cela. Desta vez sem trancar a mesma, de noite o loiro não conseguia dormir então estava fazendo pequenos barulhos pois estava tentando ler.
Como não tinha mais uma grade em seu dormitório teve que se sentar de costas para as gélidas barras de ferro, sentia um pouco de frio, pois as roupas da prisão não eram tão boas assim mas ficou lá lendo. Até que algumas horas alguém te chamando chama atenção.
- Você realmente não dorme
- E oque saber disso agrega na sua vida
- Não sei, é alguém pra ouvir eu acho -- O loiro abaixa um pouco do livro e se vira para a cela ao lado vendo Guaxinim sentado com suas pernas e braços para fora -- Você também não se sente assim?
- Como exatamente?
- Um animal enjaulado, assim, eu sei que a gente ta realmente em uma prisão e talz mas não é meio desumano o jeito que só deixam a gente aqui? -- Um silêncio até o listrado continuar a falar -- Sabe, quase nunca separam as brigas e se separam é quando a maioria já morreu, e também sempre entra gente, nem sempre chama atenção e nunca é toda semana por exemplo
- É assim que a gente vai ter que passar o nosso último suspiro, eles não estão na nossa pele pra saber como a gente se sente, e como eu disse cabe a nós escolhemos como e quando vai ser nossa morte aqui. Saindo um pouco do realismo eu não queria morrer preso
- Tenha certeza que não é só você, mas de uma coisa eu sei, eu nunca vou deixar que me matem em um campo de batalha. Eu tenho certeza que vemos esse lugar de formas diferentes, você não vai responder minha pergunta mas oque fica te deixando acordado? Você também fica cansado, todos precisam descansar -- Após a uma pausa o felino responde o colega
- O passado
- O passado?
- A noite antes de dormir você pensa em certas coisas, não?
- É claro
- As coisas podem ser boas ou ruins, mas sempre que eu penso no dia acabo pensando no passado, parar de pensar não é uma opção se você está sozinho
- Tecnicamente agora você não ta sozinho -- Ambos encaram onde era para estar o outro só não conseguindo visualizar por causa da grossa parede de concreto, antes de falar de novo um pequeno riso que parecia mais um suspiro foi soltado pelo felino
- É idiota pensar que em uma prisão tão grande e cheia você pode estar sozinho, você sabe que horas são?
- Olhando pra porta lá em baixo eu chutaria que são três e pouca
- Eu te aconselharia a dormir um pouco mas seria meio hipócrita da minha parte
Os dois ficaram ali conversando um pouco e dando pequenas risadas até dar a hora do loiro trabalhar, antes que o guarda surgisse lá se preocupando com o garoto, o mesmo se despediu do listrado que ficou meio impressionado do porque o mesmo não fugiu se sua cela estava aberta?
Já em baixo o menino tomou um banho e foi para a cozinha encontrando lá o cacheado.
- Bom dia Cell
- Bom dia Felps
- Você dormiu hoje? -- O guarda falava vendo o felino ir na direção dos grãos de café
- Porque seu cabelo sempre ta assim se a gente esta em Alcatraz?
- Assim como? Eu sempre finalizo ele quando posso, amo meu cabelo... Mas não troque de assunto
O loiro logo saiu do assunto enquanto o guarda nem questionou por saber que o mesmo não dormiu. Em meio das conversas a hora do café veio e junto os presos, quando estava na mesa conversando com seu amigo, algum indesejado apareceu para começar o dia já acabando com a paciência do felino, como o guarda não poderia fazer nada ali seria tudo questão do olhos carmesim de ir pra cima ou não.
Enquanto o preso ficava falando na cabeça de Cell, o mesmo pensava de que maneira mataria dessa vez. Mas quando se deu conta do que o outro falava eram coisas sobre Vegetta e Roier, que tara era essa de falar sobre eles na presença do mesmo? Mas isso não importava muito porque sempre que os comentários vinham era ofensas, para o susto do outro preso o loiro levanta do seu lugar com tudo fazendo um barulho alto no refeitório inteiro.
- Que tal você ir se sentar antes que eu te faça de lanchinho aqui mesmo, queridinho? -- O lugar estava completamente em silêncio, sendo possível ouvir até a respiração pesada do que antes se pagava de valente -- Agora perdeu a língua? Vamos, fala oque cê tava dizendo antes ou senta
O preso em silêncio vai para um lugar com um grupinho enquanto o felino se sentava novamente comentando com o guarda de que colocaria veneno na comida desse preso. Quando o barulho de cotidiano voltou o de olhos carmesim viu o colega da cela ao lado pegando sua comida e logo procurando o mesmo, ao ver o preso e o polícial ali o listrado vai andando até chegar na mesa e se sentar na frente do loiro.
- Oi gracinha, Bom dia
- Encomodando logo cedo?
- Eu não fui o primeiro, deu pra ouvir lá de cima você gritando com o outro coitado lá
- Se quiser defender ele faça como quiser
- Não to defendendo, também porque se eu defendesse teria um motivo muito bom
- Tanto faz, bom dia Guaxinim
O mesmo se levanta saindo para a biblioteca, logo sendo acompanhado pelo guarda.
- Fez amizade com ele?
- Vou ter que conviver mesmo
- Já é um avanço
- Felps -- O felino para no meio do caminho é o guarda que ficava atrás de si, também -- To cogitaando a proposta do diretor
- Pera, oque? Você Cell?

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Um Reencontro (Guapoduo)
FanfictionEssa é uma História onde se passa no passado de F!Cell, C!Roier até o presente de Q!Cellbit, Q!Roier. Um casal do passado se encontra em uma ilha mas infelizmente ou felizmente um não lembra muito bem do outro, onde tentam ser pessoas melhores onde...