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- Quando planeja a rebelião?

- Antes do jantar, eu tenho algumas coisas pra resolver hoje Cellzinho e eu tenho quase certeza que você também, então até mais tarde gracinha -- Guaxinim já dizia saindo, e assim que não conseguia mais vê-lo o guarda entrou

- Oque ele queria?

- O de sempre, matar algumas pessoas

- Misericórdia

O felino se levanta e ambos vão para a sala de investigação, seu amigo alerta o mesmo de quando for a hora de sair e assim faz, um tempo antes da hora do jantar o loiro de o guarda vão andando até encontrar Guaxinim com um pequeno grupo de presidiários.

Para não acontecer nada de ruim com seu amigo, o de olhos carmesim diz para seu amigo ficar dentro do refeitório e quando tiver dado um tempo, quando os guardas começarem a apaziguar tudo o mesmo levar ele para solitária.

- Finalmente chegou Cellzinho

- Acho que quem vai morrer não vai ser nem eles e sim você se ficar com isso Guaxinim

- Ele não é fofo? Já vamos começar gracinha só esperar o outro grupo chegar, guarda essa raiva pra eles -- Quando Guaxinim pensou em colocar sua mão na cabeça de Cell (mesmo ele sendo maior) se arrependeu instantaneamente, antes de chegar perto do loiro o pulso do mesmo foi agarrado de uma forma amedrontadora, a mão começava a doer e sem aviso de que o mesmo soltaria -- Calma aí Cell

- Já esqueceu? Nem se quer pense em encostar em mim -- Quando o felino soltou o pulso do menor ele logo puxou sua mão de volta tentando acalmar a dor

Um tempo depois a briga começou, sangue espirrando, gritos, de tudo um pouco era audível. Oque Cell não tinha comido no almoço o mesmo comeu na rebelião, o loiro estava se divertindo até alguns polícias chegarem por trás.

Estava tão entretido que nem tinha se ligado no grupo de pessoas chegando atrás de sí, antes de poder reagir uma focinheira foi forçada contra seu rosto, assustando o mesmo, após se debater um pouco e correr foi impossível.

Onde estava Felps nessas horas? Ou melhor. Onde estava Vegetta ou Roier? Eles sim fariam alguma coisa pra ajudar o mesmo, não que Felps não ajudasse. Mas quem realmente poderia bater de frente sem medo de ser demitido ou algo do tipo eram esses dois.

Quando foi jogado na solitária não tiraram aquilo do seu rosto, enfurecendo o de olhos carmesim. É claro que nenhum guarda saiu ileso, todos que tentaram segurar o felino saíram sangrando por cortes e mordidas.

Aquela noite o mesmo passou em claro, estava com muita raiva para dormir, depois de horas acordado resmungando ouviu seu amigo na porta.

- Cell? Tudo bem por aí?

- Onde você tava?

- Eu fui obrigado a lidar com outros presos, aconteceu alguma coisa? -- Quando o mesmo olhou na fresta viu o loiro encarando o mesmo

- Não, além dessa focinheira não aconteceu nada

- Oque!? Eles ainda estão fazendo isso? Segura ai já volto -- Depois de fechar a única entrada de luz que tinha o menino se sentou no chão

Após alguns minutos ali, percebeu que a solitária era a mesma com um buraco, quando ia ver quem é a pessoa colocou o rosto lá. Infelizmente não era uma pessoa que o loiro queria contato.

- Cellzinho!

~ Puta que pario você só pode estar me zoando

- Eu consigo te ouvir, você não dorme não?

- Porque a pergunta

- Você ficou resmungando a noite toda, ah -- Quando o mesmo se tocou do que o mesmo falava a única reação que teve foi ficar em silêncio

- Perdeu alguma coisa na minha cara?

- É a primeira vez? -- Um silêncio por um bom tempo foi instalado naquelas duas solitárias

- Voltei Cell!

O listrado ficou em silêncio enquanto o guarda e o felino conversaram. Ambos entraram em um consenso de que o guarda não poderia entrar lá para tirar oque fazia o loiro se sentir um animal selvagem, até  poderia ser mas ele ainda era um humano por si só, quando o cacheado jogou a chave por baixo da porta o mesmo pegou quase que instantaneamente.

Tentou diversas vezes tirar aquilo mas realmente não conseguiria sozinho. Até que guaxinim se pronuncia.

- Posso tentar?

- Você ainda tá aqui? Vai arranjar oque fazer -- O felino dizia enquanto anda tentava incessantemente tirar isso de seu rosto

- Então, meio que não tem muita coisa pra se fazer em uma solitária -- O loiro suspira parando de tentar e olhando para o outro que se encontrava atrás do buraco - É grande, eu posso passar, tirar isso ai e voltar

- Porque você faria isso? Aliás não confio em você ainda

- Cê já teve que engolir bastante coisa, porque só não deixa eu tirar isso logo? E também to te devendo não uma mas várias coisas, uma delas e poder deixar eu sair daqui depois de muito tempo

- Quer saber -- Com a chave na mão, joga para Guaxinim que pega sem esforço

- Obrigado graçinha

Como dito, o listrado passa pelo buraco e vai para trás do felino tirando a focinheira em poucos segundos, oque o mesmo demorou minutos e nem se quer conseguiu.

- Tem coisas que você só consegue fazer acompanhado de pessoas

- Não pense que agora tem intimidade o suficiente -- O mesmo já diz empurrando o mesmo para o buraco

- Eu sei! -- Já dentro de sua solitária o mesmo joga a chave de volta para o loiro -- De nada

- Não fez o mínimo

- Apesar de grosso você é um amorzinho sabia?

Já se irritando Cell pega o seu travesseiro e joga no buraco, tampando a visão que o outro tinha. O felino entrega para Felps a focinheira e a chave, dessa vez eles vão dar um fim nisso.

Alguns dias na solitária e para não ficar entediado teve que recorrer a ações críticas, o loiro começou a puxar papo com o listrado. Não conversavam coisas pessoais, sempre o básico. Todo dia o guarda aparecia com uma boa garrafinha com café, chegando até a dividir com o menor as vezes.

Quando finalmente foi solto, o loiro estava tão desacostumado com a luz que quando pisou na biblioteca já sentou em uma cadeira e deitando sua cabeça na mesa, dando a desculpa de que seus olhos estavam ardendo o mesmo dormiu lá.

Felizmente nenhum pesadelo foi apresentado para si, parece que a biblioteca e o cansaço era seu ponto de refúgio. Depois de uma breve soneca foi tomar um banho e para a sala de investigação só saindo de lá quase que sendo arrastado pelo guarda para comer.

Um Reencontro (Guapoduo)Onde histórias criam vida. Descubra agora