CAP 26

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Anna

Minha mãos estavam trêmulas, minha respiração fraca e eu estava chorando enquanto passava as mãos em meu peito tentando me acalmar.

Eu estava em uma crise de ansiedade.

Eu me mantia na frente da cama mais no chão me apoiando na mesma pois minhas pernas estavam fracas demais para ficar de pé.

Vejo a doutora entrando com Dinho no quarto com a cara de preocupação mantendo olhares sobre mim.

— calma, calma. Tente respirar ao possível — a doutora me falou e Dinho me segurou pela cintura e eu passei meus braços pelo seu pescoço.

Ele me colocou encima da cama enquanto eu controlava minha respiração rapidamente e a doutora pegando água pra mim.

Não consegui reagir e apenas abracei Dinho fortemente puxando sua camisa de desespero enquanto seus braços rodeavam minha cintura.

Minha respiração ficou calma e soltei Dinho levemente, e peguei o copo d'água que a doutora encheu para mim.

Por que eu tive a crise de ansiedade? Será que eu me senti presa? Saudades? Culpa?.

Essa eram as perguntas que invadiram minha mente até que vejo uma mão passando em frente ao meu rosto.

Eu ainda sentia algumas lágrimas invadindo meu rosto, e meus olhos ardendo de choro.

— você tá bem Anna? — Dinho me perguntou preocupado.

— ela estava em crise de ansiedade, os remédios eram muito fortes. Ela devia estar dormindo — a doutora afirmou, anotando uma prancheta.

— eu, acordei de um pesadelo e não consegui dormir mais — alguns flash passavam em minha mente com algumas imagens.

Era como alguém me dando um remédio e logo um copo d'água rapidamente, mais era tão..

Real.

— e você se lembra desse pesadelo? — a doutora pega uma caneta.

Senti a mão de Dinho na minha e logo sendo acariciada e forcei um sorriso pequeno.

— um pouco, mais é difícil de me lembrar — digo com a voz calma — mais era tão real.

— você pode me dizer sobre esse sonho? — ela perguntou — apenas o que te lembre, não vou a força lá a nada.

Balancei a cabeça afirmamente e ela fez sinal de que eu pudesse começar a falar.

— era, um homem de rosto desconhecido — ela anotou — pegando um remédio e me dando junto de um copo d'água — ela prestava atenção — e ele era bem rápido, como se quisesse que ninguém visse.

— entendi, lembra de mais alguma coisa? — fechei os olhos tentando lembrar mais não me lembrava de nada.

— não.

— tudo bem, eu já volto — ela diz saindo do quarto deixando apenas eu e Dinho.

— e então.. eu queria te falar uma coisa — Dinho disse nervoso.

— pode falar — aperto suas mãos.

— eu fiz.. um teste de DNA — ele diz com a voz triste — e o filho da Mirella, não é meu filho.

Vi lágrimas descendo por seu rosto e senti uma pontada no peito.

Puxei o garoto para mim e deitamos na cama do hospital.

Ele ficando deitado em cima do meu peito e eu alisando seu cabelo escutando seu choro.

O sonho dele era ser pai..

Ele chorava como criança que perdia seu pelúcia, eu não podia fazer nada.

Mais ainda avia uma notícia que eu não tinha contado para ninguém.

Eu avia me curado do câncer.
...

Escrito:04.08.24
Postado:05.08.24



Um amor por completo - Dinho Alves(M.A)Onde histórias criam vida. Descubra agora