Capitulo 12: Recuperação e Companheirismo

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Acordei no dia seguinte sentindo a garganta ainda mais arranhada e meu nariz completamente congestionado. O resfriado tinha se instalado com força, e eu mal conseguia respirar. Olhei para o lado e vi Jude dormindo tranquilamente; já não tínhamos problemas em dividir a cama, mas acho que ele não dormiu muito bem, já que eu tossi a noite toda. O pequeno gatinho cinza, resgatado na noite anterior, estava enrolado em uma coberta no sofá, dormindo profundamente. Eu precisava pensar em um nome para ele.

Com esforço, sentei na cama, tentando não acordar Jude. O movimento, porém, fez com que ele abrisse os olhos e me olhasse com preocupação.

— Bom dia. Como você está se sentindo? — Jude perguntou, a voz rouca pelo sono interrompido.

— Um pouco melhor — respondi, tentando sorrir para tranquilizá-lo.

Jude se levantou e se aproximou de mim, sentando-se na beira da cama. Ele colocou a mão na minha testa para verificar minha temperatura.

— Parece que a febre diminuiu, mas você ainda precisa descansar bastante e continuar tomando os remédios — ele disse, com um tom firme e cuidadoso.

— Eu sei, só não quero te atrapalhar com seus compromissos — respondi, me sentindo um pouco culpada por ser um fardo. Ultimamente, só tenho dado trabalho, tanto para Fred quanto para Jude.

— Olivia, você é minha prioridade agora. Você está doente, e minha prioridade é isso agora — ele disse, segurando minha mão e olhando diretamente nos meus olhos. — E eu não vou deixar você sozinha.

Fred entrou no quarto com uma bandeja de café da manhã, interrompendo o momento. Ele colocou a bandeja na mesa e me deu um sorriso animado.

— Olha só, o café da manhã dos campeões! Frutas, chá e torradas — disse Fred, tentando levantar meu ânimo. — E como está nosso pequeno amigo? — Ele se aproximou do sofá para verificar o gatinho, que começou a se mexer lentamente.

— Ele parece bem mais confortável agora — comentei, olhando para o gatinho com ternura.

Enquanto tomávamos o café da manhã, meu celular começou a vibrar na mesa de cabeceira. Era Luiz. Olhei para Jude, que fez um gesto para eu atender, e coloquei no viva-voz.

— Alô? — atendi com a voz fraca.

— Olivia, o que aconteceu ontem? — Luiz começou, claramente irritado. — Tínhamos uma oportunidade de ouro de protagonizar um momento de casal com o gol de Jude, e vocês simplesmente desapareceram. Como isso aconteceu? Vocês estão caindo no esquecimento, e esse não é o objetivo do contrato!

Antes que eu pudesse responder, Jude pegou o telefone da minha mão.

— Luiz, vou esclarecer algo para você — a voz de Jude estava carregada de firmeza. — Olivia está doente, e nada é mais importante do que isso. Estamos preocupados com a saúde dela, e acha mesmo que vamos lembrar de protagonizar uma cena linda de casal? Não! Quer uma cena linda de casal? Eu vou te dar uma, estou aqui cuidando da minha namorada doente. Se você não consegue entender isso, talvez devêssemos reconsiderar esse contrato.

— Jude, eu entendo, mas... — Luiz começou a falar, mas Jude o interrompeu.

— Sem mas, Luiz. Vou desligar agora. — Jude desligou o telefone sem esperar por uma resposta e colocou o aparelho na mesa com um suspiro.

— Você não precisava fazer isso — disse, me sentindo um pouco culpada por causar tensão.

— Precisava sim. Você é mais importante do que qualquer contrato ou momento de mídia — ele disse, voltando a me olhar com carinho. — E agora, você vai descansar.

Contrato de amor - Jude Bellingham Onde histórias criam vida. Descubra agora