Capitulo 10: Novas Emoções

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Meu voo do dia 24 foi cancelado, e a única opção era embarcar no dia 26. Isso significava perder o jogo da Inglaterra contra a Eslovênia. Fiquei chateada, mas Jude foi extremamente compreensivo e entendeu a situação.

Quando o avião finalmente pousou em Munique, senti uma onda de alívio. Um motorista já me esperava para me levar ao hotel. No caminho, mandei uma mensagem para Jude:

Eu: "Acabei de pousar. Estou a caminho do hotel."

A resposta veio rapidamente:

Jude: "Que bom que chegou bem. Te encontro no hotel em uma hora?"

Eu: "Perfeito. Estarei esperando."

Assim que entrei na suíte, me joguei na cama por um momento, exausta e morrendo de cólica.

— O remédio não adiantou? — Fred perguntou, e eu neguei com a cabeça. — Eu vou buscar um mais forte então!

Concordei com a cabeça, odiando meu ciclo menstrual. Eu ficava extremamente sensível, com cólicas fortes, inchada, com espinhas e uma vontade extrema de comer doce.

— Fred, pode, por favor, desmarcar com o Jude? — perguntei ainda jogada na cama.

— Claro, Oli. Eu ainda tenho o número dele, já volto.

Ouvi a porta do quarto se fechar e continuei deitada. Lembrei de uma técnica com álcool em gel: passar o álcool em um pano e colocar na barriga. Fiz isso, tentando não pensar muito na dor, mas era impossível.

Depois de uns minutos, ouvi a porta se abrir e gritei por Fred.

— Fredddddddd, voltou rápido — Me levantei para pegar o remédio e dei de cara com Jude. Voltei a cair na cama.

— Calma, não quis te assustar! — Ele se aproximou. — Fred pediu para que eu trouxesse o remédio, ele precisava fazer outra coisa.

Aquele loiro oxigenado de uma figa, ele tava apontando alguma coisa.

— Ah, não tem problema. Só me assustei porque achei que era ele.

Fiz menção de me levantar, mas Jude prontamente negou. Ele buscou um copo e encheu com água do filtro, pegou a cartela do remédio, me entregou e depois o copo.

— Obrigada! — Bebi o remédio imediatamente. Eu precisava que aquela dor parasse. — Jude, eu não quero te incomodar, você está na Euro...

Ele me interrompeu.

— Hoje estou de folga, e acha que já não passamos tempo demais separados? — Ele se agachou na altura da cama. — Olivia, quase não nos vemos. Quando nos encontramos, é sempre por algum compromisso. Acho que podemos ter esses momentos também, afinal, somos "namorados".

Apenas concordei. Insistir para que ele fosse embora não adiantaria e Fred já devia ter me trocado por algum alemão.

— Bom, um passarinho me contou que a senhorita ama chocolate, então trouxe: chocolate branco, preto, ao leite, 40% cacau, 70% cacau, com framboesa, com amendoim e todos os Snickers possíveis. Também trouxe uma bolsa térmica para sua cólica e outro remédio caso esse não funcionasse.

Eu estava simplesmente de boca aberta. Esse homem existia mesmo ou estava sendo fruto da minha imaginação?

— Uau, você não esqueceu de nada! — falei ainda sem acreditar. — Muito obrigada, Jude!

— Não precisa agradecer! Se precisar de abs... Estou falando demais, né?

Eu comecei a rir, mas ele só estava sendo prestativo e querendo ajudar.

Contrato de amor - Jude Bellingham Onde histórias criam vida. Descubra agora