capítulo 17

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Um pouco do futuro feliz das cecilena.

— POV: Selena

Estou com mil pensamentos na cabeça quando tranco a porta do meu quarto, preparada para ir até a Garagem, onde Cecília está me esperando junto com meus filhos.

     Essa vida ainda parece algo irreal para mim. No começo da semana, eu e Cecília completamos cinco meses de namoro. Eu já tive outros relacionamentos, já amei muito e me decepcionei muito, mas digo com segurança que em nenhum deles fui tão feliz quanto estou agora. Eu nunca,  nem por um segundo, duvidei dela quando ela disse que me amava e que estaria sempre comigo.

     Cecília me faz muito bem. Ela sabe o que eu preciso, o que eu gosto, como me deixar feliz depois de um dia ruim e como melhorar um dia que já estava bom. Esses cinco meses foram incríveis e, hoje, ela tirou o dia de folga para ter um tempo sozinha com os meus filhos.

     Eles já haviam conhecido a Cecília, claro. Faz um bom tempo que eu conversei com eles sobre o meu novo relacionamento e nós até saímos todos juntos algumas vezes quando eles visitaram a cidade. Eles chegaram ontem para passar alguns dias novamente e eu e Cecília conversamos e pensamos que poderia ser uma boa ideia ela passar um tempo com eles.

     Apesar de eu ter concordado, eu passei o dia inteiro nervosa, pedindo atualizações e inventando cenários na minha cabeça. Eu confio muito na Cecília, é claro, mas meus filhos não são lá muito fáceis. É melhor nem comentar sobre a Sara Lara.

     Renata tentou me tranquilizar, usando como exemplo a situação dela e da Cristal, só que não é a mesma coisa. Renata conheceu a Cristal antes mesmo do Bomani ser adotado e do Nicco nascer. O mesmo sobre o Noah.

Meus filhos já conheceram a Cecília como minha namorada, então é bem diferente. Além disso, ambas Renata e Cristal tem filhos. No meu caso, só eu tenho. Admito que fiquei com certo receio de como Cecília agiria em relação a isso, mas ela sempre demonstrou estar disposta - e até animada - na ideia de conhece-los e queria muito que eles gostassem dela, o que é bem fofo.

Entro no carro e dirijo o mais rápido possível. Combinamos que iriamos nos encontrar às cinco da tarde, então dito e feito. Antes de 17:01 já estou no portão da Garagem. Ao estacionar, já consigo ver os quatro. É uma cena que... caramba.

Eles estão em cima do paredão. Lavínia está com a faixa de Cecília na cabeça, claramente com mais voltas para que coubesse em sua cabeça. Cecília está sentada ao seu lado, com Killyan sentado em seu colo, virada para ajudar Sara Lara a arrumar sua coroa.

Ver isso me atinge de uma forma que eu nem consigo explicar. De uma forma boa, é óbvio. Muito boa. Eles estão tão imersos no que estão fazendo que nem sequer percebem minha presença até que eu estou a poucos metros do paredão.

Eles descem para falar comigo - Killyan com a ajuda de Cecília por ter medo de cair. Os três começam a falar o que fizeram, sobre como foi divertido e querem fazer isso mais vezes porque "a cecília é incrível." Sinto minhas preocupações se esvaírem ao ouvir isso. Eles gostaram de verdade dela.

Fico um tempinho com eles até a hora de entrega-los para Renata, que também queria sua saída com as crianças. Diz ela que era apenas para que eu e Cecília comemorássemos nossos quatro meses, já que no dia oficial houve uma perseguição que acabou interrompendo nossos planos. De fato, eu fiquei feliz por termos conseguido uma noite livre. Mas também sei que Renata fez isso porque sente falta dos netos - sempre rio ao pensar nisso porque faz a Renata parecer velha.

Depois que Renata sai com as crianças, eu e Cecília vamos ao meu carro. Ela entra logo depois de mim, radiante.

- Isso tudo é por conta da nossa saída? Já te disse que eu não consegui planejar nada especial — Eu falo.

- Eu sei, mas é sempre bom sair com você, independe das circunstâncias.

- Isso foi bem brega — Eu rio — Mas fofo.

Ela ri e se encosta no seu assento, ainda com um sorriso bobo no rosto.

- E eu também tô feliz pelo dia de hoje. Tava com medo deles não gostarem de mim — Cecília fala.

- Eles já gostavam de você — Eu falo, secretamente pensando em como alguém poderia não gostar dessa garota.

- Eu sei mas... sei lá. O que importa é que deu certo. Eles são uns amores.

- Eu não usaria essa palavra — Eu falo — Mas que bom que eles gostaram de ficar com você. Significa muito pra mim.

- Pra mim também — Ela sorri — Agora, deixa eu colocar uma coisinha aqui.

Cecília se inclina para mexer no painel do carro, marcando uma localização no gps. Dou uma olhada rápida e percebo que é um lugar longe. Não demora para que a chave vire na minha cabeça.

- Vamos pra ilha? — Eu pergunto.

- É só uma ideia né... é que foi um dia bem especial e nós nunca voltamos lá desde então.

Eu acho um pouco clichê comemorar o aniversário de namoro no mesmo lugar em que o pedido aconteceu, mas nesse caso eu concordo que seria uma boa ideia. E na última vez era dia, então vai ser diferente visitar a ilha à noite. Eu já fiz isso muito tempo atrás, mas quero ter essa experiência com a Cecília.

     Nos despedimos das meninas e saímos da Garagem. Olho de relance para Cecília e me toco de que ela não pegou a faixa de volta.

- Vai ficar sem faixa? — Eu pergunto.

- Ah... ela pediu pra experimentar e gostou de como ficou. Depois eu compro outra.

- Achei que você odiava ficar sem nada na cabeça.

- Eu não gosto muito mas... ela ficou muito fofa e eu não ia pedir de volta né? — Cecília ri — E, bem... você sempre diz que me acha bonita assim.

- Eu acho mesmo — Eu falo e volto a me concentrar no caminho, afinal, estamos no horário do assalto.

     Chegando na ilha, não fazemos nada demais. Apenas sentamos em um lugar com a vista bonita e aproveitamos a companhia uma da outra. Não tenho nada contra encontros bem planejados em locais específicos, eu até gosto bastante, mas as vezes é bom só passar um tempo com a pessoa que você ama. Conversar sobre qualquer coisa, rir por nada, flertar a noite inteira e beijar quando sentir vontade. Esses momentos marcam bastante.

     Vendo a Cecília aqui, mesmo com apenas luz da lua iluminando seu rosto, eu tenho o mesmo pensamento que tenho todos os dias: eu amo muito ela. E quando, como se estivesse lendo minha mente, ela olha nos meus olhos e fala que me ama, o sorriso que já estava presente no meu rosto aumenta ainda mais. Nos inclinamos ao mesmo tempo para nos beijar e eu reafirmo várias vezes para mim mesma o quanto eu amo a Cecília, sabendo que provavelmente ela está pensando a mesma coisa.

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OBSERVAÇÕES

     Agora oficialmente a história está encerrada!

Muito muito muito obrigada a todos que acompanharam a fanfic, principalmente aos que estavam sempre presentes votando e comentando. Mesmo quando eu achava que a história não estava muito boa, vocês elogiavam. Muito obrigada e espero que tenham gostado!

⚠️ | Em breve estou de volta com a nova fanfic que, aliás, já está com o primeiro capítulo feito e revisado. Apresento-lhes: Em meio ao caos. Onde o apocalipse na Cidade dos Anjos foi um pouco diferente

     Se a meta de votos e comentários que eu tenho em mente for batida, libero a fanfic antes do esperado 🩷

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não vou namorar - cecilenaOnde histórias criam vida. Descubra agora