Capítulo 15 - faltam 11 dias

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Acordei com a maravilhosa sensação de ter Anahí ao meu lado. Sentia o calor do seu corpo próximo ao meu, a respiração suave dela me envolvendo como uma brisa tranquila. Abri os olhos lentamente e a vi dormindo, o rosto relaxado e sereno, como se estivesse em paz absoluta. Não pude evitar sorrir, o coração batendo mais rápido ao perceber o quanto eu era sortuda por estar ali, compartilhando aquele momento tão íntimo e especial.

Era uma sensação mágica, de estar exatamente onde eu deveria estar, ao lado da pessoa que fazia meu coração vibrar de felicidade. Anahí se mexeu ligeiramente, ainda adormecida, e eu aproveitei para me aconchegar ainda mais em seus braços, aproveitando cada segundo daquela manhã perfeita.

Mas logo em seguida bateu a angústia de lembrar que eu só teria aquela cena por mais 11 dias, isto é, se ela ainda continuasse permitindo que eu dormisse em sua casa. O pensamento de voltar para casa e deixar essa felicidade para trás pesava no meu peito. Fechei os olhos, tentando saborear cada segundo, cada detalhe daquele momento: o som suave da respiração dela, a leveza de seu toque, o calor de seu corpo junto ao meu.

Ela acordou com um movimento leve, e seus olhos encontraram os meus. Por um instante, o mundo parecia parar, e a angústia se dissolveu um pouco. Anahí sorriu, e eu soube que, pelo menos por enquanto, tudo estava bem.

— Bom dia, Dul — ela murmurou, acariciando meu rosto com um gesto carinhoso.

— Bom dia, Any — respondi, tentando esconder a mistura de felicidade e tristeza que sentia.

Ela me puxou para mais perto, dando um beijo suave na minha testa. Me olhou novamente e, talvez com a visão mais clara, conseguiu identificar a tristeza em meu olhar.

— O que aconteceu, Dul? Por que está com essa carinha?

Dei um suspiro e torci o lábio levemente para baixo.

— Onze dias... — falei em tom melancólico. — Eu acordei com a cena mais linda que eu poderia ter: você, ao meu lado, abraçada comigo. Isso me deu uma felicidade imensa, mas ao lembrar que só faltam onze dias, bateu uma tristeza absurda instantaneamente. Ela deu um suspiro, beijou meus lábios e segurou meu rosto delicadamente enquanto acariciava meu queixo.

— Entendo exatamente o que você quer dizer. É muito ruim pensar que nosso tempo assim tão pertinho uma da outra tem prazo de validade. Mas... Bom, infelizmente eu não posso prometer que vou para o Brasil, mas nas férias que vem você volta.

Seu olhar era sério, mas havia uma doçura que me confortava. Ela acariciou meu rosto com mais intensidade, seus dedos traçando linhas imaginárias na minha pele.

— E enquanto estamos aqui, vamos aproveitar ao máximo cada momento — Anahí continuou, a voz suave e cheia de determinação. — Sem pensar no fim, mas valorizando o presente.

Suas palavras trouxeram um pouco de alívio ao meu coração. Eu sorri, e ela retribuiu, seu olhar cheio de ternura.

— Você tem razão, Any — Eu disse, sentindo a tristeza se dissipar um pouco. — Vamos fazer desses onze dias os mais incríveis possíveis.

Ela assentiu, seu sorriso se alargando, e me puxou para um abraço apertado, nossos corações batendo em uníssono. Estar ali, nos braços dela, fez tudo parecer um pouco mais fácil. E naquele momento, decidi me concentrar em cada segundo, cada riso e cada beijo, aproveitando ao máximo a magia de estar com Anahí.

Ao nos levantarmos, admirei o corpo de Anahí por um instante, notando cada detalhe. Sorri ao lembrar que tudo aquilo era para mim e que eu estava tendo a oportunidade de acariciar cada parte dela. A sensação era quase irreal, mas ao mesmo tempo, preenchia-me de felicidade. Passei meus dedos levemente pelo seu braço, sentindo a suavidade de sua pele.

Olá, férias - PortiñonOnde histórias criam vida. Descubra agora