Entramos no quarto, e meu coração gelou ao ver aquela cama de casal. Era ali que passaríamos a noite.
Sim, sim e sim! Era ali que passaríamos a noite. Eu estava em êxtase! Eu queria muito aquilo, mas ao mesmo tempo meu coração batia descompassado de medo. Mas medo de quê? Eu não tinha medo dela, mas não sabia dizer o medo que sentia. Talvez fosse a vergonha tomando conta de mim.
Já imaginei nós duas abraçadinhas naquela cama, ela me dando mordidas e... Ei! Do que eu estou falando?? Ela nem beijava o meu rosto mais. E a cama era suficientemente grande para cada uma dormir em uma ponta, bem distante uma da outra.
Anahí me despertou segurando meus braços e apertando-os delicadamente.
— Olha, está vendo? Você não seguiu o meu conselho de ficar debaixo da minha jaqueta e está toda molhada.
Ela suspirou e foi até o telefone, ligando rapidamente.
— Boa noite. Vocês têm serviço de lavanderia? (...) Ah, só começa depois do meio-dia? Ah, entendi. (...) Ah, tem secador de cabelo no quarto, né? Então tudo bem, a gente dá um jeito. Obrigada.
Anahí deu uma conferida e achou o secador, antes de voltar até mim.
— Como não temos outra roupa, o que eu pensei: vamos deixar a nossa pendurada para secar. Não acho que tenha necessidade de lavar. A não ser a calcinha. Mas essa deixamos secando e, se não estiver boa amanhã, usamos o secador para terminar de secá-la por completo e podermos usá-las.
Agora sim ela estava me assustando.
— Mas a gente vai ficar... Sem roupa? — abaixei a voz como se não quisesse que outra pessoa ouvisse, o que era bem inútil porque só havíamos nós duas ali.
— É... — ela deu risada e pegou uma toalha para me entregar. —Mas já disse que não é para se assustar. Nós podemos enrolar a toalha no corpo e será como um vestido.
— Ah... — falei mais envergonhada ainda.
Com mais uma risada, ela me abraçou.
— Vai dar certo e estaremos com a roupa seca pela amanhã. Agora vai lá tomar banho que não quero você com a roupa molhada.
Sem nem saber bem o que fazer, fui tomar. Usei o sabonete do hotel, me enxuguei com uma toalha e vesti a outra, enrolando-a no meu corpo. Lavei a minha calcinha com uma vergonha extrema e fui para o quarto, levando a minha roupa na mão.
Quando cheguei ali, Anahí já estava com a toalha enrolada no corpo, e sua roupa estava esticada em cima da mesa. Assim que me viu, ela esticou a mão para pegar a minha roupa.
— Vou colocar a sua aqui também para secar. Peguei um cabide para colocar nossas calcinhas, assim ela seca mais rápido.
Observei ela pegar a minha calcinha mão, e arrumá-la no cabide, antes de pendurar. Fiquei olhando aquilo sem acreditar.
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Olá, férias - Portiñon
Fiksi PenggemarDulce Maria é uma jovem brasileira cheia de sonhos e paixão. Sua maior admiração é pela atriz mexicana Anahí, conhecida por seu talento e carisma. Desde a adolescência, Dulce é uma fã incondicional, acompanhando todos os passos de Anahí. Sua dedicaç...