Morder a minha bochecha era, sem dúvidas, o passatempo preferido da Anahí. Toda vez que estávamos juntas, sem fazer nada, ela simplesmente me colocava deitada em seu colo, fechava os olhos e começava a mordiscar a minha bochecha, como se estivesse degustando algo saboroso.Eu, inevitavelmente, sempre acabava rindo, porque ela fazia isso com tanta naturalidade que parecia um reflexo automático. Às vezes, até reclamava de leve:
— Você vai acabar me deixando sem bochechas! — dizia, tentando conter o riso.
— Elas são tão gostosas! — ela respondia, de olhos fechados e com um sorriso satisfeito nos lábios, continuando com as mordidinhas.
— Amor.. — eu tentava protestar, mas no fundo adorava essa forma carinhosa, mesmo que um tanto inusitada, de ela demonstrar afeto.
Era o jeito dela de me acalmar, de me manter perto, como se estivesse marcando um território invisível. E, claro, sempre me fazia sentir amada e protegida, do jeito mais bobo e carinhoso possível.
Às vezes, eu tentava retribuir o gesto, mordiscando sua bochecha também, mas Anahí sempre sorria antes que eu conseguisse, e sua bochecha escapava da minha boca. Isso a fazia rir ainda mais, o que só me deixava mais determinada a tentar de novo.
— Ei! Para de fugir! — eu reclamava, fingindo estar chateada, enquanto ela continuava a se esquivar com aquela risada contagiante.
— Você que precisa treinar mais! — ela brincava, tentando me provocar, o que me fazia rir também.
— Amo esse treinamento.
A verdade era que esses pequenos momentos de brincadeira só reforçavam a cumplicidade que tínhamos. Mesmo nas coisas mais simples, era fácil perceber o quanto nos conectávamos, de uma forma leve, divertida e cheia de carinho.
Em um domingo, fomos almoçar na casa dos pais de Anahí. Fomos recebidas com abraços calorosos assim que cruzamos a porta. A casa tinha aquele aroma gostoso de comida caseira, e tudo parecia preparado para uma tarde agradável em família.
— Dulce, minha querida! — Marichelo, a mãe de Anahí, me abraçou com carinho. — Estávamos ansiosos para esse almoço.
— Também estava com saudades, dona Marichelo! — respondi, sorrindo. Já me sentia parte da família.
O pai de Anahí, Enrique, logo apareceu, com aquele sorriso caloroso e o mesmo olhar carinhoso que a filha tinha. Ele me abraçou com firmeza e nos guiou para a sala, onde já estavam Mari, a irmã mais velha, acompanhada de seus três filhos, Ana Paula e Santiago e Patrício. Eles estavam sentados no sofá, rindo de algo que assistiam na TV.
— Dulce! — gritou Ana Paula, a sobrinha de Anahí, vindo correndo até mim para me abraçar.
Santiago, por outro lado, estava mais reservado, mas logo veio me cumprimentar com um sorriso tímido.
— Tudo bem, Santi? — perguntei, acariciando seu cabelo, que ele logo bagunçou com um sorriso.
Patrício também veio me abraçar.
Fiquei feliz com o carinho deles, e logo nos juntamos à mesa de jantar, que estava repleta de pratos deliciosos preparados por Marichelo. Havia tamales, enchiladas, arroz, e várias opções para todos os gostos.
Enquanto comíamos, a conversa fluía naturalmente. Enrique contava histórias engraçadas sobre Anahí quando era pequena, e todo mundo ria. Mari fez questão de me provocar, dizendo que eu tinha sorte de aguentar o temperamento de Anahí.
— Aguentar a Anahí não é fácil, Dulce. Ela é mandona, você sabe! — Mari brincou, fazendo todos rirem.
— Olha quem fala! — Anahí revidou, com um sorriso travesso. — Você não fica muito atrás, irmãozinha.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Olá, férias - Portiñon
Fiksi PenggemarDulce Maria é uma jovem brasileira cheia de sonhos e paixão. Sua maior admiração é pela atriz mexicana Anahí, conhecida por seu talento e carisma. Desde a adolescência, Dulce é uma fã incondicional, acompanhando todos os passos de Anahí. Sua dedicaç...