*não se esqueça de favoritar *
_________________________________________________Faye estava calçando seus sapatos com precisão, cada movimento refletindo a rotina meticulosa que havia criado ao longo dos anos.
A mochila de treinos, pesada e familiar, estava pendurada em seu ombro, o peso de suas expectativas e responsabilidades pesando sobre ela.
Era por volta das 5:20 da manhã, e a luz suave do amanhecer começava a infiltrar-se pela janela, lançando sombras longas no chão.
Enquanto Faye se preparava para abrir a porta, sentiu uma presença atrás de si.
Virou-se lentamente para encontrar sua mãe, que estava parada a alguns passos de distância. O olhar da mulher era distante, como se estivesse presa em pensamentos profundos. Havia um misto de orgulho e preocupação em seu rosto, uma expressão que Faye conhecia bem, mas que nunca deixava de incomodá-la.
O silêncio entre elas erw quase ensurdecedor, enquanto Faye observava seu relógio, contando os segundos que se arrastavam.
- Faye - chamou sua mãe, ela não se virou - Eu não gostei de como você falou comigo ontem...
- Eu preciso treinar - abriu a porta prestes a sair.
- Espera, por favor, não torne as coisas mais difíceis - se aproximou.
- Não chega perto de mim - encarou sua mãe com os olhos lacrimejando - Você não é nada pra mim! Eu só moro com você por que meu pai pediu antes de morrer, por que se não eu já teria ido embora - gritou - Você nunca quis me conhecer, meu pai me criou sozinha!! - apontou o dedo - E depois de 25 anos me tratando como merda, você quer brincar de ser mãe! - limpou os olhos - Você é miserável... eu que cuidei do meu pai quando ele estava doente, você nunca, NUNCA ajudou em nada! Você não é nada além de um estorvo para mim - bateu a porta.
Faye montou em sua bicicleta, o coração pesado e a mente turbulenta, enquanto pedalava em direção ao campo, as lágrimas escorriam pelo seu rosto, cada gota uma liberação de emoções que ela lutava para manter sob controle.
O vento frio da manhã batia em seu rosto, mas nada conseguia apagar a dor que a acompanhava.
A cada pedalada, seus pensamentos a levavam de volta a memórias de seu pai, ela se lembrava de como ele costumava a levar para treinar, suas palavras encorajadoras ecoando em sua mente
Agora, sem ele, ela sentia que cada vitória estava carregada de um peso imenso, como se os troféus que conquistasse fossem apenas uma sombra do que ele poderia ter celebrado ao seu lado.
As emoções borbulhavam em seu interior, misturando raiva, tristeza e a determinação de honrar a memória dele. Faye sabia que precisava se concentrar para o jogo de amanhã, mas a pressão sobre seus ombros era quase insuportável.
O campo se aproximava, e ela tentava se forçar a pensar em sua equipe, nas jogadas, no que precisava fazer para ganhar. Porém, a dor da perda ainda a paralisava, como uma âncora que a impedia de seguir em frente.
Enquanto pedalava, Faye lutava para manter sua mente focada, buscando um propósito em cada movimento. Precisava fazer o jogo por seu pai, por ela mesma e por todas as expectativas que agora se sentia obrigada a cumprir.
- Bom dia Faye - disse Freen bocejando no campo que ainda caia o sereno da manhã, as jogadoras já estavam de uniforme azul de manga longa, bermuda, meiao, caneleira e chuteira - Está tudo bem, seu rosto parece cansado! - pegou um energético - Toma, bebe aí - jogou.
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RIVAIS | FayeYoko
FanficINIMIGAS PARA AMANTES Faye Peraya, a imbatível capitã do time campeão de futebol tailandês, está a um passo de levar sua equipe ao mundial. No entanto, sua jornada é abalada pela chegada de Yoko Apasra, uma capitã talentosa e destemida que lidera u...