RIVAIS | FayeYoko

PÓS MUNDIAL | 18+

*não se esqueça de favoritar*
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Seis meses após o mundial, as vidas das jogadoras tomaram rumos distintos e surpreendentes. O impacto da competição havia deixado cicatrizes, mas também havia criado novas possibilidades para todas elas.

Faye, agora com 26 anos, sentia-se finalmente preparada para revisitar a casa onde crescera com seu pai, ao passar pela porta, o cheiro familiar das paredes e do velho sofá trouxe uma enxurrada de memórias.

Contratou Linda para cuidar da casa novamente e lhe fazer companhia, aquilo trouxe um certo alívio, o quarto de seu pai agora transformado em uma sala de troféus era um santuário pessoal, cada prêmio refletindo a história de sua vida no futebol, cada um brilhando sob a luz suave que entrava pela janela.

Faye pendurou na parede o mosaico que Yoko havia feito para ela, em sorrisos e suspiros gratos, aquele quadro trazia uma memória que jamais voltaria a se apagar.

Depois de meses de adaptação e algumas reuniões com advogados sobre a herança, Faye finalmente começou a se sentir em paz.

Ela e sua mãe tiveram uma longa conversa, repleta de lembranças dolorosas e pedidos de desculpas, aceitar o perdão foi um processo doloroso, mas, apesar da trégua, Faye manteve sua decisão de viver a própria vida e seguir sem o contato da mãe, preservando assim o espaço seguro que agora era sua própria casa.

Yoko, por outro lado, enfrentava um caminho muito mais árduo, expulsa de casa pelo pai, que a culpava pela derrota no mundial, Yoko se viu sozinha e sem o suporte familiar que sempre esperava ter.

Com o dinheiro que havia economizado, ela pagou o que devia ao pai e partiu em busca de um novo começo, mas com feridas que iam muito além das financeiras.

O peso das expectativas e da rejeição a afastava de todos, incluindo Faye.

Mesmo que Faye tentasse iniciar conversas, Yoko respondia cada vez menos, suas mensagens ficando mais frias e curtas, como se um muro invisível se erguesse entre elas.

Yoko sentia que o amor era um luxo que não podia mais se permitir.

Enquanto isso, as carreiras de outras jogadoras tomaram rumos emocionantes.

Ling, após uma vitória impressionante no mundial, recebeu uma oferta para jogar no Liverpool, um dos maiores clubes da Europa.

Faye, Freen, e Orm fizeram questão de assistir aos primeiros jogos de Ling, sempre gritando seu nome das arquibancadas e segurando cartazes, torcendo por ela como família. Com cada vitória de Ling, o grupo se sentia mais unido, como se o sucesso de uma fosse o sucesso de todas.

Becky, agora capitã das RedLins, assumiu a liderança com firmeza, orientando suas companheiras com disciplina e paixão.

Ela e Freen começaram um relacionamento após o mundial, e a química entre elas era evidente, uma conexão profunda que todos ao redor podiam perceber.

Freen, por sua vez, ao se aposentar das competições, foi convidada pela comissão técnica da seleção feminina para ser a assistente de P'wan, a nova treinadora. Era um sonho realizado para Freen, que agora podia retribuir ao futebol feminino com a experiência que havia acumulado.

Ling e Orm, além da amizade, começaram a desenvolver um vínculo mais próximo, conversando diariamente e trocando confidências. Orm foi para a Europa em algumas ocasiões, e sempre que estavam juntas, era como se o tempo parasse para ambas.