RIVAIS | FayeYoko

FINAL DO MUNDIAL - PARTE 2

*não se esqueça de favoritar*
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FINAL

TIGRES AZUIS 3 X 3 REDLINS

Pov Yoko:

Eu respirava fundo, sentindo a mistura do cheiro da grama molhada e da adrenalina no ar.

As luzes do campo me deixavam cega em alguns momentos, criando um efeito quase mágico em todo aquele cenário.

Arrastei minha chuteira pela bela grama verde, um gesto quase automático, mas que me lembrava da conexão que tinha com o jogo, com cada detalhe que me trouxe até aqui.

Olhei para Freen, que estava focada, a expressão dela transmitia uma determinação feroz, era impressionante como ela conseguia se manter tão centrada mesmo em momentos de tanta pressão.

A expectativa estava no ar, e eu engoli seco, meu coração acelerando à medida que a tensão crescia, o jogo estava empatado, e agora mais do que nunca, cada segundo contava.

Meus olhos se fixaram na bola, tão redonda e perfeita, esperando para ser impulsionada.

Era hora do fim, mas nesse instante, uma onda de memórias inundou minha mente, me levando de volta ao início de tudo.

Lembrei-me da primeira vez que coloquei as chuteiras, da sensação de correr livremente pelo campo, do sonho de ser parte da história das RedLins.

Cada treino, cada lágrima, cada vitória e derrota, tudo culminava nesse momento.

O som das vozes da torcida parecia distante, mas eu sabia que estavam ali, torcendo por nós, e, com cada respiração profunda, eu absorvia a energia deles, a paixão que me motivava.

A luta que travávamos era mais do que apenas um jogo; era uma história que se desenrolava, e eu desejava ser protagonista.

Respirei fundo novamente, buscando aquela centelha de coragem que sempre estivera em mim, o que quer que acontecesse a seguir, eu sabia que tinha que lutar, não apenas por mim, mas por todas nós, pelas RedLins e pela honra que carregávamos nas cores do nosso uniforme.

1 ANO ANTES DA FINAL

Jogar futebol era algo divertido para mim, uma paixão que acendeu em minha infância e se transformou em um refúgio.

Eu queria fazer parte de algo, de um time, de um sonho coletivo, mas a pressão dos meus pais, sempre me cobrando por resultados e conquistas, transformou essa paixão em um peso insuportável.

Sentia como se estivesse sendo sufocada por expectativas irrealistas, uma máquina de desempenho sem espaço para errar.

Com o tempo, o futebol começou a deixar de ser um jogo e virou trabalho, compromisso, a cada treino, a cada partida, eu percebia que meu sorriso se apagava.

O que antes era pura alegria se tornou um esforço sem sentido, a diversão se esvaiu, e eu fui desistindo de algo que um dia foi meu sonho.

Lembro de olhar para a bola e sentir que estava longe de mim, como se eu estivesse apenas passando pela euforia de um espetáculo que não me emocionava mais.