A caça

Capítulo 19 - Fui eu, sabia?

- Narrador -

Ela sai em disparada com a mochila em mãos.

Todo seu esforço tava ali e ela ia desistir disso tão fácil.

Quando ela estava por sair do quarto, sente alguma coisa agarrar seu tornozelo da perna boa com força oque a faz perder o equilibrio e cair batendo o rosto no chão.

- AH! - Ela solta um grito de surpresa e abre os olhos um pouco desorientada, mas ainda sentindo o agarre no tornozelo.

Lobo chutava e chacoalhava a perna tentando se soltar, mas sem resultado.

Sem saída, ela abraça a mochila e se encolhe no chão, esperando o oque iria acontecer enquanto inundava o cérebro de pensamentos de possíveis futuros seguido de uma respiração desregulada.

Ela escuta Ghost se levantar, ainda com o agarre em sua perna, mas não conseguia ver direito pelo cabelo bagunçado que caiu sobre seu rosto na queda, mas não perderia tempo tirando ele dos olhos. Tudo oque importava agora mesmo era a mochila e a defenderia com unhas e dentes.

- Lobo. - Ele diz firme. - Me dá a porra da mochila.

Ela permanece paralisada no chão,  sem ter pra onde correr agora.

- Por favor... - Ela solta em um suspiro  enquanto segurava minhas lágrimas enquanto o nó na garganta se formava, sentindo o cheiro de sangue saindo do meu nariz.

Ela se sentia muito frustrada, havia sido tão cuidadosa com tudo, pra simplesmente a curiosidade desse cara o fazer olhar embaixo da cama e estragar todos seus planos. Ela se sentia uma criança que queriam tirar o brinquedo dela.

"Eu não vou largar. E se me mandarem pra prisão novamente eu vou fazer um escândalo, e se puder um massacre de quem ficar no meu camin-"

- Olivia. - A calma voz do tenente a chamando pelo meu nome pela primeira vez a tira dos seus pensamentos um tanto quanto violentos.

Ele solta seu tornozelo lentamente e ela se encolhe novamente enquanto abraça a mochila.

- Vem aqui.- Sua voz era firme, mas bem mais calma.

Ela o olha de relance tentando entender a situação.

- Eu não vou pegar a porra da mochila. - Ele suspira enquanto passa a mão na tempora . - Mas você precisa tratar isso ai.

Ele se refere ao nariz dela, que já estava um rio de sangue.

Se levantando com dificuldade, ainda sem largar a mochila, ela caminha lentamente e se senta na cama, atenta a qualquer movimento dele caso precisasse correr novamente.

Ele percebe o quão arisca ela estava e caminha até a porta para trancá-la.

Ele pega no armário um kit de primeiros socorros e tira dali algumas gazes e medicamentos, se senta na cama de frente pra ela levantando lentamente o queixo dela em sua direção para que ele possa ver o seu nariz.

Ela parecia um gato arisco que a qualquer momento o arranharia, e ele não se importaria muito em receber um arranhão. Com paciência ele limpa todo o sangue do rosto dela, enquanto ela não movia um músculo, sentindo seus braços cansarem de tanta força que ela fazia contra a mochila.

- Eu já disse, eu não vou pegar sua mochila. - Ele suspira. - Mas eu quero explicações.

Ela desvia o olhar.

- Você sabe que eu não posso colocar a vida da equipe em risco só por causa de alguns segredinhos não é? - Ele ainda tratava o nariz dela.

Ela só acente com a cabeça levemente.