Eu choramingo com a informação.
Ele preenchia todo meu interior mas a falta de movimento era frustante. Com um pouco de dificuldade eu começo a me mexer, para frente e para trás deslizando no colo dele enquanto ele repousava sua mão na minha coxa a apertando levemente. Eu apoio minhas mãos em seu peito apoiando meu peso nos braços e tento ir mais rápido, mas minhas pernas estavam um pouco fracas ainda e eu não tinha me recuperado do primeiro round.
- É isso que a temida "Lobo" tem? - Ele provoca.
- Humm... - Eu só respondo em um grunhido, tentando manter a concentração nos movimentos da minha cintura.
- Eu pensei que podia deixar isso com você, mas pelo jeito você tá tendo algumas dificuldades. - Ele pressiona minha cintura para baixo, chegando mais profundo ainda, oque me faz perder a força dos braços e me sento novamente em cima dele.
Eu tô dando tudo oque eu tenho aqui, e esse cara não tá satisfeito? Me desculpe mas eu não sou nenhuma guru do sexo.
Eu decido ir por outro caminho. Vamos ver se ele era tão durão assim a ponto de ignorar um pedido de uma dama em apuros. Me inclino o suficiente para apoiar meus cotovelos em seu peitoral e sussurro toda manhosa.
- Simon... Por favor... - Eu sinto ele soltar ar pelo nariz.
Enquanto eu largo todo meu peso em cima dele, pressionando meus seios com tudo em seu peito, enquanto passava minha mão pelo seu pescoço, o fazendo sentir minhas unhas. Eu sinto seu corpo enrijecer embaixo de mim e ele agarra minha bunda por baixo novamente me dando um susto.
- Oque..
Enquanto ele segurava meu quadril no ar , ele começou a movimentar o próprio quadril embaixo de mim, em estocadas curtas mas que chegavam no mais profundo do meu útero. Com o estímulo repentino, eu arranho seu pescoço e seu peitoral tentando me segurar em algo, e escuto um grunhido dele juntamente com sua respiração continua e pesada.
- É assim que se faz Olívia. - Ele provoca e eu sinto um arrepio pelo corpo quando ele diz meu nome.
Mas eu estava em estado que não conseguiria o responder.
-haahhh... - Meu rosto afundava no peito dele em meio a gemidos.
Eu sentia como se ele tivesse arrancando um pedacinho meu por vez. E eu não seria capaz de me juntar depois.
As estocadas continuaram por um bom tempo, e eu já não sentia minhas pernas, o barulho do quadril dele chocando com a minha bunda era o único som que eu prestava atenção em todo o quarto, fora gemidos e algumas provocações que ele fazia que eu simplesmente deixava passar.
O seu agarre já estava dolorido na minha nádega e eu decido me espichar para chegar a seu ouvido. Se ele ia jogar sujo, eu também tinha uma carta na manga.
- Pode terminar dentro.
Eu sussurro quase inaudível e sinto ele arfar, e aumentando a velocidade. Eu me estremeço toda quando sinto choques por todo meu cérebro, barriga e virilha. Em poucos segundos ele investe uma única vez e permanece dentro de mim enquanto abafava alguns gemidos. Minha cabeça estava em branco e eu agradeci por estarmos no escuro porque não tinha ideia do rosto que havia colocado.
Depois eu caio para o lado e me encolho na cama, ainda com rastros da recém sensação e virada para a parede acabo fechando os olhos e com a exaustão eu apago.
Eu acordo na manhã seguinte sem nem saber que horas eram, e percebo que o outro lado da cama estava frio. Simon já tinha saído.
Eu me sinto um pouco decepcionada mas não surpresa.
Me levanto com dificuldade e me enrolo na tolha que eu tinha usado na noite anterior e vou tropeçando para o banheiro, até que eu escuto alguns murmúrios no corredor e a porta de entrada se abre de supetão.
- Liiiiiivia cadê você? - Hector entra no quarto procurando por mim.
No reflexo jogo meu sapato que estava ao meu alcance na cara dele.
- CAI FORA PORRA. - E ele cai pra trás fechando a porta logo em seguida.
Depois de alguns segundos o mumúrio lá fora para e ele bate novamente na porta, mais calmo.
- Desculpa Livia... Eu só queria saber se você tava bem. - Ele diz do outro lado com um tom de cachorro sem dono.
- Haaah... Não entra assim no quarto alheio cara, bate antes. - Eu digo enquanto entrava no banheiro. - Pode ent-
Um olhar de relance sobre a cama toda suja e os lençóis virados do avesso me fazem me calar no mesmo momento. Eu iria dizer para ele ficar quieto dentro do quarto enquanto eu tomasse banho, mas talvez convidar ele pra entrar não seria a melhor decisão.
- Eu vim correndo depois que aquele ensaboado falou que você teve que dormir no mesmo quarto que aquele mascarado lá.
O mesmo " ensaboado" que me mandou pra cá.
- Tá tudo bem, não se preocupe. Eu saio em 15 minutos, espera aí fora. - Eu digo e sem esperar resposta eu pulo para a ducha e em 5 minutos já estava vestindo minha roupa da noite passada.
Enquanto secava o cabelo eu visto rapidamente minha bota e abro a porta do quarto, dando de cara com Hector encostado na parede enquanto mexia no celular. Eu não tinha percebido por causa da correria, mas ele tinha muitas tatuagens também. Sua regata com gola de tartaruga delatava seus braços fechados com tatuagens e seu peitoral também. Seu rosto tinha alguns piercings, no nariz e sobrancelha.
- Você tá bem diferente hein? - Eu dou um tapinha nas costas dele tirando sua atenção do celular.
-Pois é... Muitas coisas mudaram. - Ele diz com um tom de pesar na voz, mas me lançando um sorriso gentil. - Temos muito oque colocar em dia.
Eu ainda não acreditava que ele estava na minha frente, vivo e inteiro. Ele pode ter crescido e ter seus próprios ideais e opiniões diferentes ou até opostas as minhas, mas eu percebi que se precisasse, eu me sacrificaria de novo por ele.
- Vamos? - Ele me tira dos meus devaneio colocando um braço em volta do meu pescoço.
Eu só balanço a cabeça positivamente.
Em meio a algumas conversas bobas e comentários da noite anterior, Hector me disse que depois do que aconteceu na missão do Sin Nombre, ele tinha ido para um esconderijo em Las Almas e só estava esperando que eu parasse em algum lugar para vir atrás de mim, oque me tirou uma risada pensando que a gente parecia a mãe pato e o seu patinho atrás.
Me deu um sentimento de ... orgulho.
Ver ele sendo capaz de fazer tudo isso, por mais que com certeza ele não conseguiu a sobrevivência dele de maneira honesta, mas ele tava sobrevivendo e se adaptando ao seu redor. Era como ver um espelho.
Hector era a versão masculina minha, que não ia precisar ir pra cadeia, nem se preocupar com traição... não mais.
- Troca comigo. - Ele me tira dos meus pensamentos enquanto tira sua blusa com pescoço de tartaruga e me entrega ela.
- E... porque? - Eu olho de relance pra ele.
Quando a porta do elevador se fecha, eu noto no espelho meu pescoço CHEIO eu repito, INFESTADO de manchas: Chupões, marcas vermelhas e mordidas.
Minha primeira reação foi tampar o rosto com a blusa. Pelo jeito eu precisaria de mais esforço para esconder os rastros.
- Eu imagino que você não queira que os seus outros amigos vejam isso. - Ele tampa a câmera do elevador e faz sinal para que eu troque a blusa rapidamente.
E eu entrego minha regata para ele e terminamos de nos vestir.
- Eu já vou te avisando, eu não vou com a cara dele... Aliás, nenhum deles. - Ele diz enquanto mexe no celular novamente.
- Eu ... Também não. - Eu solto em um sussurro enquanto cruzo os braços e encaro meus sapatos.
Relembrando a noite passada que se tornou tão distante de repente.
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A caça
FanfictionDetenta em uma das maiores prisões dos EUA, Olivia era uma rastreadora e sniper profissional antes de se "aposentar" forçadamente contida sobre vigilância 24h, presa por diversos crimes internacionais, conhecida por toda a américa latina como " Lobo...