Ghost jogava sujo e não tinha vergonha disso, eu tinha certeza.
Era uma mistura de vergonha, timidez e medo de ser descoberta e todo meu esforço ser jogado fora. A partir do momento que eu voltasse para a prisão estava tudo acabado, sem mais missões, sem mais Las Almas e sem nenhuma chance de descobrir oque aconteceu com Hugo.
- Oque você vai fazer se eu não falar? - Eu decido deixar as desculpas de lado e partir para o lado ofensivo.
- Ah você vai falar, de um jeito ou de outro. - Sua mão desiste do meu joelho e sobre para minha coxa, passando levemente o dedo sobre os pontos da ferida.
- Eu não tenho medo de fantasmas.
Eu digo o abraçando com as minhas pernas, porque eu sabia que não ia conseguir sair daqui do jeito convencional. E enquanto eu pensava em algo, acabo mordendo novamente meu lábio inferior como uma mania.
- Se você morder seu lábio mais uma vez eu juro que vou colocar algo aí grande o suficiente pra você morder.
Ele ameaça enquanto apoiava as duas mãos no balcão uma em cada lado enquanto se inclinava pra frente.
- Você não parece tão valente agora não é mesmo, Lobo?
Eu estava um pouco nervosa, mas não iria perder essa briga.
- Não me provoca tenente, você não sabe com oque tá lidando. - Eu passo meus braços pelo ombro dele abraçando seu pescoço enquanto não quebrava contato visual.
E como um instinto, eu mordo os lábios mais uma vez duvidando do que ele faria, e não era a toa que diziam que a curiosidade matou o gato.
Ele abaixa o olhar por um instante e apoia a cabeça no meu ombro enquanto solta uma risada baixa.
- Você não tem noção do perigo mesmo.
Ele estende o braço pela parede perto da porta e eu acompanho sua mão com os olhos tentando entender oque ele estava fazendo, até que ele alcança o interruptor e apaga a luz de repente.
Com o susto eu o seguro mais firmemente e escuto o som de tecido, em poucos segundos eu sinto sua respiração no meu pescoço enquanto dava leve mordiscadas sobre minha pele, eu conseguia sentir sua barba por fazer e aí que eu entendi que ele havia tirado a máscara, sua mão já se aventurava por baixo da minha camiseta oque me dava arrepios.
E conforme ele ia subindo no meu pescoço eu ia apertando minhas pernas em volta dele em resposta, tudo por onde ele tocava eu sentia queimar. Ainda mais pela luz apagada meus sentidos estavam duas vezes mais aguçados.
Eu arqueio minhas costas quando ele passa a mão pelas cócegas e fico ainda mais colada nele, até que ele termina o caminho de sua boca até a minha, e justo como imaginado, ele é "bruto" até nisso. Sua língua invade minha boca como se estivesse procurando algo sem nem avisar, eu com o susto solto um gemido tentando respirar. Entre as poucas pausas entre os beijos, ele mordia meus lábios e eu devolvia o mordisco com um sorriso involuntário.
Eu ia entre o afastar para poder respirar ou continuar grudada nele porque eu já não sabia se estava na beirada do balcão ou não.
Finalmente ele agarra minha cintura com as duas mãos e me puxa para mais perto, como se quisesse colar nossos corpos. Fazia muito tempo que eu não tinha uma experiência assim e estava me sentindo muito bem, sua lingua brincando dentro da minha boca enquanto suas mãos alternavam entre minha cintura e minha bunda.
Se eu pudesse escolher essa opção toda vez que ele viesse me interrogar eu não tinha dúvidas qual eu escolheria.
Ele levanta minha camiseta com uma mão e sobe até meu peito, e eu arfava toda vez que ele apertava. Ele era realmente bruto em tudo, mas de uma ótima maneira, doía quando ele me tocava, mas sempre acompanhado de uma sensação que parecia que meu corpo ficava mais leve, como se uma corrente elétrica inundasse meu cérebro.
Até que ele passa a mão rapidamente da minha bunda até minha perna em um movimento brusco, e eu sinto uma dor estridente na minha coxa o afastando na hora.
- Porra...- Eu digo passando a mão lentamente pelo ferimento. - Eu acho que meu ponto abriu.
Em segundos a luz é ligada novamente e ele já estava de máscara.
- Deixa eu ver. - Ele me encara por alguns segundos antes de se inclinar dobrando meu short para examinar.
- Soltou só dois pontos, dá pra pedir pra enfermeira arrumar isso ai sem problemas.
Ele agarra minha muleta do chão e me ajuda a descer do balcão e eu só permaneço em silêncio.
- Eu exagerei, vamos de volta pra enfermaria.
Acredito que pra ele isso equivaleria como um pedido de desculpas, e eu não iria reclamar porque consegui sair do interrogatório e ainda tive alguma atividade pra dar ânimos. E sem protestar chegamos na enfermaria e eu entro sozinha.
- Pero como eso sucedió?? Eu te disse para ficar de repouso e-
Ela para de falar quando olha pra minha cara.
- Eu recomendo você passar um gelo nisso aí querida... e se for possível fica com ele na boca também. - Eu a olhava não entendendo oque ela queria dizer até que ela me trás um espelho.
Eu ficava mais indignada quanto mais olhava meu reflexo, parecia que eu tinha passado por um enxame de abelhas. Meu pescoço todo cheio de marcas das mordidas e chupões de Ghost e meus lábios parecendo botox de tão inchados e vermelhos. AGORA EU ENTENDI PORQUE ELE NÃO QUIS ENTRAR NA SALA COMIGO.
- Meu Deus... - São as únicas palavras que saem da minha boca antes de eu abaixar a cabeça de vergonha. - Obrigada por me avisar.
Ela ficou com um sorriso travesso todo o tempo que estava refazendo os pontos.
- Sin problema querida.
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A caça
FanficDetenta em uma das maiores prisões dos EUA, Olivia era uma rastreadora e sniper profissional antes de se "aposentar" forçadamente contida sobre vigilância 24h, presa por diversos crimes internacionais, conhecida por toda a américa latina como " Lobo...