XVII

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Os dias tem se passado, minha convivência com Plak tem sido uma experiência completamente diferente de tudo o que já havíamos passado antes.

Fechamos o quarto que seria de nossa filha, confesso que não foi a melhor experiência ter que retirar cada quadro de decoração, desmontar o berço e passar tinta branca naquelas paredes tão coloridas... Mesmo sabendo o quão dolorosa aquela situação era, era preciso ser feita.
Combinamos de evitar o assunto e nos deixamos conduzir por onde nossos corações pedissem.

Nesta noite, Plak e eu estávamos em nossa sala, conversando sobre planos futuros e como ela estava entusiasmada com sua empresa estava crescendo e como seus projetos tem sido bem sucedidos.
Eu não poderia estar mais orgulhosa em ver todo seu desempenho ser reconhecido e ser valorizado como ela merece. Seus olhos brilhavam a cada momento em que falava "Eu consegui, eu planejei tudo e deu certo!".

- Eu sou apaixonada por essa sua garra, sua determinação e como você se empenha em algo - Disse dando um gole em meu vinho

- Eu amo o que faço e quando eu amo muito algo, eu não desisto - Ela disse piscando para mim

- Ah eu sei bem disso - Deixei a taça sobre a mesa de centro e me aproximei dela. Sua respiração estava pesada talvez pelo cansaço e assim que estava próxima o suficiente, notei sua pupila completamente dilatada

- Você mais do que qualquer pessoa sabe o quanto eu não desisto fácil - Ela disse pondo sua mão em meu rosto e me puxou para um beijo suave e seu polegar acariciava meu rosto. - Eu te amo - Ela disse em meio aos selinhos

- Eu amo muito você - Respondi e sorri olhando em seus olhos - Posso te perguntar uma coisa?

- É claro - Ela respondeu

-  O nosso encontro na ponte... Você planejou?

- Não... Na verdade, eu não fazia ideia que você estaria ali. Eu comecei a correr durante as manhãs, mas naquela manhã... Eu havia voltado recentemente pra cidade, estava pensando em como ir até você mas jamais imaginei que te encontraria ali.

- E decidiu se aproximar como quem não quer nada? - Questionei sorrindo

- Sim, eu precisava ter certeza que você não se lembrava de mim e como eu poderia me reaproximar de você

- Você sabia exatamente o que estava fazendo...

- Não, eu não sabia

- Sabia...

- Não, amor. Naqueles dias eu estava muito triste, eu não podia te ver, não podia sequer saber notícias suas e não estava conseguindo lida com isso. Saber que você estava naquela casa com ela e pior ainda, sem lembrar de nada do que ela fez e como aconteceu... Eu estava ficando maluca sabia?

- Eu imagino... - Respondi - E agora, o que vamos fazer?

- Do que você está falando exatamente?

- Ué, ainda vamos casar não é? - Perguntei

- É claro, isso é, se você quiser...

- Acha mesmo que eu perderia a oportunidade de te enlaçar de vez em mim? - Respondi e deixei um beijo em seu rosto

- Não seria necessário aliança nem cerimônia pra isso, já sou enlaçada, amarrada com um nó e estarei assim até o fim da minha vida

- E eu quero isso mesmo! - Respondi rindo e seu sorriso acompanhou o meu - Mas sério, você ainda quer a cerimônia?

- É claro que sim Priscila!

- Ótimo, então eu preciso pensar em tudo... Não que eu não tenha feito isso antes, mas eu precisava da sua confirmação pra fechar com o buffet e confirmar com as meninas a provação do vestido

PétalasOnde histórias criam vida. Descubra agora